segunda-feira, 6 de março de 2017

Zwínglio e a Reforma na Suíça

Nos primeiros anos da Reforma, Ulrico Zwínglio (1484-1531) inicia a reforma na Suíca.

Depois dele, foi João Calvino o que levou a cabo esse trabalho em Genebra.

Zwínglio era sobrinho de um sacerdote, talentoso para música, admirador dos pagãos da antiguidade, chegando a considerar muitos como salvos e ao lado dos santos cristãos, era humanista.

Tornou-se sacerdote em 1506, estudou grego e fez estudo científico do Novo Testamento.

Não era interessado em teologia como era em humanidades.

Era bom pregador, um humanista bíblico, como Erasmo.

Explicava a doutrina de São Paulo através do platonismo e do estoicismo, centrado mais na ética de Paulo.

Reconheceu somente as Escrituras como regra de fé e prática. Introduziu na liturgia a liberdade de escolher os textos bíblicos para leitura, traço que ficou na Igreja Reformada.

Em 1519 tornou-se reformador, combinando o espírito da renascença com os ideais da reforma.

Com tendência racionalista interpretou ritos e cerimônias em seu sentido puramente espiritual; afirmou que o Espírito Santo age diretamente no coração.

Desejava reformar a política, como fazia com a Igreja.

Ressaltava a Vontade de Deus, ao invés disso, Lutero enfatizava o Amor de Deus.

Ensinou que a  salvação depende dos decretos de Deus.

O pecado original seria apenas uma doença moral.

Casou em 1522 e somente em 1524 fez público esse casamento.

Foi contrário ao uso das imagens, em 1523.

A missa foi celebrada até 1525.

Perseguiu os anabatistas de 1524 a 1529.

Sua reforma, após a morte de Ecolampadius, foi absorvida pelo Calvinismo.
 
Dados conforme Qualben, A History of the Christian Church, Cap. XI. Wipf & Stock, Eugene, Oregon.


A Suíça católica do tempo de Zwínglio tinha muita liberdade. A condição educacional era baixa, e o humanismo estava presente nas maiores cidades. Zwínglio foi aluno de Tomás Wyttenbach (1472-1526) do qual aprendeu a autoridade exclusiva da Escritura, a morte de Cristo como preço único do perdão e a inutilidade das indulgências.

Em 1518: “Nessa época, sua vida privada não estava livre de recriminações pela quebra do voto de castidade”.

“Foi em 1522 que sua vigorosa obra reformadora teve início.”

Quanto às cerimônias e ordem do culto antigo as reformas eram mais radicais que as de Lutero. Seu ajudante era Leo Jud (1482-1542), seu ministro associado.

Em outubro de 1523 foi feito o debate sobre a missa e o uso de imagens. (Nota: A política de ações graduais de Zwíngio foi uma estratégia para mudar as coisas sem a percepção clara do povo.)

Em Estrasburgo: optou pelo ponto de vista zuingliano e não pelo luterano. A cidade começou no protestantismo em 1521, por Mateus Zell (1477-1548), a partir de 1523 Wolfgang Köpfel ou Capito (1478-1541) e por Martinho Bucer (1491-1551), completando em 1529.

Tese de Hoen, advogado, em 1521, sobre a Ceia, interpretando as palavras isto é como isto significa, tese que influenciou Zwínglio em 1523. Em 1526, amargas controvérsias.

Na controvérsia de Lutero e Bugenhagem contra Zwínglio e Ecolampádio teve como resultado que cada um considerava o outro não cristão.

Zwínglio foi sucedido pelo líder Henrique Bullinger (1504-1575). O movimento Suíço foi modificado totalmente por Calvino. As Igrejas que foram “filhas espirituais dele, e por conseguinte de Zuínglio, receberiam por fim o nome de “Reformadas”, para se distinguirem das “Luteranas.”

(Fonte: História da Igreja Cristã, W. Walker.)

Gledson Meireles.

Nenhum comentário:

Postar um comentário