Texto será revisado.
Apocalipse
14 – As três mensagens angélicas
O
capítulo tratará do juízo, a queda a Babilônia e os mandamentos de Deus.
A
palavra profética não abandona nas provas e dificuldades. O autor faz alusão do
capítulo 13 que ensinaria o decreto apoiado pelo poder supremo da Terra, para
adorar a imagem e a besta.
O
grupo dos 144.000 de pé com Cristo no monte Sião, no céu. O livro adventista
afirma que essa imagem profética dá a certeza de que na hora do conflito há
garantia do livramento e não só isso, mas que o livramento será imediatamente
concedido.
Isso
significa que no momento em que tudo ocorrer, o livramento será dado e o povo
de Deus irá para o céu. No entanto, a interpretação é de que os 144.000 são o
povo do fim, que estarão vivos quando Cristo voltar, e não passarão pela morte.
Tendo
em vista que somente os 144.000 possuem certas prerrogativas no livro do
Apocalipse, esse entendimento restritivo é problemático, já que sabemos que
esse número indica, diante de uma boa exegese, todo o povo de Deus. Sendo
assim, sabemos que desde os tempos dos apóstolos todos os fieis imediatamente
recebem o livramento quando passam pela morte e vão habitar com Cristo. Dessa
forma, é necessário crer na imortalidade da alma.
Na
mensagem os 144.000 mil e a grande multidão são figuras da Igreja universal,
composta por judeus e gente de todas as nações. É também a Igreja do fim, pois
a profecia abrange toda a era messiânica. Assim, os 144.000 são símbolo da
Igreja.
Na
interpretação de Uriah Smith, os 144.000 estarão vivos na vinda de Jesus, estão
na sexta etapa da Igreja, que é Filadélfia. O autor escreve: “Paulo labutou de todas as maneiras para
alcançar a ressurreição dentre os mortos (Fl 3:11).”.
Isso
é verdade, mas também é verdadeiro que São Paulo preferia não morrer, e ser
encontrado vivo na Parusia, o que
está escrito em Filipenses 1. Se a redenção entre os homens é a trasladação,
São Paulo deseja participar dela na vinda de Cristo. Portanto, é preciso entender que o desejo do
apóstolo era ser glorificado em vida. Caso não, almejou tanto a ressurreição dos
mortos.
São
Paulo tinha a certeza de que Cristo seria glorificado (exaltado, tornado
grande, em grego: μεγαλυνθήσεται) em seu corpo, quer pela sua vida ou pela sua
morte (Fl 1, 20). Para ele, o viver é Cristo e o morrer é lucro (v. 21).
Assim,
a vida de São Paulo estava em total união com Cristo, e a morte era tida como
algo maior, como lucro. A palavra grega κέρδος significa lucro, ganho, e é
realmente usada no sentido de ganho, de vantagem, de lucro. Dessa forma, a
morte não significa inexistência, mas presença com Jesus Cristo.
Então,
ele afirma que se “viver na carne” (ζῆν ἐν σαρκί), ou seja, no corpo, pois a
carne aqui tem o sentido de natureza humana, e não de pecado, e se refere
naturalmente ao corpo humano, como em outras passagens, se isso é necessário,
então sentiu-se pressionado pelo desejo de desprender-se/partir ou ficar. Então, se viver na carne, ou seja, estar vivo,
é proveitoso, ele persuadiu-se disso e soube que ficaria vivo (v. 24).
Os
144.000 cantam um cântico que somente eles podem cantar. Se o grupo é restrito
a alguns, então somente esses seguiriam a Cristo onde quer que ele vá, e outras
bênçãos que entrarão em contradição com passagens do Apocalipse.
Se
seguem o Cordeiro como sinal do “seu estado redimido”, podemos afirmar que
todos os salvos possuem esse mesmo estado. Então, os 144.000 se refere a todos
os salvos.
Também,
Cristo não somente apascentará e guiará um grupo especial, mas a todos os redimidos.
Se são primícias, no sentido de um grupo específico, contradiria a revelação de
que os salvos são essas primícias, e o próprio texto citado de Tg 1, 18 prova
isso.
Talvez
sirva para melhor esclarecer esse tema, que os primeiros frutos, que são as
primícias, são os salvos em geral, significando a Igreja inteira, e não somente
os últimos que estarão vivos por ocasião da volta de Jesus. São eles também e não somente eles.
Eles
são contados a partir da contagem de Israel, que é simbólica, formando com essa,
uma grande multidão. Dessa forma, não se pode afirmar que os 144.000 são apenas
os que serão trasladados sem passar pela morte, mas que são todos os salvos de
todos os tempos.
Também
é dito, na mensagem adventista, que esse grupo pode também vir de outras
igrejas, que após certo tempo perceberam que seria pecado permanecer nelas.
A primeira mensagem.
Deve-se perguntar se isso já não ocorreu, e afirmar que os salvos já estão no
monte Sião celestial com Cristo. Desde o início da Igreja, com tantas
tribulações, os primeiros cristãos foram confortados com a mensagem
apocalíptica, e, por isso, já estão na bem-aventurança. A Igreja de todos os
tempos recebe a mensagem.
Não
se pode pensar que essa promessa ainda não ocorreu.
No
adventismo esses anjos são interpretados como simbólicos. De fato, a pregação
do evangelho não foi confiada a anjos literais, mas a seres humanos. Então,
cada anjo “simboliza um grupo de mestres
religiosos.” É uma interpretação curiosa. E está correta, pois também é
interpretação católica de que o anjo dos versos 6 e 7 simboliza os pregadores
do evangelho.
Ainda,
admite-se que pode haver anjos que supervisionam cada mensagem. Seriam três
mensagens. A mensagem deve constituir o grande tema de interesse, as pessoas
prestarão a mais ávida atenção.
Os
apóstolos não teriam afirmado que a hora do juízo havia chegado, e se o
fizessem não seria verdadeiro. Mt 10, 15; 11, 21-24; At 17, 31; At 24, 25; Rm
2, 16; 2 Cor 5, 10; Tg 2, 12; 2 Pd 2, 4; Jd 6; 2 Pd 2, 9. Assim, o adventismo
rejeita a ideia de que a pregação sobre o juízo tenha sido pregada no tempo dos
apóstolos e pelos reformadores protestantes.
Interpretação
da besta “sem sombra de dúvidas, à besta papal”, que irá para o lago de fogo
quando Cristo voltar.
Essa
interpretação adventista não tem o respaldo bíblico, pois o papado é instituição
cristã e não poderia nunca ser simbolizado pela besta.
A
interpretação de Guilherme Miller, em 1831, é ratificada pela IASD, e rejeitada
somente em um ponto vital em que ele teria errado. Houve despertamentos religiosos
nesse tempo nas igrejas protestantes. Os anos de 1840 a 1844 foram de intensa
atividade e progresso nessa obra, afirma Uriah.
Os
adventistas desse tempo criam que estavam no movimento representado por Ap 14,
6-7 e que estavam proclamando a mensagem ali descrita. Mas, podemos afirmar que
a mensagem do juízo é pregada em todos os tempos da Igreja. Pode-se ver isso
quando João Batista, o profeta que anunciou a chegada de Jesus, afirma que o
machado está posto à raiz das árvores (Lucas 3, 9) e que Jesus limpará a eira e
recolherá o trigo (Lucas 3, 17). Trata-se do juízo futuro, mas o machado posto
à raiz já indica que teve início.
Se
os pregadores da vinda de Cristo em 1844 foram todos do meio protestante,
nenhum católico esteve envolvido na mensagem, pois Cristo garantiu que ninguém
sabe o dia e a hora da sua vinda, e se a vinda não aconteceu, temos evidências
da verdade católica. É mencionado o Dr. Joseph Wolff que pregou a iminente
vinda de Jesus ao mundo “a todas as denominações”. Certamente, não à Igreja
Católica, que não deu ouvidos a essa mensagem por entendê-la em desacordo com a
mensagem do evangelho. E o Protestantismo em geral certamente também não.
A advertência mundial de juízo, a
cadeia profética de Dn 2, 7, 8, 11 e 12 e Mt 24, Mc 13 e Lc 21, e Ap 11, 12 e
13, teriam se cumprido nesse tempo de 1844. Mas, afirma-se que a pregação de
São João Batista foi breve e limitada em território. E que o anjo, assim como
em Ap 10, anuncia o fim dos períodos proféticos e o pouco tempo que resta. Pois
bem, o juízo inicia antes. É claro, pois os santos no céu já participam dessa
etapa. Ainda, quando Cristo vier para executar o juízo, como afirma Uriah
Smith, citando Jd 14-15; Ap 22, 12 e 1 Tm 4, 1, os mortos, todos eles se
levantarão. Não se diz que uns ímpios ressuscitam com os salvos, e que outros
ímpios ressuscitarão somente no fim do milênio em outra vinda de Jesus e outro
juízo.
O
Pai preside a obra do juízo desde a ascensão de Cristo. Não se pode afirmar que
tenha iniciado mais tarde, como em 1844. Esse juízo, que os mártires pedem em
Ap 6, 9, está em execução desde o tempo apostólico. Cristo, o Sumo Sacerdote,
já foi coroado rei na ascensão.
A purificação do santuário (céu)
com o sangue de Cristo, não da terra com o fogo na vinda de Cristo. Simbolizado
em Ap 10, 10 com o amargor do livrinho. E Dn 7, 13-14 e Mt 25 é interpretado
sendo o início do juízo, e não da vinda de Cristo, pois essa deve preceder as
bodas. Então, explica-se assim a parábola de Mt 22, 1-13. Antes das bodas o Rei
vem para vem se os convidados estão devidamente trajados com as vestes
nupciais. E afirma: “Mas essa questão de estar pronto para o reino só pode ser
determinada por meio do juízo investigativo que ocorre no santuário.”.
A parábola de Mateus 22, 1-13 é
uma comparação do rei que celebra as bodas do seu filho. Envia o convite, mas
os convidados não quiseram vir. Trata-se dos judeus que rejeitam o chamado, e
dos gentios de todos os tempos que fazem o mesmo.
No meio da parábola, verso 7, há
um castigo, em que o rei envia suas tropas e mata os assassinos do seus servos
e incendeia a sua cidade. Lembra a destruição de Jerusalém em 70 d. C.
Então, “maus e bons” entram na festa
(v. 10). Isso não pode significa uma entrada literal no céu, pois não entra
nada de impuro no reino dos céus. Também não parece com o juízo investigativo,
onde não há ninguém, mas apenas os registros nos livros celestiais sendo
examinados. Assim, esse é o momento em que todos entram na Igreja terrestre,
onde há bons e maus, convertidos e não convertidos, praticantes e não
praticantes, fieis e infiéis ao evangelho. Todos podem entrar na Santa Igreja
Católica, mas somente os que creem e obedecem estão com as vestes nupciais. Por
isso, a chegada do rei para ver os convidados é a vinda de Jesus Cristo para
julgar os vivos e os mortos, e nessa ocasião Ele julga os vivos e retira os que
são intrusos na Igreja.
E a parábola de Mateus 25, afirma
no versículo 13, que todos devem vigiar por não saber o dia e a hora, indicando ser assim a vinda de Cristo, e não um
juízo investigativo que seria expresso por sinais, pois a vinda de Cristo seria
invisível no céu, de um compartimento para outro, para iniciar o trabalho de
purificação do santuário. Essa doutrina não pode ser vista na parábola, pois a
mesma indica a vinda de Jesus e encerra mostrando que não há conhecimento sobre
o dia e a hora sobre o que mostra o conteúdo da parábola.
Os dois exemplos, aqueles das
bodas e Mt 22, onde entram bons e maus, e esse de Mt 25, onde as virgens
preparadas entram, são duas formas de ensinar a mesma mensagem. Ainda, quando o
verso 13 de Mateus 25 afirma que não há revelação para o dia e a hora, ninguém
saberia quando iniciou-se um juízo de investigação, não podendo afirmar que se
deu no dia 22 de outubro de 1844, nem podendo precisar a hora, pois são
elementos desconhecidos: Vigai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.
Na mesma parábola onde se exemplifica a doutrina do juízo de investigação está
escrito que ninguém sabe o dia e a hora do mesmo, o que invalida, pelo
contexto, a doutrina.
Muitos estão na Igreja como as
virgens sem o óleo. À espera do Noivo que demora, podem adormecer, com todos o
podem, mas ao chegar o noivo devem todos estar preparados com o azeite para as
lâmpadas. Dessa forma, não poderão entrar com o Noivo quem estiver com a vela
da fé apagada.
A
segunda mensagem.
Essa é a mensagem da queda da Babilônia. A cronologia da mensagem é determinada
pela cronologia da primeira.
O adventismo entende que
Babilônia não pode ser a cidade de Roma, não podendo representar o Império
Romano, como ensinam os intérpretes cristãos católicos.
Em primeiro lugar, afirma que
Babilônio “não se restringe” à Igreja Católica. De fato, não pode nem
restringir-se, nem o pode ser. De fato, a Igreja Católica nunca se assemelhou
em nada com “confusão”, para lembrar da etimologia da Palavra.
Mas, o adventismo afirma que não
se restringe, porque a partir da Igreja Católica é entendido que as igrejas
protestantes são as filhas, como está em Ap 17. Se Ap 18, 4 afirma que o povo
de Deus deve sair da Babilônia, então o adventismo afirma que não pode ser a
Igreja Católica, pois do contrário seria a única onde o povo de Deus estaria ali
sob sua jurisdicação. O Protestantismo estaria excluído.
Também não poderia ser a cidade
de Roma. Não seriam os sete montes literais, mas as sete cabeças e a mulher são
simbólicos. Se as sete colinas indica que há fluxo temporal, a interpretação católica
sobre os imperadores romanos faz sentido. De fato, essa interpretação leva a
mensagem e a fez ter sentido para os primeiros cristãos, que viviam no tempo
dos apóstolos. Mas, essa não é aceita pelo adventismo.
Se cabeça é governo e monte é um
reino (cf. Dn 7, 6; Dn 8, 22; Dn 2, 35; Jr 51, 25). Os reis sucessivos seriam
“forma de governo”. O trono do Dragão do capítulo 12 foi transferido para o da
besta no capítulo 13.
Argumento
adventista: “Além disso, Roma era o trono do dragão do capítulo 12, e este foi
transferido para a besta (Ap 13:2), tornando-se assim o trono da besta. Mas
seria uma mistura singular de símbolos pegar o trono, sobre o qual a besta se
assenta, e transformá-lo em uma mulher que se assenta sobre a besta.”
Babilônia não poderia ser Roma
pois depois da destruição seria habitada por demônios, covil de espírito
imundo, ave detestável. Mas, de qualquer forma, o argumento não foi feliz, pois
é de fato um símbolo do Império Romano a sua capital, onde está a Igreja, que
na destruição é convidada a sair dela.
A interpretação assumida no
adventismo é que “Babilônia significa a igreja apostatada universal”. Se
Babilônio são vários corpos eclesiásticos, a interpretação recai de fato contra
ao Protestantismo. E, ainda, não pode incluir o Catolicismo.
Babilônia e o sangue dos mártires
(cf. Ap 18, 24). Trata-se do Império Romano. Essa interpretação da “igreja
universal em seu estado de mundanismo”, para incluir o Protestantismo, é de
natureza batista, que vê negativamente os governos, lembra com vigor as
perseguições, durante a história, e por ser minoritário, o grupo batista não
foi religião estatal. Isso é herdado na interpretação adventista.
O Dragão seria o paganismo, a
besta “a apostasia romana”, a terceira divisão seriam as filhas. Depois há a
interpretação da outra besta. Guerra, opressão, conformidade com o mundo, tudo
isso é encontrado no Protestantismo, como afirma o autor adventista, assim como
vendas de cargos eclesiásticos, etc., com confusão, divisão em credos
contraditórios etc. Encontra-se aqui o que o Protestantismo tradicional não
admite, e é o mesmo que tende a tratar os adventistas como seita. Nesse ponto,
os tradicionais entendem certas doutrinas estranhas no adventismo, e os coloca
no rol das heresias, como faria os católicos, para os quais a IASD é apenas
mais uma igreja protestante. E do lado dos adventistas, eles percebem os erros
tamanhos que o Protestantismo geral contém, como os católicos apologistas
muitas vezes apontam com razão. Assim, como o Catolicismo está em uma posição
bastante sólida no evangelho, pode perceber o que outros não podem.
Afirma o autor adventista, que a
Igreja verdadeira é uma virgem casta (cf. 2 Cor 11, 2). De fato, basta ver como
a Igreja Católica, com os papas, se põe sempre contra os erros do mundo. Mas,
se o Povo de Deus está na Babilônia, se trata de fato da cidade de Roma literal
no Império Romano. A queda do Império foi predita, e depois veio sua
destruição. Apenas em sentido secundário se pode espiritualizar, como fazem os intérpretes.
Interessantemente, ao afirmar que
se a Babilônia caiu por ter seduzido as nações com suas falsas doutrinas, e se
a Babilônia é o poder o do papa, isso não seria historicamente plausível, pois
o poder temporal do papa é conservado pela doutrina que a Igreja ensina a todas
as nações. A perda do poder civil de Roma não fez da cidade morada de demônios.
E o poder temporal do papa não seria causa adicional para o “povo” sair do seu
meio. Então, conclui-se, seriam as falsas doutrinas. É nesse ponto que o
adventismo cai, pois em nenhum momento pode provar que o Catolicismo ensine
falsa doutrina, embora possa apontar isso em denominações protestantes.
São citadas doutrinas como o
milenarismo, o batismo por aspersão (essa ênfase é outra herança batista), a
mudança do sábado para o domingo, a imortalidade da alma, o céu, a vinda de
Cristo literal, rebaixamento do padrão de espiritualidade ao pó. A imortalidade
da alma é provada cabalmente no livro A imortalidade da alma não é lenda
E afirma: “Há séculos, o
catolicismo está no ponto mais baixo possível da escala em que uma igreja pode
afundar.” Na perspectiva adventista o nível moral da Igreja Católica estava
muito baixo, e o Protestantismo devia ser a parte da Babilônia que devia cair
“moralmente”. Dessa forma, como igreja protestante, a IASD deve honrar suas
origens, e crer que o trabalho da Reforma foi “nobre”, e por isso o nível moral
das denominações protestantes era alto. Assim, paganismo, catolicismo e
protestantismo seriam três divisões da Babilônia. Quando houve a queda moral da
terceira parte, as igrejas protestantes, houve anúncio da queda.
Em 1844 houve proclamações de
jejuns e oração pelo “retorno do Espírito Santo”. E menciona que houve
reavivamentos em 1858. O padrão de piedade, no entanto, estava afundando.
Na Igreja Católica, em 1854 foi
proclamada a Imaculada Conceição de Maria, e em 1858 ocorreu a aparição da
virgem Maria em Lourdes, na França, que mencionou o dogma. Muitas conversões e
a piedade geral crescia entre os cristãos católicos na França.
“O
Independent, de Nova York,
em 3 de dezembro de 1896, publicou um artigo de D. L. Moody, do qual foi retirado o trecho a seguir: “Em uma
edição recente deste jornal, vi páigna 486”
A situação das igrejas
protestantes era de um torpor muito intenso, segundo mensagem de 1896, do
artido de D. L. Moody, onde igrejas congregacionais e presbiterianas, as mais
eminentes, não receberam nenhum membro por
profissão de fé em 1895, como sinal de que não havia conversões nesse
tempo.
A mensagem do anjo seria dirigia
à Babilônia, em sua parte protestante, onde haveria mais membros do povo de
Deus, “de maneira principal”, como diz o livro adventista. Entende-se que por
ter doutrina mais pura, o Protestantismo possui mais pessoas genuinamente
cristãs e que são chamadas a sair da Babilônia e se tornarem adventistas, ou
seja, receberam a mensagem presente, o evangelho eterno pregado pelos
adventistas do sétimo dia. Os protestantes convertidos que se encontram nas
igrejas protestantes são convidados a sair da Babilônia, segundo mensagem
adventista com base em Ap 18, 1-4. Os adventistas entendem que serão
perseguidos por outros protestantes.
As mensagens de Ap 14 estariam
completas agora, a primeira, a segunda e a terceira, segundo veiculadas pela
Igreja Adventista do Sétimo Dia, onde a mesma afirma que a Babilônia caiu, que
o juízo começou, entendendo ser o juízo investigativo de todos os pecadores,
enquanto as almas dos santos estão estariam descansando em Deus, não existindo
de fato.
Quanto a isso, a Igreja Católica
possui mensagem eterna em toda a sua existência, principalmente para o tempo do
fim, já que o evangelho tem suas nuances e ênfases que se aplicam a
determinadas fases da história da salvação.
Desse modo, deve-se dizer, é
preciso crer na doutrina de sempre, onde os santos estão no céu com Cristo e
Deus Pai e o Espírito Santo, aguardando o grande dia do juízo e da inauguração
do reino, e que acompanham, em suas almas imortais e conscientes na glória do
céu, junto com os anjos, a história da Igreja na terra, e conhecem o juízo
particular que é realizado na hora da morte (cf. Hb 9, 27) e estão preparando
para julgar o mundo com Cristo, até mesmo os anjos que pecaram. Assim, a Igreja
que já triunfou está com Jesus no céu e já reina com Ele, de certa forma, na
dispensação cristã.
Por isso, o juízo que ocorre no
presente, desde a ascensão de Jesus ao céu até a parusia, é o juízo particular das almas, onde cada um recebe
salvação ou condenação. Os santos exercem função sacerdotal no céu em Cristo,
orando pela igreja na terra e adorando a Deus, com suas vestes brancas,
enquanto esperam o dia da feliz ressurreição.
Dessa forma, a mensagem católica
deve ser crida, professada, guardada, diante de todos, para que creiam em Jesus
Cristo nessa feliz esperança.
Na perspectiva dos adventistas, a
igreja protestante precisa ser mais purificada, e deixar os “erros e
superstições papais”. A mensagem da vinda de Cristo pregada desde o século 19
pelos adventistas deveria ter corrigido os males entre os protestantes se eles
tivessem aceitado a mensagem, mas não aceitando, ouviram a segunda mensagem e
caíram moralmente, indo para um caminho pior até a adoração da besta e do
recebimento da sua marca.
Isso mostra que na mensagem
adventista os protestantes que negaram a tal mensagem poderão ser enganados e
cair no erro da babilônia “papal”. Dessa forma, entende-se que é uma doutrina
radicalmente anti-católica. No entanto, biblicamente a doutrina católica é pura
e sã, de forma que pode-se a partir dessa realidade dialogar com os irmãos
adventistas sobre isso. Uma boa forma é ler o livro que prova a imortalidade da
alma refutando todas as objeções feitas a essa doutrina.
Para os católicos, a mensagem de
Apocalipse 14 é a mensagem da Igreja que será anunciada no tempo do fim, mas
que não é algo que historicamente só tenha iniciado em determinada data e que o
texto sagrado tenha ali seu cumprimento. De fato, entende que essa mensagem
inicia-se no tempo dos apóstolos e perpassa a história em ciclos que vão se
desenvolvendo até o dia do juízo final, de modo que seu cumprimento final é o
que está exarado na profecia. Esse modo de entender é outro em comparação com a
única forma que os adventistas admitem, que é o método historicista. A refutação
a esse método, como se pode ver, não é feita diretamente a ele, mas é
fundamentada doutrinalmente, mostrando a doutrina católica a cada passo,
enquanto se levanta objeções que desqualificam muitas interpretações
adventistas.
A primeira mensagem teria sido o
movimento adventista de 1840 a 1844, e segunda mensagem foi realizada no último
ano, o de 1844. A partir daí viria a mensagem do juízo. Como visto, uma vez que
essa mensagem é alheia ao entendimento bíblico que inclui a fé na alma imortal
e no papel dos santos que já reinam com Jesus na glória, tal doutrina não pode
ser adotada.
Muitos estudiosos protestantes do
movimento adventista ficaram confusos com a não realização da profecia e
marcaram datas para a vinda de Cristo. Isso serviu de testemunho contra o
adventismo, dando escândalo para o movimento e descrédito do seus estudos proféticos.
De fato, a Igreja Católica ensina dogmaticamente que o dia e a hora da vinda de
Jesus é desconhecida. Mas os cristãos não católicos muitas vezes usaram suas
intepretações particulares para marcar datas. Embora a IASD não tenha marcado
data, oficialmente, como as aludidas anteriormente, afirma que em 1844 Cristo
de fato veio, não à terra, mas ao santo dos santos para inaugurar o juízo. Essa
doutrina não pode ser biblicamente provada, pois a ida ao ancião de dias de
Daniel 7 ocorre na ascensão de Jesus e o juízo do mundo e das almas inicia-se
na dispensação do evangelho, em cada alma particular, que já podem experimentar
a salvação na graça, em vida, e na glória, após a morte.
O cumprimento de Apocalipse 11,
19 está relacionado com a assunção da virgem Maria, a mãe de Jesus, que é
simbolicamente vista no céu. Ficamos admirados que, assim que o apóstolo São
João vislumbra a arca do testamento, a figura da mulher grávida do filho varão
aparece, numa junção misteriosa dos dois símbolos. A santíssima virgem Maria é
a primícias que Jesus leva ao céu em corpo glorificado, como figura e
antecipação da Igreja. Assim, a mulher é Maria e a Igreja em Apocalipse 12.
A arca continha a lei, e Maria é
mãe do Legislador, o fim da Lei, que O conteve em seu próprio ventre. Assim, a
figura da arca da aliança e da mulher grávida fazem sentido. É também próprio o
símbolo da arca com o corpo santo do próprio Cristo.
Dessa forma, o entendimento da
arca da aliança no céu como o antítipo da arca que se encontrava na terra está
em harmonia com essa interpretação.
Então, a interpretação dos
mandamentos que estão escritos no interior da arca não deve levar a um
literalismo, já que é o espírito da Lei que está gravado no testamento. Isso é
evidenciado em Êxodo 20 e Deuteronômio 5, onde os mandamentos estão escritos e
contem diferença textual, principalmente o mandamento do sábado, que possui
motivação anexada no segundo texto. Dessa forma, o dia de repouso é moral, e
está na Lei eterna, e suas motivações e acréscimos religiosos são cerimoniais,
podendo sofrer mudanças. Desse modo, o dia de domingo atual é na semana o dia
do Senhor e cumpre a Lei de Deus.
Por tudo isso, a observância do
domingo como dia de descanso e adoração nunca poderia ter “destruído” o dia de
Jeová, pois o domingo é o próprio sábado espiritualmente e moralmente.
De fato, se o adventismo
aprofundou-se no estudo da Lei de Deus e descobriu mais profundamente o seu
sentido, aproximou-se da doutrina católica, a única protetora perene da Lei de
Deus e do seu correto entendimento. Basta lembrar que os opositores da lei, que
apareceram no seio da reforma, na sua anomia herética, foram combatidos com a
verdade católica.
Os cristãos adventistas
especializaram-se no estudo da lei e por isso concordam, sem o saber, com a
verdade católica. Enquanto entendem perfeitamente que há um dia de repouso e
adoração a ser guardado, e que esse é moral e cerimonialmente parte do
mandamento, da mesma forma como ensina a doutrina católica, os demais
protestantes tendem a ensinar que não há dia específico para os cristãos
cultuarem a Deus, onde tudo seria conveniência. O erro da interpretação
adventista se dá apenas na literalidade do sétimo dia como sábado semanal. De
fato, o sétimo dia da semana não pode ser entendido moralmente, mas cerimonialmente.
Esse ponto não é compreendo pela doutrina adventista, e aí jaz a seu equívoco.
O estudo adventista serviu para
sua reforma religiosa, no âmbito protestante, levando os intérpretes e sua
denominação a uma luz maior, mas não atingiram o cerne da questão por se oporem
à fé católica.
Por ser fruto do seu tempo, a
IASD, assim como a senhora Ellen White, suas interpretações miraram os EUA,
identificando-o como a segunda besta. A doutrina católica interpreta a segunda
besta como símbolo dos poderes infernais que podem se materializar em muitos
lugares e nações, de modo a não identifica-los na história como única forma de
cumprimento da profecia.
Dessa forma, a besta é símbolo do
Império Romano, da Roma pagã da antiguidade, e tem cumprimento secundário no
poder que se opõe à Igreja Católica. Assim, de modo alguma a besta poderia ser
a própria igreja, mas um poder que se opõe à santa Igreja.
Basta notar que a grande mestra
da Lei de Deus é a santa Igreja Católica, que ensina os mandamentos como
nenhuma outra denominação. Verifique a beleza e a verdade que estão exarados no
catecismo católico sobre a Lei do Senhor, o dia dedicado a honrá-Lo como Senhor
criador e redentor do gênero humano. De modo algum poderia ser isso uma
“contrafação, um falso sábado”, mas o verdadeiro sábado instituído por Cristo
Senhor. Um estudo da teologia do sábado e do domingo demonstra a verdade
católica em toda a sua beleza. E responde com profundidade as objeções
adventistas.
Ainda, os poderes governamentais,
civis, políticos, etc., estiveram sempre em oposição à Igreja. Mesmo nos
melhores momentos, os interesses políticos chocaram-se com os religiosos.
Quando o imperador Constantino se
converteu e aceitou a fé cristã, ainda que não batizado, tentou imiscuir-se nos
negócios da Igreja Católica, sem sucesso, é claro.
Foi também o imperador de
persuasão ariana, uma heresia que considerava Jesus como filho criado por Deus.
O concílio de Niceia foi reunido
para tratar dessa heresia. O próprio imperador convocou o concílio, já que
nesse tempo o papa não tinha ainda todo o poder temporal que veio da ter
depois.
Assim, o concílio foi reunido e
aprovado pelo papa. A doutrina ariana foi condenada, e a doutrina bíblica de
que Jesus é o Filho eterno de Deus, igual ao Pai e ao Espírito em natureza, foi
definida, de modo que os hereges foram condenados, e a opinião errônea do
próprio imperador foi refutada. Desse modo, vê-se que a doutrina católica tem o
ajuda de Deus em favor dos seus dogmas e não das autoridades humanas.
O empenho evangelístico sincero
dos adventistas precisa encontrar a boa vontade dos cristãos católicos em
mostrar-lhes essas verdades que poderão iluminá-los na busca da verdade.
Então, a mensagem de Apocalipse é
encontrada na Igreja Católica, que se opõe aos poderes do mundo, com seu
evangelho, com sua moral, com sua benévola influência ao fundar e formar nações
na cristandade. Ela tem a mensagem do primeiro anjos, do segundo e do terceiro.
É ela a detentora do poder das chaves do reino dos céus (cf. Mt 16, 16-19), é
ela a coluna e sustentáculo da verdade (cf. 1 Tm 3, 15), não sendo a própria
verdade, mas aquela que o Senhor colocou para ensinar e garantir a verdade que
é o próprio Jesus Cristo (cf. João 14, 6) e sua doutrina salvadora (cf. Mt 28,
19-20).
Portanto, é notório que o poder
do mal irá com todas as suas forças opor-se à Igreja Católica e ao poder do
papado, que é instituído por Jesus Cristo para o ensino do evangelho a nível
mundial.
Desse modo, a marca da besta, um
símbolo do apocalipse, não pode ser o domingo, já que esse é parte da doutrina
cristã, o dia do Senhor ressuscitado, que cumpre o mandamento de Deus. A marca
da besta deve ser por definição algo contrário ao ensino católico.
A doutrina católica a respeito do
domingo demonstra que o dia de domingo não foi uma criação da Igreja, mas é um
dia bíblico, que é aludido no Antigo Testamento, e sua instituição faz parte do
evangelho do Senhor para o cumprimento do repouso exigido pela Lei de Deus aos
cristãos, e inauguração da nova criação, enquanto preparação para o sábado do
reino dos céus.
Enquanto movimento que afirma
estar cumprindo a mensagem do terceiro anjo, os adventistas se assemelham a
outros movimentos que afirmam cumprir outras características evocadas pelas
imagens apocalípticas, segundo o parecer da denominação em questão. Para
entender melhor esse ponto, é necessário um estudo bastante profundo da fé
católica, como o que está sendo proposto no presente comentário.
A forma como as mensagem dos
anjos de Apocalipse 14 é feita é totalmente conforme a interpretação católica.
A interpretação sobre a besta, a imagem e a marca da besta também possui
razoáveis conceitos para serem guardados pelos cristãos católicos. Quem poderá
negar que a Igreja Católica seja a fiel cumpridora dos mandamentos de Deus?
Se o sábado faz distinção entre
os cristãos, entre os que guardam o primeiro dia e os que guardam o sétimo, a
doutrina cristã mostra que a introdução o sétimo dia como dia de guarda em
contraposição ao domingo não é parte do depósito da fé, e que tal prática não
deve ser adotada.
Se o selo de Deus é o dia de
guarda em sua honra e adoração, então esse é domingo.
A afirmação que o domingo é o dia
mais distante do sétimo, pois é o primeiro, é algo curioso. De fato, é o dia
mais distante em sua cronologia. No entanto, teologicamente não há qualquer
coisa quanto a isso. Também, é natural que o primeiro dia da criação foi
seguido pelo segundo, e assim por diante, até o sexto, com a conclusão de tudo
pelo descanso de Deus e santificação do sábado.
E, o que é mais interessante, o
dia mais próximo do sábado é o domingo, olhando da perspectiva de que o dia do
fechamento da semana é seguido o dia de sua abertura.
Desse modo, o sábado do sétimo
dia é apenas uma interpretação de um grupo de cristãos, e não pode se contrapor
ao dia de domingo.
É preciso entender que:
1.
O
sábado (como repouso moral e espiritual) foi instituído no fim da primeira
semana de tempo. Coincidiu com o sétimo dia, dia de repouso e santificação. No
entanto, esse dia no tempo não é marcado moralmente no ser humano, de modo que
não há como saber sobre ele pelo bom senso, apenas pela revelação. De fato,
isso se dá por ser dia religioso e cerimonial.
2.
Dessa
forma, o sétimo dia não é imutável, de modo que não pudesse haver repouso em
outro dia. Também não é exigência bíblica que a mudança seja feita por Deus de
maneira “direta e explícita”, pois é uma exigência teológica adventista e não
bíblica. Muitas mudanças, revelações, desenvolvimentos na doutrina advém de
forma mais sutil, indireta, tacitamente.
3.
O
sábado foi dado antes do pecado, mas também foi sombra das coisas futuras, como
está em Cl 2, 16 e é admitido por qualquer estudioso que estude profundamente
as Escrituras. O sábado (repouso) é moral, e por isso está nos mandamentos, mas
sua situação no dia temporal é cerimonial, e foi cumprido por Jesus Cristo
chegando ao fim quando esteve no sepulcro.
4.
A
lei do sábado é primária e original, imutável e eterna, por ser moral. Poderia
ter permanecido para sempre no sétimo dia, como poderia ser mudado em
dispensações para outros dias, de modo que o repouso sempre fosse cumprido. A
doutrina bíblica mostra que o primeiro dia foi o dia que seguiu o dia de sábado
no Novo Testamento.
5.
O
sábado e moral e também cerimonial, de modo que está na Bíblia na expressão
“meus sábados”.
6.
O
dia de sábado foi definido, mas também é possível que seja apenas proporção e
tempo, por não ser moral. Assim, é possível celebrar um fato em qualquer data,
desde que se intencione comemorar o verdadeiro acontecimento. O domingo não foi
um dia escolhido aleatoriamente, mas aperece no Novo Testamento já sendo
guardado pelos cristãos, e isso continuou sem mudança na história da Igreja.
Não é verdade que até o ano 150 os cristãos não guardavam o domingo, mas o
sábado. Basta ler o Novo Testamento para perceber a prática no primeiro século.
7.
Jesus
cumpriu a lei. O que permanece é sua parte moral.
8.
O
sábado foi cumprido na cruz, fim da criação, e o domingo instituído como dia da
nova criação.
9.
O
padrão de julgamento é sempre moral, e o dia definido no tempo não cumpre esse
requisito.
10.
O
dia do Senhor de Apocalipse 1, 10 é o domingo. Caso fosse o sábado, isso
destoaria de toda a interpretação que foi feita depois sobre essa passagem,
como se a mesma ficasse desconhecida do segundo século em diante, o que é um
contrassenso.
11.
O
texto de Isaías 56, 1-2 expressa a guarda do sábado sem profana-lo e não
praticar más ações, o que é cumprido fielmente na observância do domingo. E em
1 Pedro 1, 5 é referida a salvação que há de manifestar-se nos últimos dias.
12.
O
sábado na nova criação, assim com as nações vindo a Jerusalém, a lua etc., está
na linguagem que o antigo testamento utiliza para falar das bênçãos futuras, o
que não é prova de que o sábado do sétimo dia permaneceu imutável e assim será
eternamente.
Dessa forma, a força da
interpretação sobre o sábado está no seu aspecto moral, que é eterno.
O
castigo dos adoradores da besta. O aniquilacionista afirma que no início
do milênio a besta e o falso profeta serão destruídos. Na interpretação
adventista ambos não são pessoas, mas poderes, instituições. Isso já é
problemático. Eles são jogados vivos
nesse lago de fogo, o que denota que são pessoas. Se são poderes, isso se
refere aos ímpios que estão exercendo tais poderes. De alguma forma, há
implicação de tormento eterno.
Duração
do castigo.
O lugar do fogo não se refere à terra inteira em si, mas ao lugar espiritual
denominado lago de fogo e enxofre.
Portanto, a terra será renovada na vinda de Jesus Cristo pelo fogo, mas não é
tal fogo o que queimará os ímpios no castigo eterno no lago de fogo. Um é o
fogo da renovação do universo, e outro o do castigo dos ímpios. O da renovação
da terra cessa assim que a terra é renovada. O do castigo não cessa. A
interpretação adventista erra nesse pormenor.
Que o leitor veja qual Igreja é
mais zelosa no ensinamento dos dez mandamentos, e o verdadeiro significado de
cada mandamento, principalmente o referente ao dia de guarda em honra do
Senhor, em consonância com o ensino bíblico e aquilo que está na teologia em
todos os séculos da Igreja.
A
promessa de uma bênção. Essa passagem é dificílima para que não acredita
na imortalidade da alma. De fato, há uma bênção para os que “desde agora, morrem no Senhor”. Os
adventistas entendem que desde o tempo da mensagem recebida no século 19, os
que morrem no Senhor são bem aventurados porque serão ressuscitados quando
Miguel se levantar, por não passarem pela tribulação com os 144.000, escapando
do perigo, tendo a mesma recompensa daqueles que passagem pela grande
tribulação. Deverão ressuscitar, com corpos mortais, esperando Cristo vir para
glorificar a todos, o que é desconhecido em toda a Escritura. De fato, a Bíblia
afirma que todos juntos serão ressuscitados, de uma só vez, quando Jesus Cristo
vier para julgar os vivos e os mortos (Dn 12, 7; Ap 1, 7). Não se trata de
outro evento, mas do único, o da ressurreição para o juízo final.
Essa engenhosa explicação não condiz com o tema do Apocalipse. De fato, os que desde agora morrem no Senhor, ou seja, desde a vitória de Jesus Cristo, são bem-aventurados, pois já podem participar com Crista no reinado celestial. Esses são, portanto, todos os salvos após Cristo, pois os anteriores não podem ter tal privilégio antes do calvário.
Se os símbolos da besta, do selo, da imagem e da marca da besta são identificados claramente na interpretação adventista, e são símbolos dos poderes do mal, na interpretação católica, o que atrai as mentes, é também claro que a doutrina católica oferece razões que o adventismo não consegue refutar. Que o leitor cresça na fé ao estudar a Bíblia.
Gledson Meireles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário