Da mesma forma, quando
Deus Pai mostrou-Se ao profeta Daniel como um Ancião de dias de cabelos
brancos, nada obsta que o artista venha a utilizar desse modelo para pintar a
característica da eternidade e sabedoria de Deus.[1] De
igual modo se diz de Cristo, que é a imagem perfeita de Deus (Colossenses 1,15)
e que vindo ao mundo como Homem é representado sob a perspectiva da Sua
encarnação.
Desse modo, diz o
Catecismo Romano a respeito das imagens: “Ninguém será tão rude para crer que
tal imagem exprima a própria natureza da Divindade. O pastor lhes fará ver como
elas apenas simbolizam propriedades e operações, que a Deus são atribuídas.”
(p. 416)
E devemos saber e
aprender que as imagens de Jesus, dos santos e anjos são lícitas: “a
representação e a veneração de suas imagens, além de não serem proibidas por
este Preceito, foram sempre tidas como um indício sagrado e seguro de um
coração reconhecido.”
As imagens devem ser
mantidas, sobretudo nas igrejas, e a devida honra é para ser dada a elas. Elas
devem lembrar-nos das pessoas santas, inspirando assim a imitação que nos é
devida, conforme a doutrina do Novo Testamento. Isso mostra que não é verdade
que as imagens são apenas decorativas. Elas são também usadas para suscitar a
devoção, para o exercício espiritual dos fieis.
Há quem afirme que as
imagens no Antigo Testamento não serviam para aumentar a fé, ou que não tinham
qualquer relação como auxílio nas questões referentes à fé. Nisso, dizem que
tratava-se apenas de tipos e figuras, e nada mais, além, é claro, do que meras
decorações.
O que não fica
explicado é que, como as coisas que serviam de símbolos eloquentes e tipos de
realidades do Novo Testamento, não iriam suscitar nada relativo à fé, e que
nesse âmbito não teriam qualquer serventia, se eram símbolos de realidades
profundas, e que essas mesmas realidades tratavam da salvação, e só podiam
servir de ensino e pregação constante em matéria de fé.
E é certo que a fé é
auxiliada pela visão, de alguma forma, através de tão preciosas imagens.
Aquelas imagens do Antigo Testamento eram relativas às mais importantes
verdades da fé, e nessa perspectiva o uso que é feito das imagens na nova
aliança é inteiramente o mesmo.
Mas, ensina também o
concílio de Trento que nas imagens não há divindade ou virtude, como se isso
fosse o motivo delas serem honradas. Essa característica é ponto que marca onde
a fé cristã diferencia-se da mentalidade pagã quanto aos ídolos.
Enquanto para o paganismo
as imagens são a própria divindade, ou representam essa divindade como objeto
no qual habita, tendo a imagem um poder influenciador da realidade, ou que seja
meio pelo qual o acesso às divindades seja facilitado. Por outro lado, para o
cristão as imagens possuem um sentido inteiramente diverso, sendo artifícios
visíveis para a contemplação dos mistérios e verdades de Deus e do planto da
salvação.
Ensina também a Igreja
que é proibido fazer orações às imagens, ou confiar nelas, como faziam os
pagãos. As imagens simbolizam aqueles que são retratados nelas, sendo,
portanto, os seus protótipos. Lembremo-nos da arca da aliança e dos querubins. Ninguém
reza à imagem de Cristo, mas ao próprio Cristo, como também as orações feitas
diante de uma imagem da virgem Maria ou dos santos não são pensadas como feitas
às imagens, mas a Maria e aos santos mesmos.[2]
Portanto, são citadas
algumas atitudes de reverência feitas às imagens, como o ato de beijar, o
descobrir a cabeça, o ajoelhar. Essas expressões são diferenciadas apenas no
espírito, pois Cristo é adorado e os santos são venerados, muitas vezes, pelos
mesmos gestos.[3]
Beijar uma imagem de
Cristo é prestar honra divina, adorando a Cristo, enquanto que beijar uma
imagem de santo Antônio é uma homenagem àquele servo de Cristo, sem tê-lo como
salvador, nem criador, nem fonte de graça, mas apenas venerando-o como seguidor
de Jesus. Alguém que não faça essa distinção racional ao prestar o culto, não
estará agindo corretamente, pois é o ato valorizado pela intenção espiritual.
De diversos modos, a
Igreja tem repetidas vezes pronunciado valorosos ensinamentos quanto à
veneração correta das imagens. Na Encíclica Duodecimum
Saeculum, por ocasião do 12º centenário do Concílio Ecumênico de Niceia, ocorrido
no ano 787, quando a Igreja estava unida do Oriente ao Ocidente, o papa João
Paulo II ensina que é legítima a veneração das imagens:
“A doutrina definida
por este Concílio quanto a legitimidade da veneração dos ícones (imagens) na
Igreja merece também ela uma atenção especial, não só pela riqueza das suas
implicações espirituais, mas também pelas exigências que ela impõe em todo o
âmbito da arte sacra.” (1)
São João Damasceno
afirma: “Se alguém se apresentar com um Evangelho diferente daquele que a
Igreja católica recebeu dos Santos Apóstolos, dos Padres e dos Concílios e que
ela conservou até aos nossos dias, não o escuteis”. É, por conseguinte, de
extremo interesse cristão conhecer a vida da Igreja durante a sua história,
naquilo que constitui o depósito da fé.
Além do mais, a
idolatria é um perigo sempre presente reconhecido pela Igreja Católica. Escreve
o papa João Paulo II: “Sem ignorar o perigo de um ressurgimento sempre possível
das praticas idolátricas do paganismo”. Entretanto, explica a importância das
imagens: “(...) fossem representados em formas pictóricas ou plásticas para
favorecer a oração e a devoção dos fiéis.” É preciso saber discernir os
espíritos, como ensina a Escritura.
Dessa forma, a iconoclastia
não foi um desenvolvimento da doutrina da tradição, mas uma verdadeira ruptura
com ela: “O movimento iconoclasta, rompendo com a tradição autêntica da Igreja,
considerava a veneração das imagens como um retorno à idolatria.” Contudo,
nessa época as motivações para a proibição das imagens eram diversas em
comparação com aquela do tempo da Reforma.
Então, o ensino
evangélico legítimo sobre as imagens é aquele expresso nessas palavras do papa
Adriano: “Graças a um rosto visível, o nosso espírito será transportado, por um
atrativo espiritual, até à majestade invisível da divindade, através da
contemplação da imagem em que está representada a carne, que o Filho de Deus se
dignou assumir para a nossa salvação. E, sendo assim, nós adoramos e
conjuntamente louvamos, glorificando-o em espírito, este mesmo Redentor,
porque, como está escrito, 'Deus é Espírito' e é por isso que nós adoramos
espiritualmente a sua divindade”. Assim, é possível ver a harmonia que há entre
a fé e a veneração autêntica das imagens.
Quando, porém, surge a
iconoclastia do século 16, essa foi de natureza diversa, mas a Igreja a
combateu considerando suas argumentações no Concílio de Trento.
Continuando a encíclica
Duodecimo Saeculum, o papa aconselha
a manter o uso das imagens na igreja: “mediante a visão de obras que procurem
exprimir o mistério sem nunca o ocultar”. E aponta a relação desse uso com a fé,
que é manifesto de uma forma intrínseca: “É esta a razão pela qual, hoje como
no passado, a fé é a indispensável inspiradora da arte da Igreja.”[4]
E com relação à
comunicação do plano de Deus para a salvação do homem, em seu uso da matéria,
diz o papa, lembrando São João Damasceno: “A arte sacra deve tender a
proporcionar-nos uma síntese visual de todas as dimensões da nossa fé. A arte
da Igreja deve ter a preocupação de falar a linguagem da Encarnação e exprimir,
com os elementos da matéria, Aquele que "se dignou habitar na matéria e
realizar a nossa salvação através da matéria", segundo a fórmula feliz de
São João Damasceno”.
Esse ensino é atual, corroborado pelo Concílio
Vaticano II. No número 111, a Sacrosanctum
Concilium ensina: “A Igreja, segundo a tradição, venera os Santos e as suas
relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos
Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos seus servos e oferecem aos
fiéis os bons exemplos a imitar.” (ênfase acrescentada)
É, portanto, a tônica cristã católica endereçar
nosso culto a Deus, em todos os momentos, inclusive quando há veneração das
imagens. É pela homenagem dos santos que Deus é glorificado neles. Tudo é feito
para a glória de Deus.
Ainda, na Igreja há a preocupação com a ordem
para uma boa espiritualidade, e aconselha evitar o que pode causar uma devoção
herética: “Mantenha-se o uso de expor imagens nas igrejas à veneração dos
fiéis. Sejam, no entanto, em número comedido e na ordem devida, para não causar
estranheza aos fiéis nem contemporizar com uma devoção menos ortodoxa.”
A Lumen
Gentium, ao número 51, exorta aos pastores “a esforçarem-se por desterrar
ou corrigir os abusos, excessos ou defeitos que porventura tenham surgido aqui
ou além, e tudo restaurem para maior glória de Cristo e de Deus.”
No entanto, os 1) abusos, 2) excessos ou 3)
defeitos que podem surgir no uso das imagens não são aqueles que os protestantes
tendem a apontar. De fato, esses condenam o simples e natural uso litúrgico e
privativo das imagens. Reverenciar uma imagem, na veneração, é considerado em
si mesmo um ato ilícito e pecaminoso. Mas, o que deve ser corrigido são
atitudes desconectadas com a vida de fé, uma exagero devocional, oriundo de uma
rasa espiritualidade, e uma concepção não ortodoxa para com o objeto da imagem,
o que pode torna-lo supersticioso, como um amuleto, e coisas do tipo, e por fim
um ídolo.
Para isso, o ensino do verdadeiro cristianismo
deve ser exposto nesse quesito da veneração dos santos: “Ensinem, portanto, aos
fiéis que o verdadeiro culto dos santos não consiste tanto na multiplicação dos
actos externos quanto na intensidade do nosso amor efectivo, pelo qual, para maior
bem nosso e da Igreja, procuramos «na vida dos santos um exemplo, na comunhão
com eles uma participação, e na sua intercessão uma ajuda»”.
Isso significa que os atos de veneração, mesmo
numerosos e profundos, não estão no principal daquilo que consiste o culto dos
santos. Esse é mais interno, que acontece na adoração a Deus, e na prática das
suas virtudes e a busca da oração a Deus pela intercessão dos santos. Assim, as
imagens devem proporcionar ocasião de aprofundamento dessas práticas, e a
exposição desses desejos cristãos.
Por isso, a Gaudium
et Spes (62), ensina que a arte, e sua adequada atualização, é um meio que
auxilia para a pregação do Evangelho: “Deste modo, o conhecimento de Deus é
mais perfeitamente manifestado; a pregação evangélica torna-se mais
compreensível ao espírito dos homens e aparece como integrada nas suas
condições normais de vida.”
Porém, na teologia
protestante prevaleceu outra orientação quanto às imagens, não só de Deus, mas
também de Jesus Cristo e dos santos. Assim, a Segunda Confissão Helvética
ensina que as imagens dos ídolos e as sagradas imagens cristãs são iguais.
Quando à
representação de Jesus, afirma a confissão: “Embora Cristo tenha assumo a
natureza humana, não a assumiu para fornecer modelo a escultores e pintores.”[5] É,
por certo, fruto de um desentendimento corriqueiro nesses assuntos teológicos
controvertidos, pois a Confissão Helvética alude ao “benefício” que os cristãos
poderiam usufruir das imagens de Cristo: “Quem, pois, haveria de crer que uma
sombra ou semelhança de seu corpo traria qualquer benefício para as almas
piedosas?”.
Talvez, não é à mera lembrança, recordação, representação, tipo, que o texto
esteja referindo-se, mas a uma suposta influência da graça que seria dada por
meio da humanidade de Cristo, mesmo que vista através de Suas imagens. Se assim
for, tal concepção é errônea, e contradiz a fé cristã católica, que ensina
justamente não haver virtude e poder nos mesmos objetos que são venerados, e
por isso não há graça neles.
Sob o tópico das
imagens dos santos a confissão cita os atos de veneração que são atribuídos aos
santos: “ajoelham, descobrem as cabeças e
dispensam outras honras”,
afirmando que por isso os santos seriam desagradados. Mas, isso só poderia
ocorrer se houve uma transferência da honra devida a Deus para os santos, e não
na honra justamente devida aos servos de Deus.
Para confirmar o
pensamento diverso do Protestantismo, em suas linhas gerais, temos a seguinte
explicação nesse mesmo documento: “Para instruir os homens na religião e
relembrá-los das coisas divinas e da sua salvação, o Senhor ordenou que se
pregasse o Evangelho (Mc 16.15) - e não que se pintassem quadros para ensinar
os leigos. Instituiu também os sacramentos, mas em nenhum lugar estabeleceu
imagens.”
Dessa forma, é
contraposta a pregação do Evangelho e a prática do uso das imagens, é posto
como inconciliável a exposição da palavra com o emprego da arte para ensinar.
Essa tensão não existe, pois as Escrituras mostram o Senhor utilizando-Se de
meios materiais para conduzir o Povo às verdades fulcrais do Evangelho,
apresentando o evangelho em símbolos desde o Antigo Testamento.
Lutero ensinou
no Catecismo Maior que a idolatria consiste em afastar o coração de Deus para
adorar criaturas: “É o que se dá com toda a idolatria. Pois ela não consiste
apenas em erigir uma imagem e adorá-la, mas, principalmente, num coração que
pasma a vista em outras coisas e busca auxílio e consolo junto às criaturas,
santos ou diabos, e não faz caso de Deus, nem espera dele este tanto de bem:
que ele queria ajudar. Também não crê que procede de Deus o que de bem lhe
sucede.” Por isso, para Lutero é idolatria tanto adorar uma imagem como
qualquer outra coisa fora de Deus.[6]
E quanto à concepção de
Lutero em relação à arte na Igreja, afirma-se que: “imagens visuais podem ser
um meio de graça, semelhante à palavra pregada”.[7]
Por tudo isso, é
bastante sólido o princípio que atesta a legitimidade do uso das imagens com
fundamento da Palavra de Deus.
[1] Os protestantes responderão que mesmo nessas
teofanias permanece a proibição de ilustrá-las em imagens: “Apesar de Deus se
manifestar como homem e como o Anjo do Senhor em diversas partes do Antigo
Testamento, os israelitas não poderiam fazer imagens destas teofanias”. Afinal,
qual seria o motivo dessa proibição, mesmo de retratar uma aparição de Deus sob
certa forma? A resposta seria que em Deuteronômio 4, 16-17 está escrito que
isso é uma corrupção: “As palavras de Deuteronômio são muito claras, Deus chama
isso de corrupção: “para que não vos corrompais, fazendo para
vós alguma imagem esculpida, na forma de qualquer figura, semelhança… de
qualquer ave que voa pelo céu” (Dt 4:16-17)” (https://resistireconstruir.wordpress.com/2014/07/25/o-segundo-mandamento/. Acesso em 14 Agosto 2016.) Prestemos atenção que o
texto do Deuteronômio afirma que no dia em que Deus falou a Moisés no Sinai não
viram “nenhuma forma”. Isso difere das demais teofanias, pois nesses Deus
mostrou-Se “sob muitas formas”. Essas formas podem ser usadas para a
evangelização por meio da representação artística. No Catecismo de Heidelberg,
pergunta 97, ensina-se o seguinte: “P. 97 – Não se pode fazer imagem alguma?
R. Não se pode nem deve fazer nenhuma imagem de Deus. As criaturas
podem ser representadas, mas Deus nos proíbe fazer ou ter imagens delas para
adorá-las ou para servir a Deus por meio delas”. (ênfases no original) Mas,
servir a Deus “por meio” das imagens, ainda que das criaturas, talvez está se
referindo à adoração “relativa”. Se assim for, não há razão para essa
proibição, pois a Bíblia apenas proíbe que a imagem receba adoração, não que
essa seja venerada pelo que representa. Mas, na hipótese que a concepção de
servir a Deus “por meio” de imagens inclua algo estranho à doutrina cristã
católica, essa proibição ultrapassa o correto entendimento, e já não tem a ver
com a correta doutrina. Podemos estar certos de que a teologia reformada é
radicalmente iconoclasta, quando afirma na questão 98: “Ele não quer
ensinar a seu povo por meio de ídolos mudos”. Isso quer dizer que Deus
não quer que sejam usadas imagens na igreja nem mesmo para fins catequéticos, o
que vai contra os princípios bíblicos, pois Deus sempre usou a arte para
ensinar. Quando a doutrina reformada ensina que toda representação de Deus,
mesmo dos exemplos citados, seria uma desonra e ofensa a Deus, tal doutrina não
revela o que foi sempre ensinado na Igreja, mas é somente fruto dos
desdobramentos da iconoclastia do século 16, e, portanto, uma heresia.
[2] Quando o bispo iconoclasta do
século 9, Cláudio de Turim de 817 a 839, afirma que quem venera uma imagem
apenas trocou de nomes, ele não oferece nenhuma fundamentação para tal
afirmação, sendo vaga sua acusação. Isso lembra Fausto, que lançou contra Santo
Agostinho a objeção de que os judeus imitavam os pagãos, pois teriam muita
coisa em comum, o que ocorreria também com os cristãos. Ao que Santo Agostinho
responde mostrando essencialmente que o sentido de atos semelhantes é diverso
pela intenção com que é realizado.
[3] Como o culto cristão é
eminentemente racional, Romanos 12,1, quem não fizer essa distinção real e
radical em seu espírito, está em erro, e certamente cometendo idolatria. A
distinção se dá no intelecto, e não nos sentimentos apenas.
[4]
É
oportuno frisar que o dom da arte ficaria reduzido a quase nada se ele não
pudesse ser empregado para o louvor e a glória de Deus de forma explícita e
direta na arte sacra. É verdade que as obras de arte conforme a moral humana e
utilizadas dentro da justa apreciação do homem na cultura e outras esferas, é
um dom divino e faz parte da graça comum, e assim é utilizada para a glória de
Deus. Mas, de forma direta é no campo religioso que a arte pode exprimir sua
maior utilidade e beleza, já que tudo o que somos e temos deve à bondade e amor
do Senhor Deus por nós. Se porventura apenas a santa religião fosse o lugar
proibido para a efetivação dos dotes artísticos, ela ficaria restrita a servir
mais à criatura do que o Criador. É por isso que todos estamos de acordo que a
arte tem lugar na Igreja. E a Igreja Católica tem feito o máximo para colocá-la
dentro dos justos limites da fé cristã.
[6]
https://resistireconstruir.wordpress.com/2012/06/25/o-primeiro-mandamento-catecismo-maior-de-martinho-lutero/.
[7]
Disponível em: http://www.projectwittenberg.org/pub/resources/text/wittenberg/lutherletter/web/ll.0301.html.
- “visual images might be a means to grace, akin to the preached word” - (Acesso em: 30 Agosto 2016)
E as rezas, são artes também? Os católicos rezam pedindo pra muitos tipos de Santos, isso também é idolatria. A firmam que Maria ressurgiu, sendo que a bíblia não afirma isso!
ResponderExcluirEnivaldo:
ExcluirAcredito que os fundamentos apresentados são fortíssimos, e por isso você não conseguiu responder. Isso já é esperado.
Assim, você começa pedindo respostas a OUTRO assunto: a oração aos santos, ou a assunção de Maria.
Primeiro: tente invalidar o que foi colocado, argumente com os fundamentos bíblicos apresentados e mostre que o que foi publicado está errado. Não apenas AFIRME, mas comente os fundamentos e prove que não são válidos.
Quanto aos outros pontos que você mencionou, poderão ser tratados em outro artigo.
Até mais.
Boa tarde! Como responder a um evangélico quando ele diz que não devemos fazer imagentde Jesus de Maria e dos Santos porque não sabemos como era o rosto deles?
ResponderExcluirA Paz de Cristo, Rafi!
ExcluirHá algo sobre isso no artigo: "A Arca da Aliança e as estátuas". Se ainda restar dúvida, pode voltar a perguntar.
Até mais.
Boa tarde, a paz de Cristo! Sobre minha pergunta anterior: “Como responder a um evangélico quando ele diz que não devemos fazer imagens de Jesus, da Virgem Maria e dos Santos porque não sabemos como era o rosto deles?” achei falando sobre imagens de Cristo no artigo: “A Arca da Aliança e as estátuas”, no link - http://heresiasrefutadas.blogspot.com.br/2017/02/a-arca-da-alianca-e-as-estatuas.html na parte onde se responde algumas objeções, no ponto o, que diz o seguinte: “o) Não sabemos se a imagem de Cristo está conforme Sua verdadeira aparência: isso não é problema. O que importa é que ao ver um determinado tipo de imagem as pessoas entendam que ela simboliza Jesus Cristo, e isso é o que acontece. Todos podem identificar facilmente uma imagem de Cristo entre milhares, e então o objetivo a que prestam as imagens está sendo atingido.”
ExcluirCom essa explicação do artigo “A Arca da Aliança e as estátuas, no ponto “o”, ficou claro em como responder a objeção de que não devemos fazer imagens de Cristo porque não sabemos como era seu rosto.
Agora quando um evangélico diz que não devemos fazer imagens da Virgem Maria, dos Santos e dos Apóstolos porque não sabemos como era a aparência deles também posso aplicar esta mesma explicação do ponto “o” do link que citei acima e conforme segue abaixo?
“o) Não sabemos se a imagem de Cristo está conforme Sua verdadeira aparência: isso não é problema. O que importa é que ao ver um determinado tipo de imagem as pessoas entendam que ela simboliza Jesus Cristo, e isso é o que acontece. Todos podem identificar facilmente uma imagem de Cristo entre milhares, e então o objetivo a que prestam as imagens está sendo atingido.”
Pode sim. O princípio é o mesmo, já que não há meios de saber como eram as pessoas em um tempo que não existiam fotografias, e etc.
ExcluirA Paz de Cristo! E quando os evangélicos dizem que não podemos fazer imagens de anjos porque não sabemos como é a aparência deles, neste caso posso responder a esta objeção aplicando a explicação que se está abaixo?
ResponderExcluir"isso não é problema. O que importa é que ao ver um determinado tipo de imagem as pessoas entendam que ela simboliza Jesus Cristo, e isso é o que acontece. Todos podem identificar facilmente uma imagem de Cristo entre milhares, e então o objetivo a que prestam as imagens está sendo atingido.”
A Paz de Cristo!
ResponderExcluirO princípio é o mesmo. A Bíblia mostra que foram feitas imagens de querubins, que são anjos, simbolizando a corte angélica, sem qualquer identificação.
Mas, como também há anjos que revelaram sua identidade, como Gabriel, e, assim, pode-se fazer uma imagem angélica com certas características que levem à lembrança do que está nas Escrituras afirmado sobre o anjo Gabriel, de forma que ao ver a imagem seja possível lembrar desse anjo.
Mas, o princípio é o mesmo.
Até mais.
A paz de Jesus Cristo! Deixe-me só confirmar sobre a minha pergunta anterior porque acho que não escrevi direito uma frase. Desculpe.
ResponderExcluirQuando os evangélicos dizem que não podemos fazer imagens de anjos porque não sabemos como é a aparência deles, neste caso posso responder a esta objeção aplicando a seguinte explicação:
"isso não é problema. O que importa é que ao ver um determinado tipo de imagem as pessoas entendam que ela simboliza Jesus Cristo, e isso é o que acontece. Todos podem identificar facilmente uma imagem de Cristo entre milhares, e então o objetivo a que prestam as imagens está sendo atingido.”
É isso?
A Paz de Cristo!
ResponderExcluirÉ isso mesmo, Rafi.
Até mais.
A paz do Senhor Jesus! Em sua mensagem do dia 19 de fevereiro desse ano, o senhor disse o seguinte:
ResponderExcluir“Mas, como também há anjos que revelaram sua identidade, como Gabriel, e, assim, pode-se fazer uma imagem angélica com certas características que levem à lembrança do que está nas Escrituras afirmado sobre o anjo Gabriel, de forma que ao ver a imagem seja possível lembrar desse anjo.”
Mas a Bíblia não fala como era a aparência do rosto e do corpo do anjo Gabriel, então como é possível fazer uma imagem com características do anjo Gabriel?
Até mais
A Paz do Senhor Jesus, Rafi.
ResponderExcluirÉ assim mesmo que aprendemos a verdade, pesquisando, questionando, argumentando. Parabéns.
A resposta que escrevi deixou passar essa ideia de que há características do anjo Gabriel na Bíblia. Não há.
Não foi isso que tentei dizer. O que eu disse é que anjos revelaram quem eram (sua identidade), como Gabriel. Sabemos, então, que um dos anjos de Deus, pelo menos, chama-se Gabriel.
Então, a Igreja, sabendo que anjos mostraram-se em forma humana, e em visões, com asas, etc., ela pode fazer uma imagem (símbolo) de uma anjo de asas, conforme inspiração bíblica, e por nessa imagem certas características artísticas para significar o anjo Gabriel, e ensinar-nos que tal figura é do anjo que anunciou a Maria etc. Assim, ao ver aquela imagem vamos nos lembrar que refere-se ao anjo Gabriel. Foi isso.
Pode perguntar à vontade!
Até mais.
A paz de Jesus! Primeiramente muito obrigado pelo elogio e pela paciência! Estou muito feliz por ter encontrado um blog católico como o de vocês que investe no ensino de forma paciente e amigável.
ResponderExcluirA Igreja se baseia em dois fatos bíblicos para fazer imagens do anjo Gabriel:
A Bíblia mostra que um dos anjos chama-se Gabriel e também a Bíblia mostra que muitos anjos tem asas e por inferência a Igreja entende que o anjo Gabriel também tem asas.
Essa é a idéia?
Até mais,
Rafi
A paz de Cristo!
ResponderExcluirRafi, este blog é apenas uma página onde posto meus comentários apologéticos.
Para maiores aprofundamentos, sugiro ler os apologistas católicos, o veritatis splendor etc., para outros e e melhores argumentos.
Você acertou. A Bíblia fala de anjos com asas, e essa é a forma apresentada para nós. Então, as imagens feitas assim em memória dos anjos segue um modelo bíblico.
Até mais.
Gledson Meireles.
Oi Gledson! A paz de Cristo! Sim, mas acho que seu blog também aprofunda nas questões apologéticas. O senhor estudou teologia em seminário ou é auto didata?
ResponderExcluirAbraço, até mais
Rafi, costumo falar que sou apenas um cristão católico leigo que ama Jesus Cristo, ama estudar a Bíblia, o catecismo, enfim, a doutrina cristã. A apologética é um campo que me interessa muito. Tenho conhecimentos teológicos, aprendidos de muitos estudos, diálogos com padres, etc.
ResponderExcluirAté mais.
Oi Gledson! A paz de Jesus! Muitos evangélicos dizem que a Bíblia manda fazer imagens de anjos, mas a Bíblia não manda fazer imagens de Jesus Cristo, da Virgem Maria, dos apóstolos e dos santos. Eu sei que a história da Igreja mostra que os primeiros cristãos sempre aceitaram o uso de imagens de Jesus Cristo, da Virgem Maria, dos apóstolos e dos santos. Porém, eu ainda não sei responder muito bem a esta objeção desses evangélicos usando apenas a Bíblia.
ResponderExcluirComo responder somente usando a Bíblia quando um evangélico diz que a Bíblia não manda fazer imagens de Jesus Cristo, da Virgem Maria, dos apóstolos e dos santos?
Até mais
Rafi
A Paz do Senhor Jesus Cristo, Rafi.
ExcluirPara começar, a Bíblia fornece o princípio, pelo qual a Igreja pode usar das imagens para expressar as verdades cristãs, etc.
Não há ordem de que somente imagens de anjos são permitidas, por isso lemos que havia também imagens de bois, e outras, como foi o caso da serpente de bronze, etc.
São imagens, esse é o fato, e pelo qual o princípio é apresentado. Os primeiros cristãos, ou seja, os dos primeiros séculos, usavam imagens de cenas bíblicas, geralmente pintadas, tudo fundamentado nesse princípio bíblico.
Até mais.
Gledson Meireles.
Oi Gledson!
ResponderExcluirDesculpe a demora em retornar aqui. Então, não entendi direito qual a base bíblica para fazermos imagens de Jesus Cristo, da Virgem Maria, dos Apóstolos e dos Santos. Me explique citando passagens bíblicas por favor.
Obs: Minha pergunta é especificamente sobre imagens de Jesus Cristo, da Virgem Maria, dos Apóstolos e dos Santos.
Até mais,
Rafi
Rafi, você leu todos os artigos sobre as imagens, postados aqui, ou somente este sobre o fundamento teológico? Pergunto isso, porque ficará mais fortemente estabelecida a prova quando você ler todo o trabalho.
ExcluirMas, vejamos um pouco mais. O apóstolo Filipe pediu para que Jesus mostrasse o Pai. Nesse momento, Jesus poderia ter ensinado alguma coisa que poderia ser usado em oposição às imagens, mas não o fez. Ele poderia ter ensinado que ninguém poderia ver o Pai, e que isso seria "idolatria", e que esse desejo era carnal, e coisa do tipo.
No entanto, Jesus afirma que a imagem do Pai já estava entre os apóstolos há muito tempo! Ele mesmo, em Sua humanidade, como Homem, era a própria imagem de Deus Pai: "Quem me vê, vê o Pai". Isso fundamenta a teologia da imagem, provando que a encarnação de Jesus inaugura a compreensão mais profunda da revelação de Deus na humanidade, feita pelo Filho. Jesus usa a Sua Pessoa humana, que é corporal e material, para afirmar que vendo essa imagem os apóstolos estavam vendo o Pai. Compreendeu o cerne da questão: é possível ver Deus que é Espírito por meio da humanidade de Jesus, que é material.
Dessa forma, com isso mente, podemos fazer imagem de Jesus, que é uma lembrança da imagem encarnada, ou melhor, lembrando que Ele veio em carne, e como Homem é a revelação de Deus, o Pai. As imagens são apenas meios de nos impressionar mais nessa verdade.
Para imagens da virgem Maria e do apóstolos e dos santos, fica mais fácil ainda de entender: são lembranças dos servos de Deus.
Até mais.
Oi Gledson! Eu li este artigo sobre o fundamento teológico das imagens, a adoração em Espírito e em verdade, e uns trechos do artigo sobre a arca da aliança e trechos de outros artigos. Mas vou ler todos os artigos. Até mais!
ResponderExcluirOi Gledson! Eu ainda tenho mais perguntas sobre as imagens eu não esqueci. É que estou resolvendo algumas coisas e por isso ainda não parei para continuar analisando essa questão, mas aos poucos vamos conversando. Perdão pela demora. Abraço
ResponderExcluir