“Que o Senhor lhe conceda achar misericórdia junto ao
Senhor naquele Dia.” (2 Timóteo 1,18)
Muitas pessoas que leem
essa oração de São Paulo por Onesíforo, mas não querem nem supor que o apóstolo
tenha rezado por uma pessoa falecida, afirmam sem pensar que:
1)
São Paulo não fez oração nesse verso
acima citado.
2)
Onesíforo não havia morrido ainda.
Com isso, quem assim
afirma está pensando ter refutado a oração pelos mortos. Para esses, não há
argumento que os demova de sua posição. Para quem quer aprender a verdade,
apresento aqui algo que pode ajudar:
“Que o Senhor lhe conceda achar misericórdia junto ao
Senhor naquele Dia”.
Não há como negar que
um desejo feito ao Senhor em favor de alguém não constitua oração, mas somente
desejo. São Paulo mostrou que seu desejo a Deus era de que Onesíforo fosse
salvo, no dia do juízo, alcançando a ressurreição dos mortos, que ocorrerá
somente nesse dia.
Portanto, São Paulo orou
pela alma de seu amigo. Refutada a primeira afirmação.
Suponhamos que
Onesíforo estivesse vivo ainda quando São Paulo expressou seu desejo de
salvação por ele. Isso já era de estranhar, já que Onesíforo era cristão,
pode-se pensar que era de bom exemplo diante de todos. Mas, ainda assim, São
Paulo desejou que ele fosse salvo no dia do juízo, e como contava com a
possibilidade de que nem todos alcançassem em vida aquele dia, seu desejo
ultrapassou a vida presente e foi direcionado a Deus ainda que seu amigo viesse
a morrer.
Assim, o Senhor recebeu
aquela oração de salvação de São Paulo por seu amigo. Em outras palavras, como
o tempo que transcorrerá até o dia do juízo está contido no espaço de tempo
considerado na oração de São Paulo, ele orou por Onesíforo ainda que o mesmo
estivesse morto, pois de outra forma diria que desejava que o Senhor concedesse
misericórdia a Onesíforo até o dia da sua morte ou coisa parecida. De qualquer
forma, pedir uma bênção a alguém para o dia do juízo não é essencialmente diferente
da oração feita por um morto.
Dessa forma, mesmo se
Onesíforo estivesse vivo (provavelmente não estava), São Paulo cria na eficácia da oração pelos
mortos.
Reflitamos:
Se São Paulo
acreditasse que Onesíforo estava salvo, “uma
vez salvo para sempre salvo”, ele não poderia rezar por ele como fez em 2
Timóteo 1,18.
Se São Paulo
acreditasse que aos mortos não está reservada mais nenhuma bênção por que se
possa pedir, e que é inócuo rezar pelas almas, ele não expressaria o desejo que
está em 2 Timóteo 1,18, em outras palavras, se São Paulo acreditasse que os
salvos não precisam de mais nada, pois já estão salvos, não pediria
misericórdia a Deus pela alma de uma pessoa, como fez em 2 Timóteo 1,18.
Se um desejo expresso
sobre a ação de Deus em favor de uma pessoa não é uma oração, então não se sabe
o que a oração é. São Paulo pediu a Deus que concedesse a graça da misericórdia
ao seu amigo cristão Onesíforo no dia do juízo, como está em 2 Timóteo 1,18. Portanto, São
Paulo rezou por seu amigo falecido.
Gledson Meireles.
O site apologética protestante diz que este morreu martirizado em 81.
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