terça-feira, 20 de outubro de 2020

Comentando os pilares da Reforma

Como estamos nos aproximando do dia de todos os santos, e, assim, do dia em que os protestantes comemoram o dia da Reforma Protestante, que é véspera de todos os santos, pensemos um pouco nos pilares da reforma. Uma pregação do pastor Hernandes, presbiteriano, servirá para algumas reflexões.

Quem ler esta página convide os protestantes reformados a ler os artigos que tratam da doutrina reformada.

Tratando dos pilares da Reforma, e dos cinco pontos do calvinismo, quem ler terá maiores meios para comparar essas doutrinas com a Bíblia, e com o que a Igreja Católica ensina.

O que os protestantes querem dizer quando falam dos cinco solas? Vejamos o que o pastor ensinou sobre isso, na pregação de ontem.

Algumas afirmações: o cristianismo estava puro até o tempo de Constantino. Então, pessoas de várias religiões convertiam-se ao Cristianismo não como verdadeiros convertidos, mas para receber as benesses do Estado.

O papado começa historicamente com o papa do ano 607, no tempo do imperador Focas. O pastor sugere ler O papa e o concílio, de Rui Barbosa.

Afirma que a Igreja começa a se desviar do caminho, do evangelho, da pureza e começam o que chama de “heresias”: culto aos mortos, imagens de escultura, purgatório, confessionário, missa, transubstanciação, culto a Maria, culto aos santos, etc., etc.

Resumo dos pilares, as bandeiras da Reforma:

Sola Scriptura – autoridade da Bíblia, não da tradição, etc.

Sola Fide – causa instrumental para receber a salvação.

Sola Gratia – dom imerecido de Deus. Ao invés do juízo a misericórdia de Deus.

Solus Christus – somente Jesus Cristo, não a Igreja, não Maria, não o papa.

Soli Deo Gloria – a Deus toda a glória, não dividia com ninguém.

Então, os solas estão pregando contra doutrinas católicas. Os solas em si são católicos, e há meio de entendê-los de forma católica, mas o que eles têm de consequência no Protestantismo é que doutrinas católica são negadas:

Com o Sola Scriptura nega-se a autoridade infalível da tradição e da Igreja.

Com o Sola Fide nega-se o valor das obras na salvação.

Com o Sola Gratia nega-se radicalmente que o homem faça qualquer coisa para ser salvo.

Com o Solus Christus nega-se o culto aos santos, e a necessidade da Igreja como Corpo Místico de Cristo.

Com o Soli Deo Gloria nega-se a glória a qualquer criatura, imaginando Maria, os santos, a Igreja, etc.

É um resumo imperfeito, mas pode-se afirmar que essa é a tônica da pregação protestante. Assista o vídeo. Podemos dialogar a crescer na fé.

No próximo artigo vamos refletir um pouco mais esses aspectos da Reforma Protestante, como eles funcionam na prática. Depois veremos como podem ser entendidos de forma católica.

Com isso será mostrado que não houve codificação de inovações cultuais e doutrinais acumuladas na Idade Média, como afirmou Michael Horton, mas a definição de verdades já estabelecidas, reveladas na Bíblia, desde os tempos dos apóstolos.

Isso mostra que as verdades definidas no Concílio de Trento não eram novas, com o reconhecimento daqueles que discordavam delas.

Mostra que eram doutrinas ensinadas e liturgia praticada na Idade Média, que por sua vez remontavam à antiguidade, nos tempos dos primeiros padres da Igreja, e por fim aos apóstolos e à Bíblia.

Gledson Meireles.

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