terça-feira, 25 de abril de 2017

Eleição e Predestinação em Romanos 9-11

São Paulo inicia o capítulo 9 mostrando sua tristeza e seu desejo pela salvação dos judeus.  O verso 3 trata dos israelitas “segundo a carne”. Essa qualificação é importante, pois tem a ver com todos os judeus ligados pelos laços da natureza física.

Em continuação, no verso 6 é feita a distinção entre os israelitas por natureza e os israelitas por conta da promessa de Deus. Assim, é dito que “nem todos os que descendem de Israel são Israel”, ou mesmo, como está no versículo seguinte, “nem todos os descendentes de Abraão são seus filhos”. Tem-se assim os que são parte do povo judeu e os que nele fazem parte da promessa, ou que devem aceitar a promessa. Mais ainda. Todos são chamados a aceitar a promessa, pois a carne não é garantia de aceitação, mas a fé na promessa de Deus.

A promessa é aquela da descendência de Abraão e Sara, e Isaac e Rebeca. (vv. 9-11) A escolha de um e de outro para a eleição antes do nascimento tem o objetivo de mostrar a liberdade da escolha de Deus, que não depende de obras, mas de Deus mesmo, da Sua misericórdia.

Em Gênesis 25,23 explica a esse respeito: “e Iahweh lhe disse: Há duas nações em teu seio, dois povos saídos de ti se separarão, um povo dominará um povo, o mais velho servirá ao mais novo”. Por isso o verso 12 afirma que “O maior servirá ao menor”. E o 13: “Amei a Jacó e aborreci Esaú”. Jacó representa a nação de Israel e Esaú a nação de Edom. Esse povo recebeu a ira de Deus, enquanto Israel a bênção. Deus escolheu Israel para preparar o povo do Messias.

Essas bênçãos são materiais, tendo a ver com a formação do povo e seu sucesso como nação. O mesmo já havia ocorrido desde o início, com o chamado de Abraão. A serva de Sarai recebe a promessa de grande descendência: “Eu multiplicarei grandemente a tua descendência de tal modo que não se poderá contá-la.” (Gn 16,9)

No entanto, a Aliança seria feita por meio de Isaac, e não do filho de Agar, Ismael. O Senhor diz a Abraão: “Não, mas tua mulher Sara te dará um filho: tu o chamarás Isaac; estabelecerei minha aliança com ele, como uma aliança perpétua, com sua descendência depois dele.” (Gn 17,19) E Ismael recebe também uma bênção: “Em favor de Ismael também, eu te ouvi: eu o abençôo, o tornarei fecundo, o farei crescer extremamente; gerará doze príncipes e dele farei uma grande nação.” E Ismael foi circuncidado, junto com seu pai Abraão. (v. 26)

Dessa forma, entende-se que a Aliança tem como fim a salvação de um povo que irá aderir a Deus por meio da fé e não por meio de obras, ou por laços de sangue. Deus está formando um novo modo de entrar na Sua comunhão. Ele não está passando por uns e os deixando de lado, ao passo que escolhendo outros para Si. Na verdade, Ele está estabelecendo para todos um caminho diferente daquele que o homem imagina.

Em Jacó e Esaú as duas nações foram divididas, e a última não teve as bênçãos que também seriam perdidas pelos edomitas, não fosse a prece de Abraão. Mas, não tem essa situação a ver com a salvação dos povos em questão nem em particular de seus indivíduos.

Então, São Paulo mostra o exemplo do Faraó, em quem Deus mostrou Seu poder, para que o Seu Nome fosse celebrado. Depois, usa o exemplo através das palavras: “farei misericórdia a quem fizer misericórdia e terei piedade de quem tiver piedade”. (Rm 9, 15) E: “De modo que ele faz misericórdia a quem quer e endurece a quem quer.” (v. 18)

Daí nascem os vasos para uso nobre e os vasos da ira. Essa separação tem feito muitos refletir a partir dela sem olhar o contexto inteiro, não só do capitulo 9, mas também dos capítulos 10 e 11. Em primeiro lugar, um oleiro faz vasos para diversos usos, mas nenhum deles é feito para ser destruído, nem para ser descartado. Quem seria louco o suficiente para trabalhar diligentemente em uma obra destinada a ser destruída assim que terminasse de ser produzida? Os vasos recebem diferentes atribuições, diferentes tratamentos, mas a sua produção não é para serem quebrados, mas para servir a algum fim.

Dessa forma, Deus como o oleiro não fez alguém para ser reprovado, mas usa seus vasos para diferentes fins. Deus dá ao homem liberdade para agir por diferentes meios, e andar em diversos caminhos. Somente assim entende-se a paciente espera de Deus para agir em juízo contra esses vasos da ira. Todos são feitos por Deus, mas uns estão como vasos de uso nobre, e outros como vasos de perdição.

Mas, algumas palavras tendem a descobrir, ou melhor, tirar o véu para a compreensão do assunto que está sendo desenvolvido. O verso 22 fala que Deus “suportou com muita longanimidade”, ou seja, suporta pacientemente, “os vasos de ira, prontos para perdição”. Essa atitude de Deus coloca Sua ação fora do âmbito do primeiro endurecimento, já que Ele “suporta” o que já estão endurecidos. A ação de Deus está sobreposta a essa primeira atitude do homem.

É verdade que os vasos do oleiro são obras suas. Contudo, o Senhor usa dessa comparação para mostrar que há entre Sua obra aqueles que serão como os vasos da eleição e outros como os vasos da ira. Assim, os vasos da misericórdia são todos os que são convertidos, tanto entre judeus como entre os gentios, assim como está no verso 24.

Para lembrar daquela distinção do início, de que entre o Povo inteiro segundo a carne há um Povo segundo a eleição da graça, isso é reafirmado no verso 29: “E ainda como Isaías havia predito: “Se o Senhor dos Exércitos, não nos tivesse preservado um germe, teríamos ficado como Sodoma, teríamos ficado como Gomorra. Deus faz assim para não ter o Povo inteiro em queda. Assim, a ação de Deus segundo o Seu santo beneplácito é sempre para salvar. O juízo não é o seu desejo primordial, mas a consequência da resposta do homem.

Deus está revelando que a Sua promessa irá ser cumprida. Ela foi feita desde Abraão, passando por Isaac e por Jacó, e assim para sempre. Ismael e Esaú ficaram fora dessa eleição, não para serem condenados, mas porque não quis Deus que fosse assim, ou seja, que todos os descendentes físicos do patriarca Abraão estivessem destinados à formação do Povo eleito, mas somente aquela parte que viria pela promessa. Deus faz o que quer, e Suas obras são santíssimas. E o faz assim para incluir outros, ou seja, todas as nações, nesse plano que iniciou com o Povo Eleito.

Essa semente da promessa, também, inclusive, tem a parte relativa à carne, pois Isaac é filho legítimo e descendente físico de Abraão. Mas não só isso. É por ele que os demais descendentes terão parte no povo pela promessa da qual esse descendente igualmente natural veio a existir. Não é por ser descendente por meio de Isaac que alguém pode fazer parte do preservado germe, mas pela promessa que tocou a ele.

Entendido isso, leiamos o versos 30 a 32: “(30)Que diremos, então? Que os gentios, sem procurar a justiça, alcançaram justiça, isto é, a justiça da fé, (31) ao passo que Israel, procurando uma lei de justiça, não conseguiu esta Lei. (32) E por quê? Porque não a procurou pela fé, mas como se a conseguisse pelas obras. Esbarraram na pedra de tropeço.
 
Dessa forma, explica-se o modo pelo qual devemos atingir a justiça, e encontrá-la: por meio da fé. Israel como povo não procurou dessa forma, e isso fez com que as nações pudessem cumprir o que Israel não pode fazer.

De quem fala São Paulo? Do Povo de Israel inteiro ou dos eleitos nele? Para responder isso, continue a leitura no capítulo 10.

Em primeiro lugar, não se pode falar tão absolutamente de alguns eleitos dentre o povo, como se tal estivesse fechado à inclusão de outros, já que a promessa é aberta a todos, e o germe preservado no presente tem como fim manter a promessa, visando à conversão da inteira nação.

De fato, São Paulo deseja que sejam salvos, e afirma que eles têm um zelo não esclarecido, não conhecendo a justiça de Deus, mas procurando estabelecer a própria. (vv. 1-3) Isso é o mesmo que está em Rm 9, 32, que apontou a pedra de tropeço, e em 10, 11 afirma: “Com efeito, a Escritura diz: “Quem nele crê não será confundido.

Está tratando de Israel, que não creu no Cristo, o Messias, e que esbarrou na pedra de tropeço, que tem esperança de que sejam salvos, que eles tem zelo por Deus, “mas não é zelo esclarecido”, que não conhecem a justiça de Deus, mas estabelecem a própria.

Qualquer um, lendo esse texto de forma isolada poderia concluir que está falando de Israel que está fora da eleição, não tendo como ser salvo. Pois, que proveito teria o grande esforço espiritual para salvar a esses, como São Paulo mostra em Romanos 9, 1-3 e 10,1-3, se esses já fosse do número preparado para a salvação?

Ainda, se esses israelitas estivessem fora do descendente eleito, não haveria porque ter esperança de que fossem salvos.

Desse modo, o assunto é um tanto diferente do que se pode extrair dessas duas hipóteses acima.

A Bíblia afirma que Israel ouviu a pregação do Evangelho, e que não obedeceu. (vv. 15-19) Esse é o texto que prepara para entender a natureza desse endurecimento e qual o objetivo dele.

De fato, em Romanos 11,1 é mostrando novamente que Deus não rejeitou Israel. É o mesmo Israel descrito acima, na mesma situação espiritual.

São Paulo faz a distinção entre o Israel que ainda está endurecido e o Israel que já encontrou a salvação, afirmando que ele também é israelita, descendente de Abraão. Assim, o assunto tem a ver com o Israel natural, e sua salvação.

Com isso, novamente temos o assunto da eleição de um grupo, no verso 4, que será preservado entre os judeus. É “o resto segundo a eleição da graça”.

Como vemos, foi mostrada a situação de Israel e das nações. E agora chega-se ao remanescente judaico.

Em Romanos 11,7 está escrito: “E se é por graça, não é pelas obras; do contrário, a graça não é mais graça.

E no verso 8: “Que concluir? Aquilo a que tanto aspira, Israel não conseguiu: conseguiram-no, porém, os escolhidos. E os demais ficaram endurecidos.

Está vendo? Aqui há a comparação entre Israel como povo inteiro, e os escolhidos israelitas. O primeiro, o Povo de Israel, não conseguiu encontrar a graça, e o segundo grupo, “os escolhidos” conseguiram. Assim, o Israel permaneceu no endurecimento. Alguém, dirá: então, tem-se aí os eleitos e os que estão fora da eleição. Não.

Leiamos o verso 9: “Como está escrito: Deus-lhes Deus um espírito de torpor, olhos para não verem, ouvidos para não ouvirem, até o dia de hoje.” E o verso 11: “Então, pergunto: teriam eles tropeçado para cair? De modo algum.

A totalidade de Israel foi endurecida apenas para provocar o ciúme do povo, e tornar possível a entrada das nações na Aliança com Deus. Isso está escrito nos versos 11 a 15.

E Romanos 11,14 é muito instrutivo nessa questão: “na esperança de provocar o ciúme dos de meu sangue e de salvar alguns deles.”

São Paulo está tratando daqueles que, dentre os judeus ainda não convertidos, que estão endurecidos, e mostra que há esperança de salvação.

A partir daí, usa sempre o condicional: “se perseverares na bondade”, para os que já estão enxertados na Oliveira, e “se não permanecerem na incredulidade”, dos que estão longe da fé, e que fazem parte do povo judeu, podendo ser novamente colocado na Aliança de salvação, enxertados na Oliveira novamente.

Por isso, o verso 28 afirma que os dons e o chamado são irrevogáveis, referindo-se ao Povo de Israel.

De tudo o que foi mostrado na Palavra de Deus, nesses capítulo 9, 10 e 11 da Epístola aos Romanos, no que se refere à salvação, temos alguns ensinos, como:

1) O Povo de Israel continua no plano de Deus.

2) Que parte de Israel foi endurecida, por não receber o Messias Jesus nosso Senhor, e para que os gentios fossem salvos.

3) Que há uma parte eleita pela eleição da graça, como no tempo do profeta Elias Deus preparou 7.000 homens que não dobraram o joelho a Baal. Essa parte recebe o Evangelho agora.

4) Que a parte endurecida agora, irá no fim receber o Evangelho, pois agora são inimigos por causa do Evangelho, mas amados por causa da Eleição. Está tratando do povo de Israel em geral.

5) Os pagãos foram desobedientes, em geral, e agora encontram misericórdia, enquanto que os judeus, em geral, estão na desobediência graças à misericórdia de Deus para com os gentios, para que os judeus “também obtenham misericórdia no tempo presente”, que é o tempo até a vinda de Jesus.

6) Todos foram encerrados por Deus em desobediência, para fazer misericórdia com todos. (Rm 11,32).

Assim, Deus endurece aqueles que rejeitam o Evangelho, mas que isso tem como fim salvar e não condenar. Se alguns são condenados é porque não acolheram e foram desobedientes ao Evangelho.
 
Gledson Meireles.

10 comentários:

  1. "Mais ainda. Todos são chamados a aceitar a promessa, pois a carne não é garantia de aceitação, mas a fé na promessa de Deus." , Daí como explicar que só há salvação na igreja católica romana , ou seja, fora da igreja católica romana não há salvação. É triste vê-lo escrever sem a luz da sabedoria e não se tocar.

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    1. Elabore melhor a sua crítica. Vou considerá-la. O que você sobre "fora da Igreja não há salvação?"

      Aguardando.

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  2. Olá Anônimo

    A frase " fora da Igreja não há salvação" é totalmente bíblica e na verdade a lógica pede isso pois entendendo corretamente o que a Bíblia diz, veja bem não somente o que está escrito pois a Bíblia não é autoridade mas a autoridade é a ação de Deus na Santa Igreja e a Santa Tradição participa dessa ação divina e Deus é maior que a própria ação dEle então em última análise a autoridade é Deus e Deus logicamente age na Santa Igreja pois a Bíblia antes de ser um livro tal como conhecemos é um produto da Mente de Deus para a Santa Igreja logo a Palavra de Deus é essencialmente espiritual, então partindo desse raciocínio a Igreja que logicamente e biblicamente é Santa e a melhor definição para igreja não é a palavra ekklesia embora tal palavra signifique realmente igreja mas veja quando o santo e justo no Senhor Paulo existiu a palavra ekklesia já existia com um significado na sociedade da época então a definição de Igreja deve ser mais ampla e Igreja é o Corpo de Cristo essa em última análise é a definição de Igreja, pois o conjunto de crentes reunidos no Senhor não é em última análise Igreja mas sim uma manifestação visível da Igreja invisível ( Realidade Maior)e cada crente é membro da Igreja e nunca a Igreja como um todo senão cada crente seria própria Cabeça da Igreja. A palavra ekklesia pode significar também reunião dos crentes mas assim como a outra aplicação da palavra que seria os crentes não significa o entendimento mais profundo de Igreja que é o Corpo de Cristo.

    Quando um crente aceita a Jesus ele automaticamente entra para o Corpo de Cristo e logo a frase " fora da Igreja não há salvação " é totalmente bíblica pois um cristão que está com Cristo está obrigatoriamente no Corpo de Cristo pois se está fora logo não está em Cristo, então quando os católicos apostólicos romanos falam essa frase estão certíssimos.

    Luiz

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    1. Olá Luiz,
      Nada de novo escreveste. Um bom cristão sabe que FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO.Agora, só na igreja romana que está a salvação e somente lá é forçar demais.Certamente voce é CATÓLICO ROMANO, sim, especifico assim,pois os ROMANISTAS tomaram o nome "católico" para si e aí já viu né? Para ampliar mais o entendimento do que falo, veja um exemplo paralelo do que falo.Explico. Voce disse em seu texto : "A palavra ekklesia pode significar também reunião dos CRENTES mas assim como a outra aplicação da palavra que seria os crentes não significa o entendimento mais profundo de Igreja que é o Corpo de Cristo." , se eu fosse um crente (protestante/evangélico) alienado diria que só os "crentes" iriam para o céu (salvação). Entendeu? Como a patrística chamou a "igreja" (que não é a católica romana, a adventista, os testemunhas de jeová, betel, universal, mundial,etc) de CATÓLICA , voces católicos ROMANOS disseram : pronto!! somos nós !! mas , lembrando que a palavra católico quer dizer "universal" , logo a igreja universal pode entrar na briga !!

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  3. Acho você e o Lucas Banzoli (protestante) dois apologistas de alto nível, que tem um conhecimento verdadeiro sobre o que a religião do outro ensina/professa, e adoraria ver um debate entre vocês dois. O que acha?

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    1. Acho uma ideia interessante. Que assunto específico? De certa forma, nós já "debatemos" toda vez que trato de assuntos que o Lucas já abordou, e ofereço minha opinião em consideração direta a um dos seus artigos. Aliás, indicando o link.

      Em muitos assuntos, como os políticos, creio que meu conhecimento é ínfimo, e não daria um bom debate. Eis um ponto negativo.

      Mas, podemos pensar nessa ideia, pedindo as luzes do Espírito Santo, com a orientação de Deus, para o momento e o assunto apropriados.

      Agradeço a sugestão, e fico contente que o artigos que posto sirvam de ajuda no conhecimento da fé cristã.

      Gledson Meireles.

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  4. Olá Anônimo

    Onde é que eu escrevi que eu sou católico apostólico romano? Repare que já no início da sua escrita você concordou comigo que fora da Igreja não há salvação então o meu raciocínio é bíblico e nem por isso eu escrevi que sou católico apostólico romano embora eu tenha um grande respeito pela Igreja Católica Apostólica Romana então veja se o meu entendimento é bíblico e de acordo com você eu sou católico apostólico romano então a visão católica apostólica romana está certa pois corrobora com a compreensão bíblica.
    Em relação ao que eu escrevi sobre o correto entendimento do que é em última análise Igreja veja por exemplo I Corinthios 11:18 a palavra usada é ekklesia e não significa os crentes mas sim a reunião dos mesmos e tanto os crentes como a reunião dos crentes são manifestações visíveis de algo mais profundo que é o Corpo Espiritual de Cristo (Santa Igreja)e a Igreja Católica Apostólica Romana usa uma expressão parecida que é Corpo Místico de Cristo e isso demonstra uma percepção e um entendimento mais profundo por parte da teologia católica romana sem dúvida.

    Assim como você tem um entendimento sobre o que a Bíblia ensina os católicos romanos, os católicos ortodoxos, os protestantes cada um tem um entendimento então veja um católico tem o direito de achar que a Igreja Católica Apostólica Romana é a única verdadeira e considerar os outros hereges da mesma forma um católico ortodoxo e um protestante tem esse direito também e nem por isso eu consideraria eles como alienados pois um católico apostólico romano que acha que a Igreja Católica é a única Igreja de Cristo pode sim ser uma pessoa bastante coerente e equilibrada e pensar assim portanto não há necessariamente uma ligação entre pensar que se faz parte da Única Igreja de Cristo com alienação.

    Jesus só fundou uma Igreja e isso concorda com a ideia de Corpo de Cristo só existe um corpo com uma Cabeça e essa ideia eu aprendi com os católico romanos e tal ideia tem lógica e coerência bíblica o que não impede de alguns católicos ortodoxos e protestantes pensarem assim também mas eu vejo isso mais no Catolicismo Romano.

    Luiz

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  5. Se você tivesse estudado o calvinismo a sério, saberia que não existe tal coisa como "predestinado para a perdição". Seu texto é envolto por esse pressuposto e por isso é falho.

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    1. Olá, Esdras.

      Talvez seja apenas uma falha na forma de expressão, usando uma afirmação que não traduz bem a doutrina. Sei que a reprovação se dá de forma negativa.

      Pelo que você comentou, ainda não leu todo o estudo que fiz sobre o calvinismo, e por isso é cedo para dizer que não o estudei "a sério".

      Convido a continuar a leitura, vamos dialogar. Espero algum comentário mostrando onde está a falha de algum argumento.

      Em Cristo,

      Gledson.

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    2. Esdras,

      Em que parte do estudo você leu essa expressão? Gostaria de ver o contexto onde a coloquei.

      Obrigado.

      Gledson.

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