sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Imortalidade da alma: São Policarpo


São Policarpo

 
Em sua epístola aos filipenses, São Policarpo assim escreve: “[Façam isso] na certeza de que tudo isso não ocorreu em vão, mas em fé e justiça, e que eles estão [agora] em seu devido lugar na presença do Senhor, com o qual também eles sofreram.” [capítulo 9]

Então, São Policarpo afirma que os mártires estão na presença de Jesus, com Quem eles sofreram, e isso prova que estão no céu, antes mesmo da ressurreição ocorrer. E o céu é chamado o devido lugar, onde eles estão. Essa constatação não seria possível se o mesmo cresse, como os mortalistas, que a alma inexistisse, e tivesse em mente a noção fabricada de que essas palavras significassem apenas a consideração da ligação dos dois eventos como se não tivesse existido o período entre a morte e a ressurreição.

 
A doutrina do sono da alma afirma que os mortos já estão com Deus, mas inconscientemente, o que é bastante estranho ao ensino bíblico. Oscar Cullman tenta explicar essa doutrina, mas não é muito feliz, já que diante da doutrina bíblica sua posição é refutada, pois é possível perceber seu grande esforço, porém fracassado, para explicar o sentido da morte de Cristo para as almas salvas, que já estão com Cristo, enquanto que para ele elas estão “dormindo”.

 
Em Martírio de Policarpo o autor cita as palavras do santo mártir, no capítulo 14, e isso mostra que ele tinha a mesma fé de São Policarpo. Nessa obra, a doutrina da imortalidade da alma pode ser vista com clareza, pois no capítulo 17 é dito que ele obteve sua recompensa, e no capítulo 19 está escrito que Policarpo alcançou a coroa da imortalidade, e que agora está com os apóstolos em regozijo glorificando a Deus. Essa obra é do século 2º, e atesta a fé da imortalidade da alma nesse tempo, como fé da Igreja. Por tudo o que já foi provado aqui, a leitura dessas passagens de Policarpo evidencia a imortalidade da alma, e não o contrário.
 
Gledson Meireles.

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