quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A Igreja de Esmirna

Certamente o bispo da igreja de Esmirna passava por um período conturbado. A condição da igreja era de pobreza: “conheço a tua angústia e a tua pobreza, ainda que sejas rico”. Mas, a riqueza refere-se ao patrimônio espiritual, da fé daquele bispo e daquela igreja.
 
Havia também falsos judeus naquela igreja. De certo difamavam o bispo, que sofria na paciência cristã. O Senhor afirma que aqueles “são apenas uma sinagoga de Satanás”. O que havia de acontecer com aquele bispo foi revelado por Cristo, para que ele não temesse.
 
A igreja de Esmirna passará por ataques de hereges, por tribulações, e prisões por um tempo curto. Essa igreja não recebe qualquer reprovação. Sua vida de fé e sua prática dos mandamentos agradam a Jesus. O bispo de Esmirna é instado a ser “fiel até a morte”. Cada ensino e cada promessa são dirigidos ao anjo da igreja e à própria igreja.
 
Há momentos em que a igreja não sofre por questões de fé em si mesma, mas apenas por ataques vindos de fora, sobretudo materiais. Em Esmirna havia uma “sinagoga de Satanás”. Parece tratar-se do mesmo grupo que perturbava a fé em Éfeso, pois “se dizem judeus e não o são”. Contudo, entre os cristãos esmirnenses não puderam influenciar a fé de praticamente ninguém, pois o período não era de paz, mas de tribulação. O caráter de cada cristão era testado pela cruel circunstância. Nesses tempos, as heresias diminuem.
 
O que é dito ao anjo de Esmirna serve a todas as igrejas como lição moral e espiritual. Sua situação particular é que distingue a mensagem. Em nenhum momento cede-se em questões doutrinais. A exigência é substancialmente a mesma que faz Jesus em Éfeso. Os que não estão em comunhão de fé e moral com a Igreja são ali chamados pelo próprio Fundador da Igreja de “sinagoga de Satanás”.

São os primeiros anátemas, são as primeiras facções surgindo, as primeiras seitas que surgiam dentro da igreja para que, depois de expulsas, vivessem fora dela. Temos a igreja de Esmirna e seu bispo de um lado, e as heresias judaizantes, e talvez outras, como a dos gnósticos, também ao seu redor.
 
Gledson Meireles.

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