domingo, 7 de maio de 2017

É possível provar até o primado de Billy Graham?


Quando o assunto é o papado do apóstolo São Pedro, sempre me vem à mente o tema do desenvolvimento da doutrina. Isso porque de fato Pedro foi papa, exerceu seu ministério após a ascensão de Jesus, mas, porém, de um modo diferente, essencialmente o mesmo de sempre, mas não nos mesmos moldes que o papa Francisco faz atualmente.

Nem mesmo os papas que viveram alguns séculos depois viveram como Pedro, e não puderam exercer o mesmo tipo de papado que Pedro exerceu, já que os tempos mudaram, as circunstâncias exigiram diferentes atitudes. Por isso, o papa Francisco não tem a mesma autoridade que tinha o papa Inocêncio III, nem teve o papa Lino a mesma autoridade que o papa Leão I, mas todos eles possuem a mesma autoridade estritamente papal, que é aquela de apascentar as ovelhas e cordeiros. O que difere foi o seu poder temporal, e a consciência do alcance e natureza da sua jurisdição espiritual.

A palavra-chave na discussão sobre o papado de Pedro parece ser jurisdição. Muitos negam a primazia de Pedro, mas ultimamente tem havido aceitação geral de que houve uma primazia petrina de honra apenas, e até mesmo que Pedro foi de fato o líder da Igreja primitiva, mas que esse papel não era o de um papa, nem que foi transferido a um sucessor, nem que teve alcance universal, nem que foi essa a intenção de Jesus quando escolheu os doze, tornando o cargo e função de Pedro apenas possuindo notoriedade proveniente de sua personalidade ativa e influente, como parece ter sido essa a posição de Adolf von Harnack, e que muitos defendem hoje em dia.

Portanto, se alguém considera “ser papa” a pessoa que mora em um palácio, que fala em rede de comunicação, que viaja o mundo inteiro, que conhece do dogma solenemente proclamado da infalibilidade papal, que tem o reconhecimento da Igreja Católica inteira da sua autoridade jurisdicional, como bispo de Roma, a qual requer que os demais bispos estejam unidos a ele para resolver questões de ordem moral e doutrinal, e que possuiu em muitos momentos da história o poder de sagrar reis, instituir leis, reger com grande influência uma sociedade, e outras coisas desse teor, então essa pessoa primeiro deverá entender que tudo isso provem do fato desse alguém ter obtido de Jesus uma autoridade ímpar, e é dela que foi desenvolvido tudo isso, e depois entender esse tipo de autoridade. Se ainda essa prerrogativa for negada, então fica mais difícil chegar a um acordo razoável, já que a raiz da questão não foi admitida.

Pedro foi papa, ainda que muitas dessas coisas não tenham sido realizadas por ele.

Vamos à Bíblia Sagrada, e vejamos quais as provas que existem de que Pedro foi papa, e quais os obstáculos que há (se há algum) para que alguém não creia que Pedro foi papa, segundo a doutrina oficial da Igreja Católica. Ou seja, considerando a verdadeira doutrina. O texto de Mateus 16,18 será comentado abaixo.

Muito tem sido publicado sobre o papado. As Testemunhas de Jeová afirmam que Pedro teve um importante papel no início do Cristianismo. O artigo trata do primado ou poder supremos, o que é negado. Interpreta “Pedro” como “pedaço de rocha”. Questiona se a Igreja é construída sobre Pedro, e se esse é o cabeça de todos os seguidores de Jesus.

Cita a questão de quem seria o maior, e conclui de tal que se houve um apóstolo maior ninguém teria discutido isso. O contexto de Mateus 16,16-18 é explicado como elogio, e que Jesus iria construir a Igreja sobre uma Pedra mais sólida do que Pedro. (https://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/wp20151201/pedro-foi-primeiro-papa/)

Vemos que alguns itens foram abordados:

1)    A autoridade de Pedro sobre os outros apóstolos.

2)    O Bispo Romano aceito entre todas as igrejas.

3)    Os seus sucessores

4)    Pedro não clama supremacia papal

5)    Pedro tinha liderança. (Isso é aceito)

(https://www.gotquestions.org/Portugues/Sao-Pedro-primeiro-papa.html)

José Francisco Botelho afirma: “A origem e a justificativa do papado dependem desse pescador da Galiléia.”

Sobre o nome Pedro: “Para muitos, esse apelido é uma investidura de poder.” (...) “Para muitos teólogos, esse trecho é a prova de que Pedro foi escolhido como o maior representante de Cristo sobre a Terra”. Revelador é o resumo que o autor mostra de John Meier, confira.

Botelho afirma: “Sua importância como líder do cristianismo primitivo foi gigantesca.”

Falando da história registrada por Eusébio de Cesareia, fundamentada em outros historiadores mais antigos, afirma: “Verdade ou não, o fato é que, já no século 2, Pedro era tido pelos líderes católicos como o primeiro bispo de Roma.”

O achado arqueológico da necrópole do século 1, em Roma, dentro da basílica do Vaticano, com um “grande mártir” entre os sepultados diz, pelo menos, alguma coisa. Não é apenas uma crença fraca de que os restos mortais é de Pedro, mas de que a ideia de que uma confirmação arqueológica de testemunhos bíblicos, (ao menos indiretos de que Pedro foi a Roma) e históricos não venha a dizer alguma coisa.

A importância do assunto é refletida nessas palavras: “Esses episódios da vida de Pedro inspiraram nada menos do que os grandes cismas do catolicismo.” E a origem de outros movimentos, como a Igreja Ortodoxa e o Protestantismo, afirma Botelho: “Esses movimentos negavam, antes de mais nada, a autoridade suprema do papado sobre o cristianismo.” Algo curioso: “Em várias épocas, ortodoxos e protestantes usaram argumentos idênticos...”

Termina o artigo: “Para qualquer cristão, esse patriarca ardoroso e contraditório foi, de fato, o sustentáculo da Igreja em sua fase primitiva – o primeiro líder de uma revolução espiritual que, nos milênios seguintes, mudaria os rumos do mundo.” (http://super.abril.com.br/historia/sao-pedro-o-primeiro-papa/)

“Ele foi um apóstolo importante por ser ousado e o seu ministério foi essencial na fundação da igreja” (https://www.respostas.com.br/pedro-foi-o-primeiro-papa/)

O entendimento de sucessão também é diferente. No site respostas cristas é afirmado que Matias foi apenas substituído. Esso seria o caso, e não de sucessão. Sobre Timóteo e Tito serem bispos, é citado o fato de serem itinerantes, como se isso alterasse em algo a natureza do papado. O papa poderia ser itinerante, como foi São Pedro, por algum tempo, e ainda assim ter autoridade reconhecida, como líder cristão. (e não como um chefe secular, é claro.)

Quanto ao entendimento da monarquia episcopal: “Quando dizemos que o Bispo de Roma é o infalível guardião da fé, não queremos dizer que ele está num lugar em que ele possa agir isoladamente do resto do corpo episcopal.

Lembrando que as ideias de Wycliffe apregoadas hoje continuam sob anátema: ““não é necessário acreditar que a Igreja Romana possui supremacia em relação às outras Igrejas.

O que é dito da Igreja de Roma está de acordo com a posição reconhecida que a Sede de Roma tem na Igreja Católica: (http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/papado/960-sao-clemente-romano-prova-o-papado-nos-primordios-da-igreja) Alguém sugeriu um debate sobre esse tema. Este artigo serve para esse fim.

Foi publicado hoje um artigo irônico sob o título: 50 Provas do primado de Billy Graham com o intuito de desbancar os raciocínios usados para defender o papado, com base em escrito de Dave Armstrong, usando sua metodologia, e com isso tentando refutar o mesmo radicalmente. Certamente, cada item da lista não prova o que supostamente provaria, dentro desse contexto irônico, porque falta o fundamento.

1. O tópico um só seria mais apropriado se o mesmo tivesse o fim de mostrar Billy Graham como (supostamente, é claro) o papa dos batistas, ou de uma Igreja Batistas específica.

2. O item 2 está atrelado ao número um.

3. Isoladamente esse item não tem valor, já que missionários podem pregar mais que o papa. Em adição ao ofício de papa, ele serve para realçar o mesmo.

4. Continua o mesmo que o item 3.

5. Tem o efeito do mesmo item 3.

6. Prova apenas que se trata de um missionário bastante influente.

7. Tem a mesma essência que os itens tratados anteriormente, a partir do 3.

8. Continua falando, essencialmente, do mesmo assunto do item 3.

9. Esse item revela o mesmo que foi dito anteriormente, e ainda propõe um “papado” diverso, onde o papa auxilia na conversão de pessoas que entram para igrejas diferentes.

10. Contato com reis e outras autoridades não faz o papa. É certo que o papa tem esses contatos, e por isso é preciso provar o fundamento, pois essas relações políticas é algo diretamente fora da questão.

11. A grande fama é parte da figura do papa, mas provem dela. Para provar é preciso o mesmo que foi indicado no item 10.

12. Item que só teria sentido como peso cumulativo.

13. O mesmo que o item 12.

14. Em essência é o mesmo que foi dito nos itens, por exemplo, 6 a 8.

15 Continua essencialmente o mesmo do item 14. Aumenta o peso cumulativo.

16. Aumento de peso cumulativo.

17. Aumento de peso cumulativo.

18. Aumento de peso cumulativo.

19. Tem a ver com sua fama.

20. Parece não ter tanta relevância esse item.

21. Igual ao item 20.

22. Item interessante como sendo princípio de unidade.

23. Peso cumulativo.

24. Peso cumulativo.

25. Peso cumulativo.

26. Peso cumulativo.

27. Item que tem a mesma essência de vários anteriores.

28. Peso cumulativo. Esses itens em si não provam, mas devem ser lidos como parte de comprovação de um princípio. O que falta é o princípio. (Como, como certa, irão alegar que falta na lista sobre Pedro).

29. Peso cumulativo.

30. O mesmo peso do item 7, por exemplo.

31. Não há novidade neste item.

32. Igual ao anterior.

33. Há relação com itens já comentados anteriormente. É uma repetição.

34. Peso cumulativo.

35. Peso cumulativo.

36. Mais peso cumulativo.

37. Peso cumulativo.

38. Peso cumulativo.

39. Peso cumulativo

40. Peso cumulativo.

41. Peso cumulativo. Não é tão grande como proferir o primeiro discurso da Igreja, no dia de sua inauguração em Pentecostes, mas é cumulativo.

42. Peso cumulativo.

43. Peso cumulativo.

44. Peso cumulativo.

45. Peso cumulativo.

46. Peso cumulativo.

47. Peso cumulativo, e curioso.

48. Peso cumulativo.

49. Peso cumulativo.

50. Peso cumulativo.

Em todos os itens que, em si mesmos, não falariam nada ou quase nada, apenas coloquei-os como peso cumulativo. O que falta para fazer de Billy Graham uma papa, (entendendo que o artigo é irônico) é uma base forte, que o faça tal. Essa tem a favor de Pedro, e de ninguém mais. Falta mostrar o mesmo fundamento para continuar as teses a respeito do pastor Billy Graham, e que não funciona com mais ninguém.

Algumas provas do primado petrino, como elencadas por Dave Armstrong, são muito fortes, como as primeiras 3, com ênfase nas 2 primeiras, como o Dave mesmo acredita, e dão base ao princípio do papado, sendo complementadas por outras tantas, que tem o papel de corroborá-las. Elas não são fortes em si mesmas ou quando lidas fora do contexto do assunto. É esse o valor geral das 50 provas, chamadas de “argumento ruim, mas ruim mesmo”, no artigo de crítica à lista do Dave Armstrong.

Dessa forma, o exemplo, do que o Dr. William Craig usou para refutar o outro debatedor não serve para refutar o Dave, pois esse usa pontos sólidos, para formar seu argumento, e somente depois acrescenta evidências que corroboram-no.

O que precisa ser provado, é claro, é o que está sendo rechaçado nessas palavras: “Nenhuma delas é uma prova de fato no sentido objetivo de um papado ou de uma primazia de governo, tal como: “Pedro é o papa dos cristãos”, ou então: “Pedro governa toda a Igreja”. Estamos, no geral, debatendo uma questão resolvida: “Caso encerrado”, como está no artigo irônico.

Admitindo alguma verdade nas provas do Dave Armstrong: “É simples: que Pedro era uma figura importante, até central na Igreja do primeiro século.

Quando afirmei acima que a jurisdição é a palavra-chave, veja a comprovação, no mesmo conceito: “Alguém pode ser o mais importante de um grupo, sem contudo liderar este grupo ou presidi-lo.

A liderança do papa refere-se aos pastores cristãos católicos, e não aos de outras denominações. E como o papa é de uma Igreja, a Católica, e os bispos seus irmãos iguais em hierarquia, dignidade e atividade, mas menores em extensão desses atributos, por motivo de um só ser escolhido como princípio visível de unidade, então o caso de Billy Graham é um tanto falho, mesmo em termos irônicos, já que representa o Protestantismo ortodoxo, mas em termos mais estritos é membro de uma denominação, que não tem ligação visível e possui tantas divergências doutrinais claras, que inviabilizam a devida comparação com o papa na Igreja Católica.

E o poder de jurisdição-governo-papado é negado ter sido possuído por Pedro, e, a partir dele, por todos os papas na história. Não adianta escrever muito então. Ah, sim. Adianta, pois o Espírito Santo guia nossa mente para que abrace a verdade. É supérfluo em termos meramente humanos, mas não em termos de atividade espiritual.

A prova para o primado é tão simples como a prova que o artigo traz apresentando Marcos 10,42. Vejamos.

Dave Armstrong afirma que a doutrina do papado é derivada da primazia evidente de Pedro. (É o mesmo, em princípio, o que o artigo sobre Billy Graham chamou de “o principal, o mais importante, mais influente ou mais destacável”). A primazia é ligada ao governo, é claro, e ninguém pode negar. O governo sempre tem primazia, mas a primazia nem sempre governa. Pedro foi papa. Mas, hoje nega-se que Pedro teve poder de liderança. Esse é o ponto.

Dave afirma ainda, como já foi comentado acima, que a doutrina do papado, como todas as doutrinas cristãs, foram desenvolvidas. Esse é outro ponto negado por muitos, que não creem em desenvolvimento, mesmo que o vejam. E impossível negar, mas há quem dê outro nome a isso, e depois passe a refutar o desenvolvimento, que é outra coisa.

Há ainda a afirmação da “liderança e prerrogativas de São Pedro”. O que é chamado de liderança e prerrogativas está no bojo do que acima foi colocado sob o título de “principal, importante, de destaque”, mas negam, porém, e de forma mais contundente, o poder de liderar como o papa fez durante praticamente toda a história cristã. (http://www.patheos.com/blogs/davearmstrong/2015/10/50-nt-proofs-for-petrine-primacy-the-papacy.html)

Será que o grande apologista Dave esqueceu de lembrar que o que foi explicado como peso cumulativo das provas não significaria que cada uma das provas individualmente não serviriam para nada, e não seriam prova de forma alguma, e que assim a soma de provas inúteis não faz um sólido argumento, e refutar tal coisa que eventualmente surgiria nessa inteira questão?

Parece que não. Já nas primeiras 3 provas, que constituem a verdadeira prova, isso fica de certo modo evidente.

A prova número 1 condensa todo o sentido de Mateus 16,18 e fornece as refutações necessárias: Pedro é a pedra no cenário em que Jesus é o Construtor, portanto é posto como fundamento, não como fundador, o que significa um administrador, não o Senhor da Igreja, e o pastor conforme Efésio 4,11, como foi dado pelo Bom Pastor (João 10,11).

Depois, a segunda prova esclarece que Mateus 16,19 o poder das chaves tem a ver com disciplina eclesiástica, o que inclui muitas coisas, (fazendo necessário o poder de exercer essa disciplina), e na prova 3 o poder de ligar e desligar é explicado que trata-se de termo rabínico para proibir e permitir, e que Pedro foi o único a receber esse poder por nome e no singular, o que o faz preeminente.

Esses fatos não podem ser negados. E se a implicação acima referida não é aceita, que seja apresentada outra melhor.

Essas provas são, como mostra Dave Armstrong, “as mais explícitas evidências bíblicas para o papado”.

A pedra sobre a qual Jesus colocou a Igreja é singular. Ele é o construtor nessa passagem, e não a pedra que está sendo posta.

O poder do papa de ligar e desligar não é só seu, mas de todos os bispos. O que a Igreja ressalta ao apresentar o papa como tendo a prerrogativa em pessoa é que Pedro foi o único que, nomeadamente, recebeu esse poder de Jesus. Os demais receberam após Pedro, e como grupo, do qual o apóstolo era parte, e por isso unido a Pedro.

A lista apresentada pelo Dave é construída a partir desse ponto inicial, desse fundamento. Ele mostra que Paulo é importante, mas quis mostrar o que seria consistente com a doutrina de que Pedro é o chefe da Igreja¿ Ele não diz que cada ponto é uma prova, mas que a lista mostra pontos consistentes com o que foi provado, o que é “muito forte”, segundo sua opinião, sendo assim provas adicionais e de peso cumulativo. É algo bem diferente, e que não pode ser facilmente refutado, se é que pode ser.

Para isso, a doutrina em seu núcleo é admitida, ainda que falte alguma prova explícita de algum ato, por exemplo, de Pedro “mandando” em algum apóstolo ou outro cristão, ou exercendo seu poder papal de forma explícita e inequívoca, provando seu poder de liderança e jurisdição universal.

As provas 30, 38 e 43, da lista do Dave Armstrong, usadas como exemplo de que não provam nada, cai no erro que o Dave explicou: elas são parte de uma lista de indicações do primado de Pedro. Há outros textos que sugerem essa conclusão, e essas provas estão em consonância com a mesma.

Portanto, para refutar a lista do apologista Dave Armstrong, deve-se refutar o princípio, o fundamento dela.

Segue o artigo que publiquei há algum tempo, sobre Mateus 16,18:

Pedro é a Pedra de Mateus 16,18

Em refutação à explicação do Lucas Banzoli  (apologista protestante no site que tem como objetivo refutar o Catolicismo: http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/) de que a pedra de Mateus 16,18, é a confissão de Pedro, segue-se a simples reflexão.

16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.

18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; 

(Tradução Corrigida e Fiel, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil)

Nos versos anteriores, 13-15, Jesus havia questionado a respeito da opinião do povo sobre Sua Pessoa, e também o que diziam os apóstolos sobre isso. Pedro responde prontamente: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Então, Jesus dirige-lhe também uma palavra, dizendo: “tu és Pedro”. Entende-se assim o contexto.

Pedro fez a confissão a respeito de Jesus como verdadeiro Messias e Filho de Deus, e Jesus mostra-lhe que por sua fé ele será Pedro. Como entender isso?

O apóstolo Pedro chamava-se Simão, e era filho de Jonas. Jesus mudou seu nome para Pedro (em grego Petros), nome que vem de Kepha, transliterado na Bíblia como Cefas, e significa pedra. Assim, lemos em João 1,42: E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). Outras traduções, como a King James Version (em inglês) e a Bíblia de Jerusalém trazem também o termo como significando pedra, mostrando a unanimidade dos eruditos quanto ao sentido do mesmo.

Temos assim o diálogo entre Jesus e Pedro. Jesus questiona sobre Sua identidade, Pedro responde por revelação de Deus, e Jesus mostra a Pedro a missão que devia cumprir, e o motivo de ter recebido o nome Pedro. De fato, Jesus refere-se em todo o diálogo a Pedro, e a ninguém mais. Uma leitura atenta evidencia isso:

a) Bem-aventurado és tu

b) porque to não revelou

c) eu te digo que tu és Pedro

Assim, a sequência somente pode ser dirigida a ele, tendo-o como referência: e sobre esta pedra edificarei a minha igreja. Temos Pedro em a-b-c, por que não estaria também na sequência normal do texto em d?

Cristo não diria tudo isso para, sem razão, mudar de objeto quando afirma sobre a pedra. Pedro é bem-aventurado (feliz), Pedro recebeu a revelação, Pedro foi nomeado pelo Senhor Jesus, Pedro é a PEDRA nessa passagem. Esse é o motivo de sua mudança de nome, ele foi encarregado de ser a pedra da Igreja onde Cristo iria construir. Então, nesse verso Jesus é o Construtor e Pedro o material da construção: a pedra.

Temos igualmente que prestar atenção aos dizeres do texto: “Tu és Pedro”. Para quem está familiarizado com o nome do apóstolo isso parece óbvio, pois ele é Pedro. Mas, o caso não é esse. Notemos que Pedro não fala: “Tu és Jesus”, pois ele conhecia o Senhor e sabia do Seu Nome. Ele diz: “Tu és o Cristo”. A palavra Cristo vem do grego, tradução do hebraico Messias (ungido). Assim, é como afirmar: “Senhor Jesus, tu é o Cristo”.

Da mesma forma, Jesus não diria, nesse sentido, ao apóstolo Tiago: “Tu és Tiago”, ou a Bartolomeu: “Tu és Bartolomeu”, nem ao mesmo apóstolo Simão: “Tu és Simão”. Diferentemente, ele diz a Simão - filho de João, para não confundirmos com o outro apóstolo, chamado também de Simão, o zelota. E, então, diz a Simão: “Tu és Pedro” (palavra que tem o sentido de pedra), ou seja: “Simão, tu és Pedra”.

Assim, fica claro o sentido: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja...” É com toda a certeza que Se refere à pessoa do apóstolo Simão Pedro.

 
Gledson Meireles.

10 comentários:

  1. Olá Gledson Meireles

    Boa noite

    Eu fiz um comentário no site do Conde Loppeux já faz um tempo, que fala inclusive sobre este tema ou seja de Mateus 16:18 então eu peguei a parte específica que trata deste tema e fiz alguns acrescimos, bom segue o comentário abaixo.

    O argumento anticatólico é que Pedro não pode ser a rocha pois Pedro é masculino e petra é feminino então o argumento da confissão também não pode pois embora a confissão seja feminino o que é realmente importante não é uma simples confissão mas o que ela diz ou seja para onde a mesma aponta e direciona por exemplo se Pedro tivesse dito que era um pecador e que prescisava do perdão de Deus isso seria uma confissão também então o que importa mesmo é o que diz a confissão que no caso de Mateus 16 está em Mateus 16:16 e no versículo 16 fala sobre Jesus que é masculino então se pode ser Jesus logo pode ser Pedro pois ambos são masculinos. Considerando que a palavra taute pode ser o mais distante então o mais distante está em Mateus 16:16 que é petros = Pedro que vem antes mesmo do nome de Jesus logo seria o mais distante. E é em Mateus 16:16 que começa a confissão. Encaixando a palavra taute de Mateus 16:18 indicando o mas distante que está em Mateus 16:16 e harmonizando tudo é perfeitamente plausível que seja Pedro.

    Outra coisa interessante é que em 1 Corintios 10:4 fala que Jesus é a petra , tudo bem. Só que no caso de Pedro a palavra entrou exatamente no mesmo lugar do nome Pedro que é masculino o que não aconteceu em 1 Corintios 10:4 e em 1 Corintios 10:4 o texto diz que a pedra = petra era Cristo ou seja vai diretamente apontando Cristo não deixando margens de dúvidas precisamente pelo fato das palavras pedra e Cristo estarem separadas o que não acontece em Mateus 16:18 onde petrus entra direto ou seja no lugar no nome de Pedro logo não poderia se usar petra. Uma outra observação é que Jesus estava falando direto para Pedro seria desnecessário Jesus se referir a Ele mesmo usando taute como aquela ele poderia ter se referido a " e sobre mim mesmo". Jesus usou a expressão "mim mesmo' em algumas passagens como em João 8:18, João 5:31, João 7;17 e outras passagens.

    Um grande abraço e muitas felicidades

    Luiz

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  2. É pra chorar mesmo!!!!!! Infelizmente. No fim do texto vc diz : """"Assim, fica claro o sentido: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja...” É com toda a certeza que Se refere à pessoa do apóstolo Simão Pedro."""" .
    Gledson e Luiz , embora PEDRO signifique pedra, pedrinha , pedregulho ou seja lá mais o que , isso não tem e não terá nada a ver com o sentido do texto.Eu pergunto , qual a finalidade da pergunta de Jesus? Será que foi em vão ?Respondo.Mas antes , vamos rever as questões :
    1 - Jesus perguntou a seus discípulos: No dizer do povo, quem é o Filho do Homem? Mateus 16:13
    2 - Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou?Mateus 16:15
    Bem , posso deduzir que essa pergunta tem que ter uma resposta,claro.E Deus usando um mortal(Pedro) responde a pergunta.Deus usando um mortal pois, Mt 16,17 prova isso , bem como prova a bem aventurança de Pedro.Óbvio. Agora , vamos a resposta de Pedro, que nos diz : “Tu és o Cristo , o filho do Deus vivo” Mt . Essa resposta é o que Jesus queria ouvir e mais ,é sobre ela(resposta) que Jesus quer que até hoje a tenhamos no nosso coração,que Ele é o Senhor e Salvador,assim essa é a PEDRA que devemos ter como alicerce seguro. Para não deixar brecha para paixão ,que impede de ver o certo , vou falar agora sobre “ ... tu és Pedro”.Ora, se digo ,por exemplo : Gledson,quem tu achas que sou ? e vc me responde, tu és o matemático. Assim,vou confirmar dizendo : eu sou o matemático e “ tu és Gleidson ....o escritor” ,ou seja, tu é isso e eu, sou aquilo.Apenas dissemos quem éramos como confirmação ,todavia fazendo um paralelo ,quando Jesus diz : “tu és Pedro”, Jesus só confirma o que Pedro afirmara. Por fim, fica claro que não pode prosperar a ideia de que seja Pedro a pedra,pois Jesus não estava interessado em mostrar para todos quem era o Pedro e sim,mostrar que Ele é o Cristo, o Salvador e sobre essa PEDRA(fundamentação) vc está seguro e QUEM ISSO ACEITAR DE CORAÇÃO ,ESTARÁ ALI FUNDADA UMA IGREJA(quem não é a católica romana, protestantes, etc) EM CRISTO..Graça e Paz!!.
    Herbert.

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    1. Herbert, a sua explicação realmente não refuta o artigo. Jesus quis mostrar Sua identidade naquela passagem, e usou a mesma também para mostrar o porquê colocou (acrescentou) o nome de Pedro em Simão. Isso tem que ter uma sentido, pois de que adiantava chamar Simão de Pedro (pedra) se não há qualquer outra coisa a significar além de que ele é uma pedra como TODOS os demais cristãos do mundo e de todos os tempos são? Isso é para refletir.

      O motivo da pergunta de Jesus, que era para revelar que Ele era o Messias, não pode ser contrário à revelação de que Pedro era a pedra, explicando a razão dele ter recebido tal nome, desde João 1,42. Isso é patente. É uma verdade que veio na ocasião, quando Pedro fez a profissão de fé, e por isso Jesus utilizou o momento para expor o motivo de ter dado aquele nome a Pedro.

      Tiago e João pediram para descer fogo do céu, e foram chamados de Boanerges. Simão foi chamado de imediato de Pedro. Devia ter alguma razão para isso, e esse foi o momento de deixar claro o sentido.

      Deixei claro que a resposta não é identificada com uma "pedra". É a pessoa do apóstolo a pedra. Supor a pedra como a confissão é partir de um sentido espiritual desenvolvido do texto, mas que não é o literal.

      Enfim, o resto está claro, e o Luiz forneceu grande contribuição.

      Até mais.






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  3. Herbert, leia com atenção o artigo sobre Mateus 16,18, e o comentário do Luiz, e verá que o que você disse está refutado.

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  4. No meu primeiro post eu disse "é pra chorar", nesse vos digo: é pra rir!
    Nada a ver . Nada refustaste do meu texto.
    O Texto trata EXCLUSIVAMENTE do MESSIAS, do CRISTO enfim de Nosso JESUS e apenas isso.Tanto é que deixei uma "verde" e agora, vejam só ,colhi uma madura.Explico.Sabendo eu que vc iria tentar mostrar que Pedro tem relevância(a ponto de tirar a ideia central do texto) .Voce apaixonadamente nos diz que : “Jesus quis mostrar Sua identidade naquela passagem, e usou a mesma também para mostrar o porquê colocou (acrescentou) o nome de Pedro em Simão “ . Amigo , JESUS não quis mostrar sua identidade, JESUS mostrou que Ele é o caminho, a verdade , a pedra, a rocha enfim , “a saída” para a SALVAÇÃO ,PAZ,AMOR,ETC. E mais, se Ele quis mostrar o pq de acrescentar ao Simão , o nome PEDRA, se eu não conhecesse JESUS ,diria que Ele estaria louco,pois o próprio Jesus nos diz que “nem carne ,nem sangue revelou a resposta a Pedro, mas o Pai e mais ,lá na frente mais precisamente no 23 do mesmo capítulo, JESUS nos diz : “Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.” E AGORA? Como pode uma PEDRA ser tão inconsistente assim, ora é FIRME , ora NÃO?
    Como entre mortais e JESUS , eu acredito que JESUS como onisciente e onipotente não iria PEDRIFICAR SUA PALAVRA , SUA FÉ E SALVAÇAO À HOMENS ,QUE SÃO TODOS FALHOS.
    Por isso que disse no início desse texto “ é pra rir! , pois é muita apelação.
    Herbert.

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    1. “O Texto trata EXCLUSIVAMENTE do MESSIAS, do CRISTO enfim de Nosso JESUS e apenas isso”.

      Ninguém nega que o objetivo, o fim principal, da passagem, foi revelar o Messias. Porém, afirmar que foi “exclusivamente” isso, como não ensinando nada mais, e não podendo ensinar mais nada, isso é ridículo.

      O texto pode ensinar outras coisas, e DE FATO ENSINA.
      Por exemplo, ensina que Deus (1) revelou aquela verdade a Pedro, e assim revela-nos verdades ao nosso coração, como fez a Pedro, como quando nos convertemos e cremos em Jesus, (2) ensina que há uma Igreja, fundada por Jesus, e isso está no texto, sendo a primeira vez que a palavra Igreja aparece no Evangelho, (3) ensina que essa Igreja é indefectível (não entra na explicação da natureza da Igreja, mas apenas no que é revelado a respeito da Igreja), (4)ensina que há poderes do inferno, sob o sinal das portas do inferno, que tentam vencer a Igreja, e tudo isso é prova cabal de que podemos aprender mais lendo a passagem.

      Não há como negar, mas você parece ensinar isso quando afirma que o texto não trata de mais nada, pois é “exclusivamente” a respeito do Messias, e “apenas isso.” Parece ser absoluto que não há nada mais a esperar desse texto.

      A passagem ensina tudo isso posto acima, ainda que o fim dela foi ser o de revelar Jesus como o Messias, o Filho de Deus. Agora, afirmar que é exclusivamente tratar do Messias e PRONTO, nada mais, como se não fosse possível tirar nenhuma lição adicional, é algo irônico, e alheio à realidade do texto.

      Ninguém disse que o texto tem o foco central em Pedro. Não tem. Mas Pedro aparece fortemente nesse colóquio com o Senhor, quando é tratado pelo Senhor como pedra. Por isso, Jesus retribuiu a Pedro uma prerrogativa, isso é fato.

      Quando escrevi que Jesus quis mostrar Sua identidade, penso a mesma coisa como se tivesse escrito que Jesus MOSTROU SUA IDENTIDADE, pois Ele é Deus soberano, e cumpre infalivelmente o que quer.
      Como pode uma pedra ser inconsistente? Que haja uma explicação, mas que essa questão não é respondida negando que a pedra seja pedra. Ela pode ser inconsistente, mas é Pedra. Pedro é pedra, e por ter sido inconsistente já não é pedra, como assim? Quem a sustenta? Jesus. Então, entende-se que essa pedra não tem como cair. Pense nisso.

      Obrigado pelo comentário, mas acredito que você não entendeu a natureza do texto de Mateus no que concerne a Pedro, por ter dito, repito, que o texto só trata de um assunto: “exclusivamente” e “apenas isso”, como você escreveu. Mas, se entende que Jesus é o Senhor, é o Filho do Deus Vivo, é o Salvador, então a principal lição você já alcançou. Então, peça as luzes do Espírito Santo para aprofundar mais o seu entendimento da Palavra.

      Até mais.

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  5. Olá Herbert

    Em relação ao início do seu comentário sobre o fato de que é para chorar na verdade isso não refuta absolutamente nada apenas expressa a opinião particular sua que na verdade tenta desmerecer sem êxito o presente artigo do cristão evangélico católico apostólico romano Gledson muito bom por sinal. O entendimento do Gledson é o que ele acredita ser o correto entendimento da passagem bíblica em análise que contrasta com a sua portanto não há nada para “chorar”.

    Jesus faz um a pergunta e espera uma resposta a princípio do que o povo pensa sobre Ele e então os discípulos respondem mas não uma resposta objetiva e aí entra Pedro não com uma resposta apenas mas com A RESPOSTA e o relato bíblico nos apresenta a iniciativa de Pedro dentre os discípulos que não deram a resposta de forma completa e objetiva em Mateus 16:15 foi só em Pedro que as palavras encontraram a exatidão de quem Jesus realmente era sem ser uma resposta vaga, tanto é verdade que muitos creem quem foi precisamente essa confissão que é a pedra de tão significativa que foi, mas só foi significativa porque Pedro a pronunciou e isso tem muita relevância.

    Na verdade não se poderia usar a “petra” para Pedro pois Pedro é do gênero masculino e “petra” logicamente do gênero feminino diferentemente de 1º Corintios 10:4 Jesus é identificado como pedra em grego “petra” porém o nome de Jesus e o substantivo pedra estão separados o que não acontece em Mateus 16:18.

    No exemplo que você deu corrobora exatamente com a compreensão de que as duas pessoas do discurso é quem definem o entendimento da referida passagem pois de acordo com o que você escreveu primeiro você pergunta para o Gledson aí ele responde ou seja direciona para você e depois você direciona para ele e então você chega a conclusão de que “ tu é isso e eu, sou aquilo “ e por fim a sua conclusão é que Jesus confirma as palavras de Pedro ora isso em momento nenhum refuta o entendimento que Pedro é a “petra” pois está se falando de duas pessoas e uma confirmando de maneira objetiva a outra e veja Jesus confirma Pedro de maneira igualmente objetiva que a “petra” realmente era Pedro, assim como Pedro definiu Jesus de forma objetiva quem era Jesus.

    Sua conclusão de que a ideia que a pedra em grego “petra” não poderia ser Pedro não prospera está errada pois Jesus poderia sim querer mostrar a todos que Pedro era a Rocha pois foi Pedro quem fez a declaração e não outro e mesmo que a palavra “petra” não signifique Pedro mesmo assim o entendimento da passagem pode apontar para Pedro baseada na compreensão que a partir de Mateus 16:16 Pedro entra em cena justamente com a declaração definitiva e objetiva que não deixa nenhuma dúvida contrastando com as resposta incertas e vagas das pessoas conforme Mateus 16:14 e por esse motivo Pedro participou de forma efetiva e objetiva do diálogo com Cristo sobressaindo sem dúvida dos demais com a declaração.

    Você argumenta que a Santa Igreja não é católica romana nem protestantes e etc, porém essa é a sua interpretação talvez tentando separar o conceito de Igreja de denominação porém não há nada de errado em a Igreja ter uma nomenclatura como no caso Igreja Católica Apostólica Romana e para os católicos apostólicos romanos Cristo fundou sobre Pedro e de acordo com a sua opinião Cristo é o fundamento, mas analisando bem a interpretação da Primazia de Pedro não exclui a ideia que a Rocha é Cristo apenas define a forma de Governo da Igreja pois o Cristo é a Cabeça.

    continua....

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  6. Mais uma pérola dele :http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2017/05/apologistas-catolicos-finalmente.html?m=1

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  7. Bom continuando

    O texto não trata exclusivamente do Messias e aí é importante observar a importância de Pedro na construção da passagem, pois no texto Pedro aponta para o Messias, e Jesus depois faz a declaração para Pedro, ora se a confissão de Pedro sobre quem era Jesus foi tão importante e realmente foi e foi de forma categórica e objetiva da mesma forma teria que ser a declaração Jesus para Pedro ou seja de forma objetiva e categórica e isso é mais uma razão para considerar a firmeza e convicção das palavras de Jesus se harmonizando com a firmeza na declaração de Pedro sobre Jesus superando e muito a incerteza das pessoas e o silêncio dos discípulos sobre Jesus. Então observe a questão das declarações objetivas e precisa tanto de Jesus quanto de Pedro e veja a harmonia. Considerar que a passagem ensina uma exclusividade de Jesus é não compreender realmente o todo i.e a harmonia do relato desarmonizando assim a mesma.

    A convicção de Pedro em Mateus 16:16 com sua participação e iniciativa supera não só a incerteza das pessoas sobre Jesus conforme Mateus 16:14 mas também o silêncio dos próprios discípulos em Mateus 16:15 se destacando deles sem sombra de dúvidas. Pedro é tão importante na passagem que até quando ele errou a Bíblia destaca ou seja até para receber criticas Pedro é citado e isso merece uma reflexão coerente e consistente com o restante da passagem.

    A importância de Pedro é estabelecida pelo próprio Senhor e Salvador Jesus, a passagem permitiu a participação importante de Pedro na mesma contrastando com o silêncio dos demais discípulos e a não conclusibilidade nas respostas das outras pessoas. Pelo que eu entendi você conclui que o Gledson errou por ele entender que Jesus queria mostra a Sua identidade, mas o Gledson está corretíssimo. E só lembrar o exemplo que você mesmo deu sobre você e o Gledson e ali tratou da identidade embora você tenha citado no final o nome do Gledson e que ele é “o escritor” mas no início quando você escreve a pergunta ele responde só que você é “ o matemático” mas não cita o seu nome então não teve harmonia pois deveria ter citado “tu és Herbert” ai depois citar “o escritor “ e quando você escreve “tu és Gleidson” isso é a identidade dele ou seja você citou o nome dele. Então veja a importância da identificação e Jesus identificou Pedro pois antes Pedro fez o mesmo e você ainda argumenta que Jesus em Mateus 16:18 não quis mostra a identidade dEle e sim que Ele mostrou que Ele é a Verdade, a Vida e o Caminho ora isso Ele já fez em João 14:6, que ele era pedra em 1 Corintios 10:4 e a Rocha em 1 Pedro 2:8. Crer que Pedro tinha a Primazia em nada contradiz o fato de Jesus ser amor, paz e salvação e só entender a mensagem bíblica em harmonia contextual de forma equilibrada e coerente.

    Mateus 16: 16 traz a lembrança João 1:42 onde Jesus acrescenta o nome Pedro, então Mateus 16:16 começa com Simão Pedro para lembrar que o próprio Jesus acrescentou a palavra Pedro no nome que em João 1:42 está Cefas que é Rocha em aramaico e o texto coloca Pedro em uma posição tão essencial que cita 3 vezes o nome dele de três formas diferentes para justamente indicar que era ele mesmo pois chamando de três maneiras diferentes isso obviamente chama a atenção do leitor seja para uma crítica à Primazia seja para um argumento a favor da Primazia.

    Luiz

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    1. Luiz, agradeço suas palavras. Está sendo de grande proveito!

      Até mais.

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