terça-feira, 12 de novembro de 2024

Apocalipse 12: comentário a partir da interpretação reformada

 Comentando a interpretação reformada de Apocalipse 12:


Apocalipse 12

Os reformados entendem que a mulher é símbolo da Igreja, e os dispensacionalistas ensinam que se trata somente da Nação de Israel.

Para a Igreja Católica a mulher significa a virgem Maria, mas também Israel e a Igreja. De fato, é de Israel que em o Messias. No entanto, é na pessoa de Maria que essa promessa se cumpre, pois ela é a Filha excelsa de Sião. Também, é da Igreja que vem Cristo, mas a virgem é a primeira fiel da Igreja, a que recebe o Senhor Jesus Cristo Salvador. Desse modo, a virgem Maria é membro da Igreja que está passando da Antiga Aliança para a Nova Aliança. É filha de Israel e cristã (vv. 1-2).

O autor comenta o versículo 1, em que a beleza de Cristo é refletida na Igreja, o brilho da glória de Deus, sendo coberta da glória de Deus. Isso ajuda a refletir sobre a pessoa da virgem Maria que é vestida do sol, e já possui os bens que serão consumados em toda a Igreja. Ela é imaculada, é santa, é gloriosa.

É verdade que a Igreja é uma só em ambas as dispensações. Essa verdade é corroborada acima. Os judeus que receberam o Messias, Jesus Cristo, se tornaram cristãos.

A mulher tem a lua debaixo dos pés. O autor reformado explica que “ela exerce domínio”. Dessa forma, se entende as glórias de Maria. Cristo tem poder autoridade no céu e na terra. Assim, Maria está em Cristo, entronizada com ele, é membro espiritual da Igreja, como noiva espiritual do Cordeiro, e assim está acima de todo principado e potestade, tendo autoridade espiritual sobre o Diabo e suas hostes. Essa é a verdade sobre a virgem Maria, a primeira que acreditou.

A mulher tem uma coroa de doze estrelas. Ela é vitoriosa, explica o pastor e reverendo. Assim, a virgem Maria, como membro e modelo da Igreja, ela é vencedora, a vitória de Cristo é sua vitória, também o é Sua exaltação, seu triunfo. Ela está assentada no trono para julgar o mundo e os anjos. Essa prerrogativa da virgem Maria é também da Igreja celestial, de todos os remidos, entre os qual ela é a bendita entre as mulheres, e como Homem Jesus é o bendito fruto do seu ventre.

Desse modo, entende-se as glórias e louvores à virgem Maria, a que tem poder, domínio, autoridade, glória, exaltação, triunfo, poder de julgar o mundo e os anjos. Ela é a Rainha dos céus na autoridade do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

A mulher está grávida (v. 2). Ela tem a missão de “dar à luz a Cristo segundo a carne”, explica o reverendo. Portanto, se trata da virgem Maria, em pessoa, que teve a grande missão de dar à luz a Cristo. Foi por ela que Cristo veio ao mundo, por meio da Igreja na pessoa de Maria a virgem eleita de Israel.

Deus preparou o povo especial para ser o veículo da chegada do Messias ao mundo, escreve o pastor. Ele fala do processo doloroso, sofrido, em dor é lágrima, onde as forças hostis e artimanhas do Dragão tentaram frustrar o plano de Deus e destruir a criança. Mas Deus protegeu o Seu povo. No entanto, ele não diz uma palavra sobre a pessoa de Maria.

De fato, tudo isso ocorreu em Maria. Foi um processo doloroso. Lembre o leitor que a virgem sofreu com as dúvidas do noivo José. Com certeza muitas outras dificuldades vieram a ela. Deus a protegeu.

Ela foi ao deserto do Egito em fuga para proteger Jesus. Tudo isso foi Providência de Deus, salvando a criança, sua mãe e seu pai nutrício. Deus deu asas a Maria, simbolizando sua proteção. Essa também é a proteção da Igreja em suas dificuldades e tribulações, por 1260 dias.

O Filho da Mulher não deixa dúvidas de quem ela seja. Ele é o Rei que tem o cetro nas mãos. É Jesus. Portanto, sua mãe é Maria. “Seu reinado e universal e irresistível”, explica o reverendo. Assim, a Mulher tem o reinado com Cristo, sendo ela a Rainha.

Ao explicar sobre o Dragão, o reverendo afirma que “O dragão é um ser pessoal”. É verdade. Todos esses símbolos, o da mulher, o do filho e o do dragão significam seres pessoais: Maria, Jesus, Diabo.

O pastor explica que o Dragão não tem a mulher como alvo, mas Jesus. De fato. É por meio dessa simbologia que vemos que no símbolo ao esperar o nascimento de Jesus para devorá-lo mostra que a Mulher é Maria. Ele aguarda que ela dê à luz o Filho. Depois, vendo o Jesus subir ao céu, ele ataca a Mulher, que é protegida. Essa cena lembra a fuga de José e Maria com Jesus ao Egito.

É importante que agora o Dragão quer destruir a Mulher, aludindo ao versículo 13, explica o pastor. Mas o reverendo, nesse momento, esqueceu-se de mostrar que a Mulher recebe ajuda de Deus, é protegida. Ela está longe da cabeça da serpente. Então, o Dragão irritou-se com ela e persegue agora os seus filhos, como é descrito no versículo 17. Mais à frente é citado o verso 17 mostrando a peleja do Dragão contra os fieis.

É verdade que a proteção dada a Maria é dada à Igreja. O Dragão lança rio de mentira e perseguição contra a Igreja, explica o pastor, indicando o versículo 16. Por meio dessa reflexão, pense o leitor no rio de mentira e perseguição que o Dragão tem lançado contra a virgem Maria, ao negar suas graça e glória que o Senhor lhe deu.

Enfim, o sangue do cordeiro vence Satanás. É verdade que não é o sangue dos mártires unidos a cristo. Mas Ap 17, 6 fala da mulher embriagada com sangue dos santos por ter sido a assassina e não porque o sangue dos mártires não possua santidade unidade ao de Cristo. No entanto, é verdade que o sangue que salva é somente o de Jesus Cristo.

Fonte: Estudos no livro de Apocalipse. Hernandes Dias Lopes.

Gledson Meireles.

domingo, 3 de novembro de 2024