quinta-feira, 18 de julho de 2024

Livro: Sola Scriptura: a doutrina reformada das Escrituras, do reverendo Paulo Anglada

 

O autor afirma que a aceitação da Bíblia entre os protestantes evangélicos como regra de fé e prática estava passando por momentos difíceis. Nunca a Bíblia foi tão citada, nunca foi tão divulgada. No entanto, “nunca se desrespeitou tanto a Palavra de Deus como atualmente”, escreve Solano Portela em 1998.

Isso é interessante, pois os ataques à Bíblia no nível acadêmico foi fruto de estudos de teólogos protestantes. Esse uso das Sagradas Escrituras, constante e veementemente reafirmado nas igrejas protestantes, caminha ao lado de desrespeito, desconhecimento e ataques à sua verdade.

Na Igreja Católica não ocorre isso, e os teólogos que enveredaram pelos caminhos da alta crítica foram influenciados por essa onda de estudos protestantes.

É oportuno afirmar que no século 16, entre os protestantes havia grupos que diminuíam o valor da Bíblia, e os apologistas cristãos católicos saíam em sua defesa. De fato, a verdade da Bíblia é constantemente defendida na santa Igreja Católica Apostólica Romana.

Ao se referir ao fato do que acontecia no século dezesseis, o autor escreve que a Igreja Católica tem a tradição oral, os reformadores radicais tinha a palavra interior, outras denominações têm novas revelações do Espírito, e os reformados se fundamentam inteiramente nas Escrituras.

Diante disso, é preciso novamente lembrar que os teólogos e apologistas católicos naqueles tempos defenderam a Bíblia diante daqueles reformadores radicais que baseavam a doutrina na “palavra interior”, e exaltavam a Bíblia de modo máximo, como foi sempre praxe na Igreja Católica.

A diferença que há no Protestantismo oficial é que a Bíblia foi tornada única regra infalível de fé e prática, ao passo que na Igreja Católica a mesma é regra de fé em companhia da tradição e do magistério.

Gledson Meireles.

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