Comentando a interpretação reformada de Apocalipse 12:
Apocalipse
12
Os
reformados entendem que a mulher é símbolo da Igreja, e os dispensacionalistas
ensinam que se trata somente da Nação de Israel.
Para
a Igreja Católica a mulher significa a virgem Maria, mas também Israel e a
Igreja. De fato, é de Israel que em o Messias. No entanto, é na pessoa de Maria
que essa promessa se cumpre, pois ela é a Filha excelsa de Sião. Também, é da
Igreja que vem Cristo, mas a virgem é a primeira fiel da Igreja, a que recebe o
Senhor Jesus Cristo Salvador. Desse modo, a virgem Maria é membro da Igreja que
está passando da Antiga Aliança para a Nova Aliança. É filha de Israel e cristã
(vv. 1-2).
O
autor comenta o versículo 1, em que a beleza de Cristo é refletida na Igreja, o
brilho da glória de Deus, sendo coberta da glória de Deus. Isso ajuda a
refletir sobre a pessoa da virgem Maria que é vestida do sol, e já possui os
bens que serão consumados em toda a Igreja. Ela é imaculada, é santa, é
gloriosa.
É
verdade que a Igreja é uma só em ambas as dispensações. Essa verdade é corroborada
acima. Os judeus que receberam o Messias, Jesus Cristo, se tornaram cristãos.
A
mulher tem a lua debaixo dos pés. O autor reformado explica que “ela exerce
domínio”. Dessa forma, se entende as glórias de Maria. Cristo tem poder
autoridade no céu e na terra. Assim, Maria está em Cristo, entronizada com ele,
é membro espiritual da Igreja, como noiva espiritual do Cordeiro, e assim está
acima de todo principado e potestade, tendo autoridade espiritual sobre o Diabo
e suas hostes. Essa é a verdade sobre a virgem Maria, a primeira que acreditou.
A
mulher tem uma coroa de doze estrelas. Ela é vitoriosa, explica o pastor e reverendo.
Assim, a virgem Maria, como membro e modelo da Igreja, ela é vencedora, a vitória
de Cristo é sua vitória, também o é Sua exaltação, seu triunfo. Ela está
assentada no trono para julgar o mundo e os anjos. Essa prerrogativa da virgem
Maria é também da Igreja celestial, de todos os remidos, entre os qual ela é a
bendita entre as mulheres, e como Homem Jesus é o bendito fruto do seu ventre.
Desse
modo, entende-se as glórias e louvores à virgem Maria, a que tem poder,
domínio, autoridade, glória, exaltação, triunfo, poder de julgar o mundo e os
anjos. Ela é a Rainha dos céus na autoridade do Rei dos Reis e Senhor dos
Senhores.
A
mulher está grávida (v. 2). Ela tem a missão de “dar à luz a Cristo segundo a
carne”, explica o reverendo. Portanto, se trata da virgem Maria, em pessoa, que
teve a grande missão de dar à luz a Cristo. Foi por ela que Cristo veio ao
mundo, por meio da Igreja na pessoa de Maria a virgem eleita de Israel.
Deus
preparou o povo especial para ser o veículo da chegada do Messias ao mundo,
escreve o pastor. Ele fala do processo doloroso, sofrido, em dor é lágrima,
onde as forças hostis e artimanhas do Dragão tentaram frustrar o plano de Deus
e destruir a criança. Mas Deus protegeu o Seu povo. No entanto, ele não diz uma
palavra sobre a pessoa de Maria.
De
fato, tudo isso ocorreu em Maria. Foi um processo doloroso. Lembre o leitor que
a virgem sofreu com as dúvidas do noivo José. Com certeza muitas outras
dificuldades vieram a ela. Deus a protegeu.
Ela
foi ao deserto do Egito em fuga para proteger Jesus. Tudo isso foi Providência
de Deus, salvando a criança, sua mãe e seu pai nutrício. Deus deu asas a Maria,
simbolizando sua proteção. Essa também é a proteção da Igreja em suas
dificuldades e tribulações, por 1260 dias.
O
Filho da Mulher não deixa dúvidas de quem ela seja. Ele é o Rei que tem o cetro
nas mãos. É Jesus. Portanto, sua mãe é Maria. “Seu reinado e universal e
irresistível”, explica o reverendo. Assim, a Mulher tem o reinado com Cristo,
sendo ela a Rainha.
Ao
explicar sobre o Dragão, o reverendo afirma que “O dragão é um ser pessoal”. É
verdade. Todos esses símbolos, o da mulher, o do filho e o do dragão significam
seres pessoais: Maria, Jesus, Diabo.
O
pastor explica que o Dragão não tem a mulher como alvo, mas Jesus. De fato. É
por meio dessa simbologia que vemos que no símbolo ao esperar o nascimento de
Jesus para devorá-lo mostra que a Mulher é Maria. Ele aguarda que ela dê à luz
o Filho. Depois, vendo o Jesus subir ao céu, ele ataca a Mulher, que é
protegida. Essa cena lembra a fuga de José e Maria com Jesus ao Egito.
É
importante que agora o Dragão quer destruir a Mulher, aludindo ao versículo 13,
explica o pastor. Mas o reverendo, nesse momento, esqueceu-se de mostrar que a
Mulher recebe ajuda de Deus, é protegida. Ela está longe da cabeça da serpente.
Então, o Dragão irritou-se com ela e persegue agora os seus filhos, como é
descrito no versículo 17. Mais à frente é citado o verso 17 mostrando a peleja
do Dragão contra os fieis.
É
verdade que a proteção dada a Maria é dada à Igreja. O Dragão lança rio de
mentira e perseguição contra a Igreja, explica o pastor, indicando o versículo
16. Por meio dessa reflexão, pense o leitor no rio de mentira e perseguição que
o Dragão tem lançado contra a virgem Maria, ao negar suas graça e glória que o
Senhor lhe deu.
Enfim,
o sangue do cordeiro vence Satanás. É verdade que não é o sangue dos mártires
unidos a cristo. Mas Ap 17, 6 fala da mulher embriagada com sangue dos santos por
ter sido a assassina e não porque o sangue dos mártires não possua santidade unidade
ao de Cristo. No entanto, é verdade que o sangue que salva é somente o de Jesus
Cristo.
Fonte: Estudos no livro de Apocalipse. Hernandes Dias Lopes.
Gledson Meireles.
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