Essa primeira parte responde ao artigo:
Posso ser salvo adorando as imagens do catolicismo?.
O artigo explica que a
salvação é pela graça, não dependendo das obras, mas que o salvo deve
frutificar em boas obras, pois a árvore é conhecida pelos seus frutos (Mt
12,33), e uma pessoa realmente salva irá sentir o desejo de obedecer a Deus, de
não praticar o que contraria Sua Palavra, e por isso irá deixar a idolatria.
Isso é a pura verdade. Quem
está em Cristo não pode compactuar com a idolatria. O problema começa quando
sabemos que a veneração de imagens é diferente da adoração, e que é permitida
pela Palavra de Deus, se feita de acordo com a verdadeira fé, com o objetivo
fundado na Palavra do Senhor.
Portanto, ninguém pode
adorar imagens, mas pode venerá-las. Para quem não sabe isso, o estudo sobre as
imagens postado em diversos artigos aqui irá ajudar a compreender essa verdade.
E não é uma mera afirmação, o estudo está repleto de provas extraídas da Bíblia
contra as principais objeções, de forma sólida para auxiliar quem
verdadeiramente teve o encontro com Jesus Cristo.
“Concluímos
que idolatria vai além do amor a imagens pagãs ou não-pagãs, além de se querer
atribuir vida e poder a um objeto inanimado.”
Esse conceito amplo de
idolatria está correto, não há o que objetar.
“A
idolatria é tão detestável que – quando o povo que acompanhava Moisés pelo
deserto convenceu Arão a esculpir um animal, este “edificou um altar diante
dele (do bezerro de ouro) e, apregoando, disse: Amanhã será festa ao Senhor”,
ou seja, “será festa a Yahweh” (Êx 32.5), ao Deus verdadeiro de Israel (e não
ao deus Ápis, do Egito, que era um boi) –, o Altíssimo, ao invés de se alegrar,
se irou, pois não gosta de ser representado em forma astros, estrelas, de
animal, seres humanos, aves, quadrúpedes nem de répteis. Ele detesta que tentem
reproduzi-lo.”
A verdade é que Deus não tem
problema em ser representado pura e simplesmente, mas não permitiu isso porque
o costume dos idólatras em todas as partes do mundo era adorar seus deuses sob
a forma sensível de uma criatura, sob uma figura, e é por esse motivo que Deus
proibiu isso. Outra coisa é a impossibilidade de fazer a forma de Deus quando Ele
ainda não havia mostrado forma alguma em Sua(s) primeira(s) aparição(ões). Essa
afirmação de que Deus detesta que tentem reproduzi-lo, de forma pura e simples,
não é o que a Escritura revela sobre o motivo que Deus mesmo ensinou para não representa-Lo.
É uma falha de raciocínio que levou o autor à essa falha conclusão.
“O
erro não está na imagem ou figura em si, mas no culto que alguns oferecem a
elas até sem notar. Nenhum evangélico condena esculturas nem gravuras de Santos
Dumont, de D. Pedro II, etc., por ninguém se ajoelhar ante elas. Mas, se alguém
o fizer, serão condenadas da mesma forma.”
O problema então é
ajoelhar-se, e outras coisas, obviamente, que se fizerem para venerar a imagem.
Contudo, as Escrituras
ensinam que o gesto simples de veneração às imagens não constitui pecado, mas é
uma veneração sadia que pode ser feita se for iluminada por uma fé correta.
Tratando dos querubins: “A imagem deles, um enfeite permitido como a palmeira o
era, foi colocada no Santo dos Santos, onde somente o Sumo Sacerdote podia
entrar, uma vez por ano (Hb 9.3-7); não havia como ser vista nem venerada. Eles
exprimiam a presença de Deus.”
As imagens feitas para serem
colocadas nos locais sagrados simbolizam o sagrado, e por isso eram
respeitadas, cuidadas, honradas, veneradas. O fato mesmo de existirem os
querubins e de estarem longe da vista do povo é um PROVA de que não eram “enfeite
permitido”. A tentativa de argumentação acima encerrou uma contradição, pois
começa interpretando os querubins como enfeite para depois afirmar que eles não
podiam nem mesmo ser vistos, o que torna um enfeite sem sua mais pura razão de
existência! É um erro que o leitor deveria refletir.
E se porventura voltar-se e
manter que se tratava de enfeite de anjos, esses enfeites seriam somente para o
Sumo Sacerdote, que no momento da cerimônia, por causa da fumaça de enchia o
Santíssimo, talvez nem podia vê-los.
Encerrando: essas imagens
não eram enfeites permitidos, mas eram usadas para celebrações, devoção, ensino
e auxílio na compreensão das coisas espirituais. Portanto, não eram tratadas
com indiferença.
“Não
é porque Deus mandou fazer algo, que nos vemos no direito de imitá-lo. É muito
diferente quando ele diz “não farás para ti imagens” e quando determina que
sejam feitas por sua exclusiva vontade.”
Esse argumento foi destruído
nos artigos sobre as imagens já publicados, e para que o leitor desejoso de conhecer
a resposta da Bíblia para isso, não irei tecer mais nenhum comentário quanto a
esse falso argumento.
“Veja:
É do desejo dele que o adoremos, mas nem por isso poderemos reivindicar o
direito de nos adorar; Ele quer que o amemos sobre todas as coisas, mas não
aprova que o façamos em relação a nós mesmos.”
Esse argumento errou o alvo
e não entendeu mesmo a razão do que usou como exemplo. Se Deus manda que o adoremos,
somente a Ele, e o amemos sobre TODAS as coisas, seria impossível colocarmo-nos
nesse contexto. O fato está claro, e dispensa maiores comentários.
O autor quer que pensemos
que, diríamos, Deus usou imagens, mas que somente Ele pode usar, que não
podemos imitá-Lo nisso, mas não oferece nenhum verso bíblico para substanciar
sua asserção, sendo essa conclusão o resultado que o autor tirou de seus
estudos, mas que fugiu das próprias premissas bíblicas. Os artigos já publicados
refutam essa ideia.
Isso chega até a negar o que
o próprio autor reconhece, ou seja, que as imagens não tem algo de errado em si
mesmas: “O erro não está na imagem ou figura em si”.
“É
bom frisar que, no catolicismo, Maria recebe culto de hiperdulia, que não é uma
simples honra, mas um hiperserviço, ao passo que a Deus é dada somente
adoração.”
A hiperdulia é uma dulia
especial, mais honrosa, mas não adoração. Dizer que Deus recebe “somente”
adoração é no mínimo uma lástima de argumento.
“Eles
poderão alegar que não os adoram, mas Deus proibiu representá-lo, ainda que sem
fins de adoração.”
Verdade. Se for entendido
isso, não há o que objetar. Os artigos já publicados tratam desse tema com
profundidade, refutando opiniões erradas.
“...servem,
admiram, se prostram, fazem orações e promessas a outrem...”
Esses são os atos que os
protestantes afirmam ser as provas cabais da adoração e que não deveriam ser
usadas na veneração das imagens, pois seria adoração. Esse argumento está sendo
tratado nos artigos publicados.
“Provado
está que é ilícito adorar, cultuar ou venerar imagens e pessoas vivas ou
mortas, sejam santas ou não.”
Como o protestante entende “adorar,
cultuar ou venerar” com exemplo nos atos anteriormente descritos: servir,
admirar, se prostrar, orar, fazer promessa, é preciso explicar em que sentido
esses atos estão atrelados à adoração, se fazem parte exclusiva da adoração, se
são eles que determinam a adoração, coisas que são explicadas nos artigos já
publicados e nos que ainda serão disponibilizados. Essa é uma das partes mais
profundas, e uma vez não entendendo-a, é impossível compreender a questão
inteira.
Comentário ao artigo:
Ídolos e Imagens
O artigo mais recente que trata das imagens está aqui.
Comentário ao artigo:
Ídolos e Imagens
“Assim,
idolatria consiste na adoração a algum falso deus, ou a prestação de honras
divinas ao mesmo.”
Levando isso em conta, as
imagens e santos da Igreja não são falsos deuses nem recebem honras divinas.
“Esse
deus falso pode ser representado por algum objeto ou imagem.”
Mas, há objeto e imagem que não
constitui nenhum deus.
“A
idolatria é má porque seus devotos, em vez de depositarem sua confiança em
Deus, depositam-na em algum objeto, de onde não pode provir o bem desejado; e,
em vez de se submeterem a Deus, em algum sentido submetem-se à valores
representados por aquela imagem.”
Alguém pode estar pensando
que esse conceito atinge os cristãos católicos, mas logo que estudarem as
matérias sobre as imagens já publicadas aqui, ficarão surpresas pelo que irão
aprender.
“Tais
leis não se aplicam às artes enquanto os produtos dessa atividade não forem
venerados ou adoradas”.
Lembre-se que o autor está
referindo-se aos atos: ajoelhar, etc.
“Ainda,
sobre a imagem, há de se entender que em Ex 25.18-22, 37.7-9, Deus ordenou que
se fizesse como ornamento e representação algumas figuras, mas não para
adoração ou culto, e nem para olhar para elas e homenagear ou admirar seus
feitos poderosos. Trata-se de figuras de ornamento artístico e não objetos de
culto ou adoração.”.
“Aos
israelitas foi prometido: todo aquele que tivesse sido picado por uma serpente
e contemplasse a serpente de bronze, movido pela fé, seria curado da picada da
serpente e não morreria. Isso não é culto a serpente, nem veneração e nem
adoração, e evidentemente Deus jamais admitiria.”.
O autor esqueceu de explicar
então que é aquilo que os israelitas fizeram para com a serpente: “Isso não é culto a serpente, nem veneração e nem adoração”.
Então, o que é¿
“O
fato do próprio Senhor Jesus comparar a sua morte na cruz ao levantamento da
serpente de metal no deserto, por Moisés, não significa idolatria ou
justificativa para colocar objetos ou imagens para veneração ou adoração, já
que o uso aqui é figurado.”
O autor encontra-se em um
terreno de areia movediça aqui.
“Há
também casos de ornamentação do templo de Deus ricamente construído por
Salomão, como 1 Rs 6.17-36; II Cr 3.5-17; 4.1-22, ou, ainda, a profecia da
restauração do templo (Ez 41.17-26). Porém, todos esses objetos e imagens não
eram para invocação, intercessão, ou para adoração, mas apenas ornamentação.”
O autor cita um texto que
foi explicado no mais recente artigo publicado aqui, e afirma que as imagens do
templo de Jerusalém eram “apenas ornamentação”. Será mesmo¿ Leiam os artigos
que tratam desse argumento.
“Assim,
um ídolo representa alguma divindade, ou então é aceito como se tivesse
qualidades divinas por si mesmo.”
As imagens cristãs não
possuem nenhuma dessas duas características.
Para tentar fortalecer sua
posição, o autor afirma que os querubins são exemplos de imagens que não eram
adoradas, e, portanto, estavam fora da proibição da Lei. Está correto.
Porém, vejamos:
“Contudo,
é possível haver imagem, sem que seja adorada, como no caso dos querubins que
havia no templo de Jerusalém. Sem dúvida, esses querubins não eram adorados,
nem eram padroeiros dos hebreus, nem intercediam por eles, nem eram recordações
de pessoas que eles amavam, formando assim exceção acerca da proibição de
imagens.”
Essa afirmação é criada
sobre a suposição de que o povo de Deus não realizava nenhum gesto em relação
às imagens, como, por exemplo, aos querubins. Utiliza o exemplo dos querubins com
o objetivo de refutar a explicação católica, supondo que os católicos “adoram”
as imagens pelos atos que fazem a elas e que os judeus usavam as imagens apenas
como ornamento. Leia os artigos para testar essa objeção. E verá que ela será
refutada.
“E,
naturalmente, é possível a posse de uma imagem esculpida ou pintada,
representando algum santo ou herói, religioso ou não, sem que a mesma seja
adorada, por ser apenas um lembrete de que se deveria emular as qualidade
morais e espirituais de tal pessoa. Por outro lado, quando tais imagens são
‘veneradas’, é provável que, na maioria dos casos, esteja sendo praticada a
idolatria”. O autor aceita a posse de imagens, até religiosas, como
representação, sem “adoração”, ou seja, no seu entender, sem qualquer gesto em
relação à imagem. Será por que as igrejas protestantes não mostram nenhum tipo
de imagens assim¿ Para evitar que o povo passe a prestar algum tipo de
homenagem a elas¿ Leia os artigos que tratam dessa objeção.
Quando
se diz “veneradas” significa ajoelhar, beijar, levar em procissão, rezar a
elas, etc. O autor está mostrando que as imagens que não estão no rol da
proibição são apenas aquelas usadas como ornamento. Por isso, diz adiante, das
imagens dos santos: “daí que todo tipo de objeto e representação material daquele santo passa
a ser venerado, cultuado, adorado, e isso é idolatria.”. E ainda: “Além disso, as imagens desses santos são “veneradas” ou
“adoradas’ mediante alguma forma de cerimônia, que, supostamente, lhes
transmitem a honra e reverência do povo. Ora, se as imagens são apenas
“recordações dos flC)5505 irmãos de fé”, então porque se presta consagração,
procissão, oferecimento de flores de beijos e curvam-se diante delas? Por que
se ora a elas, faz-se pedidos, poesias e cânticos?”. O problema é com os
atos de culto com as imagens. É preciso acompanhar todo o estudo para entender
essa objeção e refutá-la.
“Entretanto, popularmente, as pessoas realmente veneram às
próprias imagens, e a cuidadosa distinção entre adoração e veneração é forçada
ao máximo, para dizermos o mínimo.”.
Esse
problema é constante, e é tratado no estudo já mencionado. Verifique.
“Teólogos católicos romanos têm chegado ao extremo de
afirmar que os objetos materiais assemelham-se a entidades dotadas de espírito,
capazes de atuar como pontes de ligação entre o que é material e o que é
espiritual.”.
Se
o autor está estribado em sua argumentação contra a doutrina e prática católica
das imagens nesses teólogos aludidos, que cite as fontes. De fato, a doutrina
católica não ensina o que está afirmado nesse artigo, e se há teólogos que
afirmam isso, não devem ser seguidos. Mas, é preciso apresentar as fontes para a devida avaliação.
Presumir
que a pronta rejeição das imagens implica necessariamente em maior maturidade
espiritual é incorreto. É preciso refletir.
Comentário ao artigo:
Comentário ao artigo:
Esse texto é bem mais abrangente que os anteriores comentados, e mais
complexo em sua argumentação. Aliás, ele é na verdade é parte de um livro que
analisa o Catolicismo.
Nas citações a
seguir serão elucidadas questões importantes para entender as objeções que o
autor oferece.
“Convido-o a se
juntar a mim, analisando e comparando a doutrina Católica do uso de Imagens com
o que a Bíblia nos ensina a respeito.”
Perfeito.
“Pergunto
aos Católicos sinceros: será que Deus realmente aprova o uso de imagens? Será
que a doutrina Católica do uso de imagens é realmente inspirada por Deus?”
SIM.
“Permita-me
analisar alguns destes versículos e desta forma deixar claro que a Bíblia não
incentiva e nem mesmo dá margem para que um Cristão use e tenha imagens que
representem santos, Jesus ou Maria.”
Então, o autor passa a
analisar as passagens sobre os querubins da arca, sobre os querubins do
santíssimo lugar, e sobre a serprente de bronze.
“Pode
até parecer um argumento sólido e muito bom à favor do uso de imagens, mas na
verdade, é um fraquíssimo argumento”. Veremos.
Ele está se referindo à
ordem de Deus para confeccionar os querubins do templo, e afirma que usar esse
argumento para fazer imagens é apenas aparentemente bom. O que não consegue é
explicar o motivo, pois quando se propõe a isso, aparecem as falhas, que são
todas refutadas no estudo sobre as imagens postado aqui.
“Além
disto, é um enorme erro comparar as imagens Católicas com a Arca da Aliança.”
Os motivos seriam os
seguintes, conforme apresentados no artigo:
·
Os querubins da Arca da Aliança nunca foram cultuados por nenhum
Israelita;
·
Deus nunca mandou que fossem venerados ou os chamou de “veneráveis”;
·
Eram uma representação da presença de Deus sendo ocultada pelas asas dos
querubins que se estendiam por sobre o propiciatório;
·
Os querubins não eram imagens sacras ou santas, mas sim uma parte
integrante do propiciatório, isto é, faziam parte da Arca da Aliança
“Se Deus incentivou a confecção de imagens, por que nenhum
Israelita fez para si uma imagem de Moisés? Por que nenhum Israelita
tinha uma imagem de querubim em casa? Por que não colocavam flores em volta dos
querubins? Por que não se prostravam diante deles?” Essas
questões indicam que o autor não está mesmo familiarizado com o tema. Mas a
questão é importante. Leia o estudo que postei e encontrará resposta para essa
questão.
Todas essas
questões tem a ver com o fato de que o real interesse é ressaltar diferenças de
uso das imagens na Igreja e o uso das imagens no Antigo Testamento, como se
fossem essenciais. O problema é que essa afirmação do artigo é superficial, e
quem já leu os artigos postados aqui pode perceber isso facilmente.
Quando o autor
tem de enfrentar o argumento do real uso de muitas imagens no Antigo
Testamento, um lampejo da verdade é visto: “O que os
Católicos precisam entender é que não é pecado ter imagens, do contrário não
poderíamos ter nem um simples urso de pelúcia, o pecado é transformar uma
imagem em um ídolo.” Mais adiante dirá que as
imagens tornam o culto ineficaz, pecaminoso, etc., e coisas do tipo. Portanto,
é uma contradição nos argumentos: em certa altura do debate afirma-se que as
imagens em si são boas, e somento o mau uso delas é que seria ilícito. Após
isso, em outra ocasião, as imagens neutralizam o verdadeiro culto a Deus. É
isso o que acontece quando argumento é falso: ele contém contradições.
Novamente, o
que o autor diz é que as imagens do Antigo Testamento não recebiam nenhuma
veneração, de qualquer tipo. O problema é que não há provas disso, apenas
afirmação gratuita. Leia o estudo sobre as imagens já disponibilizado e poderá
refutar essa afirmação.
Vejamos o que
o autor utiliza para explicar a existência dos querubins: “Os querubins serviam de ornamentação para o Templo e não para
serem representações divinas.”.
Somente
ornamentação. Deus teria mandado fazer querubins apenas para embelezar o
templo. É isso que os apologistas costumam afirmar. É falso. O estudo que
apresentei refuta essa afirmação.
“Deus não mandou fazer imagens? Por que os habitantes de Israel
nunca fizeram uma? Por que não tinham querubins em oratórios?”. Outra vez a pergunta que surge em um início de estudo. É, portanto,
rudimentar. Para quem está acompanhando o estudo das imagens desde o início já
pode responder a essa dificuldade.
“A serpente de
bronze não era santa, venerável ou uma iconografia que transmite pela imagem o
que as Escrituras transmitem pela palavra”. Então,
faltou explicar o que a serpente de bronze era. Não pode ser para enfeite.
Faltou explicar.
“Qual é a diferença entre ascender incenso e ascender uma vela?
Não é isso que o povo de Israel estava fazendo?”. Não.
“Quando o povo começou a cultuar a serpente de bronze, Deus
começou a ver aquilo como uma abominação. Ezequias, como servo fiel de Deus,
destruiu a imagem da serpente. Imitemos Ezequias!”.
Deus não
mandou destruir a serpente, mas Ezequias percebeu o pecado do povo em relação à
serpente e tomou aquela medida por iniciativa própria, o que foi do agrado de
Deus. Onde está escrito que devemos fazer o mesmo¿ Não há ordem. Mas todos
entendem que o exemplo pode ser seguido. E isso é certo. O mesmo quando Deus
manda fazer imagens, é simples assim.
“Deus condenou o uso delas enfaticamente em toda a Bíblia. O uso
de imagens corrompe a glória de Deus e é um atentado contra sua singularidade e
sua espiritualidade.”. Essa conclusão contradiz o
próprio fato das imagens acima mostradas. É a contradição que foi aludida
anteriormente.
“Gostaria de chamar atenção para a segunda declaração quando esta
afirma “veneráveis e santas imagens”. A palavra santo significa separado e é
empregada na Bíblia com sentido de distanciamento do pecado, livre do pecado e
proximidade com Deus. Como isso poderia ser aplicado a uma imagem? O que um
pedaço de gesso moldado pode ter de “santo”? Não estou querendo ofender os
símbolos da religião Católica, mas tão somente levantar esta questão: Por que
as imagens Católicas são santas?” E ainda, afirma o autor: “Diz a cúria romana que as imagens não têm virtudes pelas
quais devam ser honradas, mas como vimos no item anterior, o Catolicismo chama
as imagens de “santas”. Ora, santidade é uma virtude, e diante disto podemos
perguntar: Para o Catolicismo, as imagens têm ou não tem virtudes? Sinceramente
eu não sei. Mas sei o que a Bíblia diz sobre o assunto: “as suas imagens de
fundição são vento e coisa vã.” (Is 41:29).”
O autor
realmente não entende o que está criticando. O que a Igreja ensina é que as
imagens não possuem poder. Isso é o que está dizendo ao afirmar que elas não
tem “virtude” alguma.
Quanto a serem
santas, isso é simplesmente pelo fato de serem usadas para o culto de Deus e
dos servos de Deus, e por sua significação, e não porque sejam em si mesmas
santas. Elas são separadas para o uso para Deus. Assim, nesse sentido, até as
vestes são santas (sagradas), como está em Êxodo 39,41.
O argumento
cai fragorosamente, visto que há lugares santos, cidade santas, vestes santas,
utensílios santos, e portanto imagens santas. Nada a ver com apenas
“distanciamento do pecado”, como usado o autor para argumentar.
“Pense nisto: por que motivo a Bíblia não descreve algum apóstolo
devotando culto a alguma representação? Por que a Bíblia não menciona algo de
tanta importância?”
Talvez a
importância não esteja tanto nesse fato, quando consideramos o cavalo de
batalha que essa questão se tornou. Resolve se se deixar de afirmar que o culto
das imagens é ilícito. Deve-se entender que ele não é obrigatório, mas é
útil e bom, não é essencial, mas é legítimo e não há nele algo intrinsecamente
mau. Isso é o que deve ser entendido.
“Perceba que a Bíblia não faz diferença entre inclinar-se
(equivalente a ajoelhar-se ou prostrar-se) e prestar culto.”
É o que foi
mostrado no estudo que todos deveriam ler. A inclinação – o ajoelhar-se – e o
prostrar-se é entendido pelos protestantes como prestar culto, no sentido
religioso. Mas, isso foi provado que é lícito quanto às imagens. No entanto, os
protestantes afirmam que é sometne a Deus que tais atos podem ser feitos, por
equivalerem: inclinar-se é igual e prestar culto, ou como diz o autor, omitindo
o parêntese: “a Bíblia não faz diferença entre inclinar-se e prestar culto”.
Essa afirmação é considerada no estudo que fiz.
Citando Êxodo
20, 4-5: “Existe alguma forma mais clara de proibir o
uso de imagens? Se o caro leitor for Católico, peço que analise esta pergunta
com muita atenção: será que Deus se agrada do uso de imagens? Será que Deus
permite o uso delas? O que a Bíblia, palavra viva de Deus, diz à respeito?”.
“confeccionar uma imagem (tornando-a um ídolo) é corromper a
natureza e a glória de Deus.”. Essa é uma afirmação de
cunho gnóstico, que tem aversão à matéria. Como também esta: “As imagens corrompem a glória de Deus e transforma Deus em um
simples pedaço de gesso feito pela imaginação do homem.”.
“...o culto à imagens de escultura não agrada a Deus e gera a
morte espiritual (Ap 21:8).”.
“A Bíblia
ensina o uso de imagens? Deus ensina o uso de imagens?” Sim. Quando Deus ensinou ao povo através de imagens como os
querubins, ele aprovou o uso legítimo de imagens no ensino de coisas tão
importantes.
O artigo mais recente que trata das imagens está aqui.
Gledson Meireles.
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