segunda-feira, 2 de maio de 2022

Para reflexão, alguns testemunhos e argumentos

Diante do convite a estudar algo contrário à própria opinião, a reação de uma alma viciada é a recusa de ao menos pôr-se a ouvir o contraditório: prefiro não ouvir isso! Deixe para outro momento! Estou ocupado agora! Obrigado, já estou bem onde me encontro! Cada um com sua opinião! Não suporto ser contrariado!, e coisas do tipo. Eis algo que afasta o homem da verdade.

 

TESTEMUNHO DO EX-PADRE JOSÉ CÉSAR

O ex-padre franciscano, e agora pastor assembleiano, José César, conta em seu testemunho que agora prega um Deus vivo. E antes pregava um Deus morto. Que pena!

Ele diz que antes vivia no jugo, fazendo votos que não eram bíblicos. Estudou nove anos, e diz que o padre tem que estudar, tem que conhecer, e se ele não decide (corretamente) é problema dele! Então diz que os padres não são inocentes!

Diz também que não precisa de imagens na Igreja para saber da presença de Deus! Ó ignorância! Essa palavra de uma ex-padre, da ordem franciscana, de quatro anos de filosofia e cinco anos de teologia, segundo conta, e treze anos de pregação no sacerdócio, afirmando que não precisa de imagens para ter Deus presente na Igreja! É de uma ignorância profunda!

Em todos os testemunhos nota-se a raiz do pecado e – ou – da ignorância do abandono da fé cristã católica.

Ele faz algo novo. Difícil ver um ex-padre agradecendo a Deus o tempo em que foi católico. Ele faz isso. Mas, diz que agradece mais que Deus o tenha tirado de lá! Eis o real sentimento.

E diz que essa agora é a experiência com Deus, e que há diferença entre quem serve e quem não serve. Entendamos: antes, como católico, ele diz que não servia a Deus. Ponto importante de seu abandono da fé.

O testemunho é também a confissão dos pecados. Esse ex-padre diz que DETESTAVA pobres, que gostava de estar no meio dos ricos, celebrar missas nas catedrais. Ou seja, ele mesmo confessa que vivia pecaminosamente.

Também conta que não gostava de crente. Então uma senhora protestante profetiza que ele teria uma grande obra, seria pastor, seria tirado de onde estava.

Ele conta do ÓDIO no seu coração. Pensou até em jogar a senhora no chão. Que espírito movia aquele padre? Confessa também que era alcoólatra.

Protestantes da Assembleia de Deus pregavam a Palavra em todas as cidades onde ele chegava. Isso o incomodava.

Até aqui já se depreende que seu caminho em direção ao Protestantismo estava pavimentado.

 


A CONVERSÃO DO PASTOR SIDNEY


O testemunho do pastor Sidney é de interesse e importância. Cresceu lendo a Bíblia, e aprendendo a doutrina Protestante, e cultivou seu aprendizado negativo da Igreja Católica, e a via como a Babilônia, e o papa como o Anticristo, de número 666.

Essa doutrina não é acidental, e nem se trata de uma ignorância daquilo que a denominação à qual pertencia pregava. Mas, pelo contrário, ele estava fazendo jus ao que havia aprendido, e isso o levava a pregar aos católicos para libertá-los do erro, segundo pensava. Eis também um entendimento correto que tinha do ensino de sua denominação. Deve-se entender, e isso é primordial, que a vida desse pastor estava pautada nos moldes normais que eram ensinados na denominação a que pertencia.

Além do mais, como convicto pastor, e pregador da Palavra, ele conhecia as mazelas na vida dos católicos, como vícios e outros escândalos, tanto na vida dos fieis como na vida de padres. E assim ele tinha diante de si, não somente o conhecimento e convicção que havia aprendido, mas também a confirmação quando olhava os erros morais de tantas pessoas provenientes da Igreja Católica.

E a sua vida no pastorado era uma vida de bênçãos. Desde a infância, quando aprendeu a ler na Bíblia, frequentava a Escola Dominical, e sua mãe, que também era professora da Escola Dominical, o educava nos caminhos de Deus. Ele pregava a Palavra desde pequeno, e orava sobre enfermos, alcançado a eles a cura. Seu carisma e boa vontade os preparava para ser pastor, ou em outras palavras, eram preparações de Deus para o seu ministério.

Em suas pregações em tantos lugares, para a salvação das almas, ele diz claramente que levava a Jesus. Ele cria no poder de Deus, sobretudo na obra de missão, na Providência Divina. Em toda sua apresentação percebemos um testemunho de alguém que vivia com sinceridade no Protestantismo, corretamente entendia os ensinos, e sua cosmovisão era moldada segundo os princípios ali aprendidos.

Em oração ele pergunta a Deus por que Seus filhos sofriam tanto para fazer Sua obra. Era oração sincera, com traços típicos de alguém vivido no meio pentecostal. Quando aparece uma mulher, dá-lhe uma quantia de dinheiro, o qual precisava para fazer a obra. Então, ele levanta e dá glórias a Deus, aleluias, e falava em línguas. Era um crente pentecostal sincero e na prática correta daquilo que devia ser.

E pensou logo ter sido um anjo aquela pessoa providencial. Os pastores também falaram ter sido um anjo.

Preparando-se para uma pregação, em jejum e oração, certa hora faz uma parada para descanso, e tem uma visão. Ao contar a sua esposa, ela disse ter sido por causa de jejum, do cansaço, do sol escaldante. Mas, naquela mesma noite ele teve um sonho, com uma visão semelhante.

Dois anos depois, após a visão daquela mulher, que talvez seria um anjo, acontece essa visão, confirmada em sonho. No sonho foi feita uma profecia. Acordou, contou à esposa, pegou sua Bíblia, leu, pôs-se em oração até o amanhecer, das 3 às 6 horas da manhã, pedindo a Deus discernimento. Vê-se também que esse é o proceder correto de um cristão.

Às seis da manhã já tinha uma convicção, e essa era estranha para um protestante. Estava convicto de que deveria falar com um padre, pois somente um padre poderia explicar-lhe aquilo que estava acontecendo. Aqui podemos ver o processo de conversão em direção à Igreja Católica. Não havia problemas em sua vida de pastor, nenhum problema espiritual, nenhum trauma. Tudo corria bem. Como explicar essa Providência revestida de toda essa característica¿ Algum pentecostal diria que tratava-se do Demônio! Pura imaginação, pois pelos sinais do testemunho o Demônio não agiria assim. Nem naquelas circunstâncias. Além do mais, o que se seguiu confirma que não havia ação demoníaca.

Numa conversa com o padre ele concluiu que nem mesmo a Bíblia ele mesmo não sabia ler. Isso não significa que não conhecesse a doutrina do Protestantismo, como ficou patente que ele conhecia, pelo seu testemunho. Mas, ficou claro que ele não conhecia a doutrina católica, como é um fato patente também em qualquer protestante. A diferença foi a ação do Espírito Santo que abriu seu coração e o fez escutar. Agora, ouvindo-o, ou lendo seu testemunho, como é um fato que ele cresceu no conhecimento da doutrina católica.

Por exemplo, já consegue fazer a distinção entre a Igreja santa, como obra de Deus, santa em Cristo, Seu Fundador, e as falhas da Igreja em seus membros. Não confunde mais essas verdades.

Quando aprendeu sobre o Catolicismo começou a ver os cristãos católicos de forma diferente, e pô-se a estudar a respeito da Igreja Católica. Esse estudo é diferente, pois já tem uma preparação já com o coração aberto para realmente compreender, sem os preconceitos, e com uma inclinação favorável. O espírito fica mais livre para discernir.

É importante frisar que ele não falou mal em nenhum momento da Igreja à qual pertencia, nem mostrou ter sido motivo de sua saída qualquer fato relativo à sua salvação.

Ficou claro que aquela intervenção concebida como aparição da virgem Maria o levou a conhecer a Igreja Católica, e após estudo bíblico e diálogo, e logicamente pela incompatibilidade de permanecer no Protestantismo, foram fatores que o levaram ao Catolicismo.

 

O ex-padre Almeida conta que quando padre ele fumava muito, pulava carnaval e prostituía-se. São esses os exemplos do verdadeiro padre? Que fé tinha ele? Como poderia pregar o Evangelho com sua vida?

 

O ex-padre Nivaldo diz que Jesus o salvou e o tirou da batina. O que essa afirmação tem a dizer? Significa que o Protestantismo, realmente legítimo, nega a salvação do cristão católico, nega a salvação daquele que verdadeiramente é cristão católico.

Eis uma oportunidade de refletir sobre esse ponto importantíssimo, visto que a Igreja Católica Apostólica Romana foi fundada por Jesus Cristo e é rejeitada por muitos.

 

 


CONVERSÃO DE JASON LISKE

 

Jason cresceu na fé cristã adventista. Certo dia Deus o levou à fé cristã católica. Sua busca pela verdade foi desenvolvida na graça de Deus.

Enfrentou vários obstáculos: como rezar o terço. Para quem cria na mortalidade da alma, a virgem Maria não poderia interceder de forma alguma. Que grande obstáculo para um adventista passar a crer na intercessão dos santos. Isso ocorreu na vida de tantos, como na vida de Jason.

Passar por essa experiência sozinho, pois de início não contou aos familiares, nem à namorada, aos poucos esforçando-se para conhecer a fé católica, visitar as igrejas católicas, foram coisas que o impactaram muito.

Ao conhecer as características da Igreja Católica, pensou em desistir, por achar demais, e teve a ideia de voltar sua atenção ao Anglicanismo, o que talvez seria menos chocante. Percebeu, com o tempo, que o Anglicanismo era um meio-termo entre Catolicismo e Protestantismo, o que não queria. Não desejava ficar no meio do caminho.

Então, resolveu fazer um curso e aprender os rudimentos da doutrina católica, uma introdução na fé da Igreja.

Em seus estudos de introdução à doutrina cristã católica, Jason começou a experimentar um descontentamento com sua formação. Além disso, certo orgulho surgiu, pois seu entendimento havia passado o nível elementar através de suas leituras e pesquisas. Até que certo dia um sacerdote o repreendeu por sua atitude arrogante.

Continuando seu estudo entrou na filosofia existencialista, mas essa influência não foi benéfica. Conseguiu desfazer-se dela ao estudar um filósofo luterano.

Ficou frustrado uma vez que percebia sua formação, antes do batismo, ser um tanto fácil e nada profunda. E odiava aquilo. Isso seria um obstáculo a tornar-se católico, mas ele não desistia, e lutava contra aquilo, procurando entender melhor.

Em outro curso catequético o que aprendeu poderia tê-lo levado a um liberalismo teológico. Mas, o que havia estudado antes, em sua incansável procura, o fez continuar, e lidar com aquela nova fase. A graça de Deus acompanha o homem sincero.

 

 

CONVERSÃO DE LOURIVAL LUIS

O ex-padre conta o motivo que o fez ir para o seminário: fugir de um mundo maligno, das drogas, etc., e ajudar aqueles que estão nessa situação a ser libertos. Uma motivação que tem pouco a ver realmente com uma vocação sacerdotal. Eis o inicio sintomático de sua saída da Igreja.

Aos 4 minutos e 35 aproximadamente, ele diz que sentia a presença de Deus guiando a ele e seus amigos em todos os lugares. Fala do dom que Deus conferiu a eles nos estudos. Isso mostraria que tinha fé e reconhecia a Providência de Deus. Mas, aos 16 minutos e 57 segundos, aproximadamente, ele confessa não saber que era Deus que dizia a ele, naquele particular, aquelas coisas. Talvez o mesmo deve ser entendido aqui.

Assim, hoje, fora da Igreja, ele reconhece que aqueles fatos foram providenciais.

Sua vida parecia normal, como a de um seminarista e novo sacerdote, até que narra um episódio em que ficou decepcionado, quando os paroquianos reclamaram da demora de suas missas, e das exageradas leituras da Bíblia que ele fazia. Introduz-se, nesse momento, os motivo de sua saída da Igreja Católica.

 

De forma geral, os ex-católicos geralmente expõem suas decepções, que não raras vezes trazem traumas em sua caminhada como católico. E, a partir daí, ele começa a narrar fatos que, pelo contexto, preparam sua saída da Igreja.

Diz que certa vez celebrou a Paixão do Senhor com a Igreja vazia. Após terminar a celebração, chegavam católicos, o que é interessante, para a procissão do Senhor morto. Ele, porém, proibiu aquela tradição.

Noutra ocasião conta que proibiu festas de santos com bebidas alcoólicas, o que descontentou o povo católico. Passou então a pregar contra imagens, contra as procissões com imagens dos santos. E disse que o que estava lendo na Bíblia nunca tinha visto alguém pregar, e para ele era uma surpresa.

 

Se um padre não conhecia essas questões, não as tinha lido nas Escrituras, entende-se o motivo de suas atitudes, e a falta de prudência em lidar com aquilo que agora aprendia. Pelo que disse, não estava preparado para aquelas questões, desconhecia aquelas passagens bíblicas. Tratava-se de um padre pouco instruído naquilo que devia saber solidamente. Eis mais um motivo de sua saída da Igreja.

 

Ele afirma que não conhecia a Bíblia antes. Impossível um padre que deve pregar o Evangelho não conhecer a Palavra de Deus. O motivo de sair da Igreja Católica é o desconhecimento, que leva depois a um conhecimento limitado.

Interessante, também, é que apesar daquela pregação contrária as imagens e etc., o padre diz que os católicos que adquiriam a Bíblia e a liam, deixavam a Igreja, e quando visitados por ele, contavam a razão de sua saída do Catolicismo, a qual era fruto da pregação do padre, e aconselhava o padre a deixar a Igreja Católica se quisesse ir para o céu.

Nesse ínterim temos que notar que na pregação desse missionário protestante a saída da Igreja Católica é necessária, se alguém deseja ir para o céu. É uma mensagem anti-católica patente.

E como um abismo chama outro abismo, começou o padre a dizer que não queria mais ser sacerdote, porque os sacerdotes mataram a Jesus, e que não batizaria mais crianças, pois elas não tem pecado, são inocentes.

A falta de conhecimento realmente leva as pessoas para fora da Igreja Católica.

 

Sobre um estudo do reverendo Augustus:

Caro Reverendo Augustus:

1) A Igreja Católica foi fundada por Jesus Cristo, o Filho de Deus, nosso Salvador. Quando chegou o século 4º, o imperador Constantino promulgou um edito de liberdade, e aceitou a fé cristã, o que fez a Igreja Católica deixar de ser perseguida pelo Estado; e Constantino admitindo ser ele um membro da Igreja, embora ainda não fosse batizado. Essa estória do Catolicismo “tomar forma” nesse tempo é uma ideia vaga, fraca, inexata, para dizer o mínimo.

2) O Catolicismo não ensina que a revelação tem acréscimo, que durante a história a Igreja vai recebendo novas revelações de Deus através dos papas e concílios, etc. Isso não é fé católica.

3) Não cremos que as obras tenham que ter um número mínimo para que possamos ser salvos, ou que a cooperação tenha um grau aceitável para que nos tornemos dignos da salvação. Cremos que somos salvos pela fé e pelas obras, sendo a fé a raiz de tudo, e que se alguém morrer após a conversão e fé em Deus ele já está salvo, antes mesmo que tenha sido batizado. Isso não nega as obras, nem o batismo, mas mostra a mão de Deus agindo e salvando o que crê.

4) O papa tem o carisma da infalibilidade, mas isso não é somente quando ele senta-se no trono papal, aquele trono material que usa para sentar-se e ensinar, isso é algo que não há na doutrina da Igreja. O sentido de cátedra de Pedro é que o papa esta no cargo em que a autoridade de Pedro, recebida de Cristo, faz-se presente. Nada tem a ver com a cadeira papal que está no Vaticano, como o senhor, pelo menos, deixou subentendido.

5) Não formular doutrina com uma única passagem. Pois bem. Mas para nós um único versículo é suficiente para ensinar algo. Começo de conversa...

6) A Igreja Católica continua ensinando o casamento indissolúvel, nada tem mudado.

7) Infalível: o senhor fala que a pedra Pedro é “meio bamba”, insegura, porque Pedro logo foi repreendido. Caro reverendo, isso nada tem a ver com infalibilidade, que é outra coisa. O senhor fala como se Pedro não pudesse pecar, e quando ele pecou então não podia ter a infalibilidade que a Igreja prega. O senhor não entendeu, reverendo.

As chaves não são apenas a pregação do Evangelho. Chave significa autoridade, pastor. Não é a autoridade exclusiva de Pedro, mas está sim com a Igreja, porém tem em Pedro a unidade visível.

9) Paulo não esqueceu que Pedro era o papa. Pastor Augustus, o senhor fala como se o papa não pudesse ser repreendido se ele estiver errado, mas tal coisa não existe no catolicismo, e isso não tem nada relacionado com o dogma da infalibilidade, pastor.

Tem muito a ser estudado, mas peço que o senhor faça revisão de suas posições.

 

Gledson Meireles.

 

 


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