Observações
sobre a Babilônia, no vídeo
do
apologista Davi Caldas
A
Igreja Católica é a Semente de Mostarda
A
Babilônia representaria o sistema opressor do Povo de Deus, que seria o papado, e que teria
corrupção moral generalizada, doutrina falsa, e teria o fator perseguidor.
Isso
é complicado. A IASD considera a Igreja Católica como a Babilônia. No entanto, isso
não pode ser dito da Igreja, pois sua doutrina produz santos. A doutrina da
Igreja é santa, correta, verdadeira. Basta estuda-la com sinceridade, buscando
as luzes do Espírito Santo.
Bata
pensar um pouco. Todos os grupos pequenos geralmente são perseguidos, e somente
quando se tornam maiores e possuem poder político é que podem de algum modo “perseguir”,
segundo as circunstâncias históricas.
Os
adventistas do sétimo dia nunca alcançaram o nível de religião oficial. Não
pode ser dito que não pudessem perseguir se chegassem a esse patamar. Os anabatistas,
que foram sempre grupos menores e radicais na reforma, também foram
perseguidos. Os batistas herdaram doutrinas anabatistas. Como essas ideias
migraram para o adventismo, esse tópico escolhido (o da perseguição) para afirmar
que a ICAR perseguiu “cristãos verdadeiros” não é correto.
É
dito pelo apologista que o poder romano continuaria ao longo dos séculos, seria
religioso e duraria até a volta de Jesus. Seria a Igreja Católica? De fato isso
não pode ser.
Então,
trata-se do poder do Anticristo que sempre se opôs à Igreja Católica Apostólica
Romana. De fato, esse sistema presente na história irá no fim ser o maior
opositor da santa Igreja Católica tentando destruí-la.
Os
que olham para a Igreja Católica como se fosse o “chifre pequeno” da profecia
de Daniel 8, 9, pois esse surge dentre os dez chifres e se torna o protagonista
depois, esquece-se que a Igreja Católica é a semente de mostarda que tão
pequenina cresce e se torna uma enorme árvore em Mateus 13, 31-32. É óbvio que
o reino do mal procura ter semelhanças com o reino do bem, e assim a falsa
religião do Chifre Pequeno tentará ter a influência da verdadeira Igreja
Católica, a pequena semente de mostarda.
“O Reino dos Céus é comparado a um grão de mostarda
que um homem toma e semeia em seu campo. É esta a menor de todas as sementes,
mas, quando cresce, torna-se um arbusto maior que todas as hortaliças, de sorte
que os pássaros vêm aninhar-se em seus ramos” (Mateus 13, 31-32).
O
poder de Roma teria sido continuado pelo papado, como entende o apologista
adventista. Mas veja que o Imperador romano, Constantino, logo saiu de Roma e
construiu outra Roma no Oriente, a cidade de Constantinopla, onde passou a exercer
a maior influência no Cristianismo dessa parte do mundo. Ele nunca pôde influir
na doutrina católica.
A
questão da corrupção moral generalizada, da corrupção doutrinária generalizada
e do senso de perseguição, são coisas malignas, do reino do Anticristo, e nunca
da santa Igreja.
O
Reino dos Céus aqui não é o Céu onde está Deus, pois esse é eterno, e não tem
um início pequeno. Também não se trata do milênio, na perspectiva
dispensacionalista.
Esse
Reino é a Igreja que Jesus fundou na Terra, começando com 12 apóstolos e alguns
discípulos e se tornando aos poucos tão grande de modo que tornou-se um Reino
espiritual no mundo convertendo povos e fundando nações cristãs. Essa é a
Igreja Católica Apostólica Romana.
O
outro reino que é representado pelo Chifre Pequeno é o adversário da santa
Igreja. De um deles saiu um pequeno
chifre que se desenvolveu consideravelmente para o Sul, para o Oriente e para a
joia dos países (Daniel 8, 9)
Assim,
a Besta do Apocalipse e a Babilônia não podem ser a Igreja Católica.
Entretanto, é um poder que tem o objetivo de assemelhar-se à Igreja em poder e
influência sobre as almas.
A
Igreja é a semente de mostarda pequenina, é a pedra que rolou em Daniel 2, 44-45, e que chegou a influenciar e encher toda a terra, vencendo os reinos do mundo. Leia o versículo 45.
Pelo
contrário, o poder Maligno que persegue a Igreja é o Chifre Pequeno que surge,
cresce e tem muito êxito na sua maldade.
A
diferenciação da Igreja como sistema e da Igreja como comunidade espiritual não
é bíblica. A Igreja visível já é expressão da comunidade espiritual e possui organização
religiosa visível que exprime a Igreja espiritual em sua unidade fé, moral e
culto. Não se trata de que todas as divisões cristãs expressam essa Igreja. É
uma diferença muito sutil, difícil para os protestantes compreenderem.
A
tentativa de explicar a realidade da Igreja invisível é plausível até certo
ponto. O exemplo dado é que dentro da Babilônia, e suas filhas, podemos
lembrar, cada grupo de crente verdadeiro seria uma igreja verdadeira sob um
sistema falso. Mas não é assim.
O
que de fato há, é que em cada lugar da terra, em cada religião, em cada igreja
cristã, há um pequeno grupo que está unido espiritualmente com a única Igreja,
sendo membros dessa Igreja espiritual, que na terra tem sua expressão na santa
Igreja Católica. De um modo simples, todos os verdadeiros cristãos são membros
da Igreja Católica Apostólica Romana em espírito.
A
opinião do apologista é que a IASD seria mais próxima das verdades básicas. Mas
isso não pode ser. Basta ver que a imortalidade da alma é uma verdade negada
pelo adventismo do sétimo dia.
A
corrupção moral não é maior e nem pode ser na Igreja Católica em comparação a
qualquer outra religião e igreja. Ainda, essa corrupção é oriunda do pecado
humano, e não marca da Igreja. Assim, a comparação com Babilônia falha.
A
doutrina da Igreja Católica é verdadeira e santa, assim mais uma vez a
comparação caiu por terra.
A
perseguição não é sinal da Igreja, mas algo que a Igreja sempre sofreu. Desse
modo, a Igreja sempre está tentando defender-se de ataques. E os erros do
passado, como alusão aos erros medievais, não corrompem a Igreja em sua
natureza.
Lembrando,
que as doutrinas do sábado e da mortalidade da alma são erros da IASD.
O
erro que deve ser corrigido nessa perspectiva a respeito da Babilônia, é que a
Igreja é santa em sua natureza, e não um sistema corrompido. Os erros, pecados,
corrupção moral, advém dos membros pecadores, e não do sistema fundado por
Jesus Cristo.
Para
os adventistas que querem aprofundar nesse assunto da verdade cristã católica,
leia os artigos do blog que tratam da doutrina adventista do sétimo dia com
profundidade.
Gledson Meireles.
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