terça-feira, 8 de setembro de 2020

Fé Reformada: qual o motivo do seu crescimento?

Uma palavra sobre a fé Reformada em geral Para aqueles que desejam conhecer a doutrina reformada em seu aspecto mais amplo, leiam o livro Os Presbiterianos, do Pe. Rumble, onde ele trata das características gerais dessa denominação.

Para os que estão lendo o presente estudo, perceberão que está em uma discussão acirrada envolvendo a base doutrinal da fé Reformada, das doutrinas da graça, de modo que o(a) leitor(a) estará envolvido(a) em discussão de temas bastante importantes e difíceis de lidar.

Que o Senhor nos ajude a compreender a Sua mensagem e a deixar o que não está de acordo com ela. Esse pensamento católico é o mesmo que o reformado tem, e o desejo é de que a heresia seja refutada. Portanto, ao avaliar a teologia reformada nos pontos em questão à luz da Bíblia e da doutrina católica, muitos frutos de graça serão colhidos.

Diferentemente de uma visão panorâmica, aqui está sendo preferido os pontos fundamentais da doutrina reformada, para serem discutidos, pois a partir deles é que as outras doutrinas que orientam a vida do cristão reformado tem sua sustentação. Ler o livro do Pe. Dr. Rumble e depois este aqui, irá ser de muito proveito para quem deseja conhecer mais a doutrina cristã católica e servir a Deus crendo na verdadeira doutrina que Jesus ensinou.

O padre Rumble afirma de Calvino: “visto nunca ter sido ardorosamente religioso”, e da conversão do reformador em 1532, “conversão súbita”. As ênfases de João Calvino eram a Majestade de Deus e a pecaminosidade do homem. Sistema de Calvino: não baseado realmente na Bíblia. Cita o Dr. Clifford, para essa afirmação. Clifford era batista. Vemos que Michael Horton tenta refutar esse pensamento. As Institutas, ou Instituição da Religião Cristã, foi escrita por Calvino aos 27 anos.

A doutrina reformada tem a Bíblia como única fonte de fé e a justificação pela fé somente. A sua lógica leva à doutrina da dupla predestinação. Fala-se bastante da absoluta soberania de Deus e da total depravação do homem. Calvino não seguiu Lutero na doutrina da Igreja invisível. Propôs a Igreja independente da autoridade secular. O povo de Genebra revoltou-se contra do duque de Savoia, e Guilherme Farel aproveitou-se da circunstância para estabelecer o Protestantismo. A Igreja Reformada agiu com garra de aço.

O padre Rumble fala da integridade da vida moral de Calvino. Igrejas Presbiterianas Reformadas disseminaram-se na Suíça, Holanda, França, Alemanha e Escócia. Escreve o padre Rumble: “De fato, como sistema teológico, o Calvinismo está morto; e, se sobrevive como forma de governo eclesiástico, é em dose muito modificada”.

O padre John Knox foi influenciado pelo Protestantismo, tornando-se protestante em 1546, sob influencia de outro ex-padre, George Wishart, e tornou-se um dos principais estabelecedores do Presbiterianismo. Foi para a Inglaterra, sob Cranmer, e tornou-se capelão. Foi contrário ao celibato. Casou-se duas vezes.

Vários ex-sacerdotes foram os fundadores da Igreja Presbiteriana Escocesa. André Melville foi o verdadeiro fundador do Presbiterianismo na Escócia. Fala-se que Knox era um fánatico sincero. Ainda, para os dias de 1960, é dito que muitos estão voltando a uma direção católica relativamente à Bíblia. A favor do Calvinismo O livro de Michael Horton é, nas palavras de Roger Olson, informativo, engajado, claro e auto-crítico.

Horton afirma que muitos não compreendem o que o Calvinismo ensina e ao que ele logicamente leva. Mas por que a história do Calvinismo não está de acordo com os estereótipos que pessoas lhe tem dado? Por que muitos frutos que o Calvinismo apresenta não parece surgir das premissas que ele prega? Qual a razão do sucesso desse sistema, e por que está ele em renovação nos tempos atuais, a ponto de estar em crescimento e vigor?

Bom observar a distinção de Michael Horton entre o Calvinismo ortodoxo, e o hiper-calvinismo, o exagerado, que não representa o que será analisado neste estudo. O teólogo evangélico Clark Pinock afirmou a diminuição do Calvinismo em 1980, e em 2009 o Novo Calvinismo surge com força. Por quê?

Horton trata das raízes bíblicas históricas do Calvinismo e o contexto para o interesse renovado pela fé reformada. Com isso em vista, será considerado o que Horton apresenta, e ainda será dada uma contribuição para entender o motivo mais profundo da adesão de muitos ao credo reformado.

O resumo dos cinco pontos calvinistas é de importância, pois são esses os principais focos de análise neste estudo. Pelo que o Calvinismo ensina, de acordo com a exposição de Michael Horton, a fé reformada nesses pontos pode ser explicada assim: A depravação total tem a ver com a extensão da escravidão do pecado no homem, incluindo a vontade. Tudo no homem foi infectado pelo pecado. Não totalmente, é claro, mas nenhuma parte do homem ficou sem ser tocada por esse mal.

A eleição incondicional ensina que Deus escolheu pessoas desde a eternidade para serem salvas, sem ter previsto nada a respeito delas. Não há condição alguma para a escolha, apenas a vontade de Deus. A expiação limitada ensina que Cristo morreu somente pelos eleitos. A graça irresistível ensina que o Espírito Santo une o pecador a Cristo, e a fé é o resultado da regeneração. A perseverança dos santos ensina que todos os eleitos recebem o dom da perseverança, e nenhum é perdido. O autor chama de doutrinas da graça o sistema calvinista.

É comum ver não-calvinistas afirmarem que quando conheceram as doutrinas da graça tiveram uma conversão real, ou que passaram realmente a entender o evangelho, ou que já tinham certa intuição dessas verdades antes de encontrá-las, e coisas do tipo. São aqueles reformados que tiveram um passado arminiano, na maioria das vezes, e procuram agora com todas as forças pregar a teologia reformada. Que o estudo seja de grande proveito para todos os sinceros cristãos que buscam a verdade. Obs.: o texto acima é parte do estudo dos cinco pontos da Teologia Reformada.

Gledson Meireles.

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