quarta-feira, 17 de julho de 2024

A interpretação adventista de Apocalipse 14

 Texto será revisado.


Apocalipse 14 – As três mensagens angélicas

 

O capítulo tratará do juízo, a queda a Babilônia e os mandamentos de Deus.

A palavra profética não abandona nas provas e dificuldades. O autor faz alusão do capítulo 13 que ensinaria o decreto apoiado pelo poder supremo da Terra, para adorar a imagem e a besta.

O grupo dos 144.000 de pé com Cristo no monte Sião, no céu. O livro adventista afirma que essa imagem profética dá a certeza de que na hora do conflito há garantia do livramento e não só isso, mas que o livramento será imediatamente concedido.

Isso significa que no momento em que tudo ocorrer, o livramento será dado e o povo de Deus irá para o céu. No entanto, a interpretação é de que os 144.000 são o povo do fim, que estarão vivos quando Cristo voltar, e não passarão pela morte.

Tendo em vista que somente os 144.000 possuem certas prerrogativas no livro do Apocalipse, esse entendimento restritivo é problemático, já que sabemos que esse número indica, diante de uma boa exegese, todo o povo de Deus. Sendo assim, sabemos que desde os tempos dos apóstolos todos os fieis imediatamente recebem o livramento quando passam pela morte e vão habitar com Cristo. Dessa forma, é necessário crer na imortalidade da alma.

Na mensagem os 144.000 mil e a grande multidão são figuras da Igreja universal, composta por judeus e gente de todas as nações. É também a Igreja do fim, pois a profecia abrange toda a era messiânica. Assim, os 144.000 são símbolo da Igreja.

Na interpretação de Uriah Smith, os 144.000 estarão vivos na vinda de Jesus, estão na sexta etapa da Igreja, que é Filadélfia. O autor escreve: “Paulo labutou de todas as maneiras para alcançar a ressurreição dentre os mortos (Fl 3:11).”.

Isso é verdade, mas também é verdadeiro que São Paulo preferia não morrer, e ser encontrado vivo na Parusia, o que está escrito em Filipenses 1. Se a redenção entre os homens é a trasladação, São Paulo deseja participar dela na vinda de Cristo.  Portanto, é preciso entender que o desejo do apóstolo era ser glorificado em vida. Caso não, almejou tanto a ressurreição dos mortos.

São Paulo tinha a certeza de que Cristo seria glorificado (exaltado, tornado grande, em grego: μεγαλυνθήσεται) em seu corpo, quer pela sua vida ou pela sua morte (Fl 1, 20). Para ele, o viver é Cristo e o morrer é lucro (v. 21).

Assim, a vida de São Paulo estava em total união com Cristo, e a morte era tida como algo maior, como lucro. A palavra grega κέρδος significa lucro, ganho, e é realmente usada no sentido de ganho, de vantagem, de lucro. Dessa forma, a morte não significa inexistência, mas presença com Jesus Cristo.

Então, ele afirma que se “viver na carne” (ζῆν ἐν σαρκί), ou seja, no corpo, pois a carne aqui tem o sentido de natureza humana, e não de pecado, e se refere naturalmente ao corpo humano, como em outras passagens, se isso é necessário, então sentiu-se pressionado pelo desejo de desprender-se/partir ou ficar.  Então, se viver na carne, ou seja, estar vivo, é proveitoso, ele persuadiu-se disso e soube que ficaria vivo (v. 24).

Os 144.000 cantam um cântico que somente eles podem cantar. Se o grupo é restrito a alguns, então somente esses seguiriam a Cristo onde quer que ele vá, e outras bênçãos que entrarão em contradição com passagens do Apocalipse.

Se seguem o Cordeiro como sinal do “seu estado redimido”, podemos afirmar que todos os salvos possuem esse mesmo estado. Então, os 144.000 se refere a todos os salvos.

Também, Cristo não somente apascentará e guiará um grupo especial, mas a todos os redimidos. Se são primícias, no sentido de um grupo específico, contradiria a revelação de que os salvos são essas primícias, e o próprio texto citado de Tg 1, 18 prova isso.

Talvez sirva para melhor esclarecer esse tema, que os primeiros frutos, que são as primícias, são os salvos em geral, significando a Igreja inteira, e não somente os últimos que estarão vivos por ocasião da volta de Jesus. São eles também e não somente eles.

Eles são contados a partir da contagem de Israel, que é simbólica, formando com essa, uma grande multidão. Dessa forma, não se pode afirmar que os 144.000 são apenas os que serão trasladados sem passar pela morte, mas que são todos os salvos de todos os tempos.

Também é dito, na mensagem adventista, que esse grupo pode também vir de outras igrejas, que após certo tempo perceberam que seria pecado permanecer nelas.

A primeira mensagem. Deve-se perguntar se isso já não ocorreu, e afirmar que os salvos já estão no monte Sião celestial com Cristo. Desde o início da Igreja, com tantas tribulações, os primeiros cristãos foram confortados com a mensagem apocalíptica, e, por isso, já estão na bem-aventurança. A Igreja de todos os tempos recebe a mensagem.

Não se pode pensar que essa promessa ainda não ocorreu.

No adventismo esses anjos são interpretados como simbólicos. De fato, a pregação do evangelho não foi confiada a anjos literais, mas a seres humanos. Então, cada anjo “simboliza um grupo de mestres religiosos.” É uma interpretação curiosa. E está correta, pois também é interpretação católica de que o anjo dos versos 6 e 7 simboliza os pregadores do evangelho.

Ainda, admite-se que pode haver anjos que supervisionam cada mensagem. Seriam três mensagens. A mensagem deve constituir o grande tema de interesse, as pessoas prestarão a mais ávida atenção.

Os apóstolos não teriam afirmado que a hora do juízo havia chegado, e se o fizessem não seria verdadeiro. Mt 10, 15; 11, 21-24; At 17, 31; At 24, 25; Rm 2, 16; 2 Cor 5, 10; Tg 2, 12; 2 Pd 2, 4; Jd 6; 2 Pd 2, 9. Assim, o adventismo rejeita a ideia de que a pregação sobre o juízo tenha sido pregada no tempo dos apóstolos e pelos reformadores protestantes.

Interpretação da besta “sem sombra de dúvidas, à besta papal”, que irá para o lago de fogo quando Cristo voltar.

Essa interpretação adventista não tem o respaldo bíblico, pois o papado é instituição cristã e não poderia nunca ser simbolizado pela besta.

A interpretação de Guilherme Miller, em 1831, é ratificada pela IASD, e rejeitada somente em um ponto vital em que ele teria errado. Houve despertamentos religiosos nesse tempo nas igrejas protestantes. Os anos de 1840 a 1844 foram de intensa atividade e progresso nessa obra, afirma Uriah.

Os adventistas desse tempo criam que estavam no movimento representado por Ap 14, 6-7 e que estavam proclamando a mensagem ali descrita. Mas, podemos afirmar que a mensagem do juízo é pregada em todos os tempos da Igreja. Pode-se ver isso quando João Batista, o profeta que anunciou a chegada de Jesus, afirma que o machado está posto à raiz das árvores (Lucas 3, 9) e que Jesus limpará a eira e recolherá o trigo (Lucas 3, 17). Trata-se do juízo futuro, mas o machado posto à raiz já indica que teve início.

Se os pregadores da vinda de Cristo em 1844 foram todos do meio protestante, nenhum católico esteve envolvido na mensagem, pois Cristo garantiu que ninguém sabe o dia e a hora da sua vinda, e se a vinda não aconteceu, temos evidências da verdade católica. É mencionado o Dr. Joseph Wolff que pregou a iminente vinda de Jesus ao mundo “a todas as denominações”. Certamente, não à Igreja Católica, que não deu ouvidos a essa mensagem por entendê-la em desacordo com a mensagem do evangelho. E o Protestantismo em geral certamente também não.

A advertência mundial de juízo, a cadeia profética de Dn 2, 7, 8, 11 e 12 e Mt 24, Mc 13 e Lc 21, e Ap 11, 12 e 13, teriam se cumprido nesse tempo de 1844. Mas, afirma-se que a pregação de São João Batista foi breve e limitada em território. E que o anjo, assim como em Ap 10, anuncia o fim dos períodos proféticos e o pouco tempo que resta. Pois bem, o juízo inicia antes. É claro, pois os santos no céu já participam dessa etapa. Ainda, quando Cristo vier para executar o juízo, como afirma Uriah Smith, citando Jd 14-15; Ap 22, 12 e 1 Tm 4, 1, os mortos, todos eles se levantarão. Não se diz que uns ímpios ressuscitam com os salvos, e que outros ímpios ressuscitarão somente no fim do milênio em outra vinda de Jesus e outro juízo.

 

O Pai preside a obra do juízo desde a ascensão de Cristo. Não se pode afirmar que tenha iniciado mais tarde, como em 1844. Esse juízo, que os mártires pedem em Ap 6, 9, está em execução desde o tempo apostólico. Cristo, o Sumo Sacerdote, já foi coroado rei na ascensão.

A purificação do santuário (céu) com o sangue de Cristo, não da terra com o fogo na vinda de Cristo. Simbolizado em Ap 10, 10 com o amargor do livrinho. E Dn 7, 13-14 e Mt 25 é interpretado sendo o início do juízo, e não da vinda de Cristo, pois essa deve preceder as bodas. Então, explica-se assim a parábola de Mt 22, 1-13. Antes das bodas o Rei vem para vem se os convidados estão devidamente trajados com as vestes nupciais. E afirma: “Mas essa questão de estar pronto para o reino só pode ser determinada por meio do juízo investigativo que ocorre no santuário.”.

 

A parábola de Mateus 22, 1-13 é uma comparação do rei que celebra as bodas do seu filho. Envia o convite, mas os convidados não quiseram vir. Trata-se dos judeus que rejeitam o chamado, e dos gentios de todos os tempos que fazem o mesmo.

 

No meio da parábola, verso 7, há um castigo, em que o rei envia suas tropas e mata os assassinos do seus servos e incendeia a sua cidade. Lembra a destruição de Jerusalém em 70 d. C.

 

Então, “maus e bons” entram na festa (v. 10). Isso não pode significa uma entrada literal no céu, pois não entra nada de impuro no reino dos céus. Também não parece com o juízo investigativo, onde não há ninguém, mas apenas os registros nos livros celestiais sendo examinados. Assim, esse é o momento em que todos entram na Igreja terrestre, onde há bons e maus, convertidos e não convertidos, praticantes e não praticantes, fieis e infiéis ao evangelho. Todos podem entrar na Santa Igreja Católica, mas somente os que creem e obedecem estão com as vestes nupciais. Por isso, a chegada do rei para ver os convidados é a vinda de Jesus Cristo para julgar os vivos e os mortos, e nessa ocasião Ele julga os vivos e retira os que são intrusos na Igreja.

 

E a parábola de Mateus 25, afirma no versículo 13, que todos devem vigiar por não saber o dia e a hora, indicando ser assim a vinda de Cristo, e não um juízo investigativo que seria expresso por sinais, pois a vinda de Cristo seria invisível no céu, de um compartimento para outro, para iniciar o trabalho de purificação do santuário. Essa doutrina não pode ser vista na parábola, pois a mesma indica a vinda de Jesus e encerra mostrando que não há conhecimento sobre o dia e a hora sobre o que mostra o conteúdo da parábola.

 

Os dois exemplos, aqueles das bodas e Mt 22, onde entram bons e maus, e esse de Mt 25, onde as virgens preparadas entram, são duas formas de ensinar a mesma mensagem. Ainda, quando o verso 13 de Mateus 25 afirma que não há revelação para o dia e a hora, ninguém saberia quando iniciou-se um juízo de investigação, não podendo afirmar que se deu no dia 22 de outubro de 1844, nem podendo precisar a hora, pois são elementos desconhecidos: Vigai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora. Na mesma parábola onde se exemplifica a doutrina do juízo de investigação está escrito que ninguém sabe o dia e a hora do mesmo, o que invalida, pelo contexto, a doutrina.

 

Muitos estão na Igreja como as virgens sem o óleo. À espera do Noivo que demora, podem adormecer, com todos o podem, mas ao chegar o noivo devem todos estar preparados com o azeite para as lâmpadas. Dessa forma, não poderão entrar com o Noivo quem estiver com a vela da fé apagada.

 

A segunda mensagem. Essa é a mensagem da queda da Babilônia. A cronologia da mensagem é determinada pela cronologia da primeira.

 

O adventismo entende que Babilônia não pode ser a cidade de Roma, não podendo representar o Império Romano, como ensinam os intérpretes cristãos católicos.

 

Em primeiro lugar, afirma que Babilônio “não se restringe” à Igreja Católica. De fato, não pode nem restringir-se, nem o pode ser. De fato, a Igreja Católica nunca se assemelhou em nada com “confusão”, para lembrar da etimologia da Palavra.

 

Mas, o adventismo afirma que não se restringe, porque a partir da Igreja Católica é entendido que as igrejas protestantes são as filhas, como está em Ap 17. Se Ap 18, 4 afirma que o povo de Deus deve sair da Babilônia, então o adventismo afirma que não pode ser a Igreja Católica, pois do contrário seria a única onde o povo de Deus estaria ali sob sua jurisdicação. O Protestantismo estaria excluído.

 

Também não poderia ser a cidade de Roma. Não seriam os sete montes literais, mas as sete cabeças e a mulher são simbólicos. Se as sete colinas indica que há fluxo temporal, a interpretação católica sobre os imperadores romanos faz sentido. De fato, essa interpretação leva a mensagem e a fez ter sentido para os primeiros cristãos, que viviam no tempo dos apóstolos. Mas, essa não é aceita pelo adventismo.

 

Se cabeça é governo e monte é um reino (cf. Dn 7, 6; Dn 8, 22; Dn 2, 35; Jr 51, 25). Os reis sucessivos seriam “forma de governo”. O trono do Dragão do capítulo 12 foi transferido para o da besta no capítulo 13.

 

Argumento adventista: “Além disso, Roma era o trono do dragão do capítulo 12, e este foi transferido para a besta (Ap 13:2), tornando-se assim o trono da besta. Mas seria uma mistura singular de símbolos pegar o trono, sobre o qual a besta se assenta, e transformá-lo em uma mulher que se assenta sobre a besta.”

 

Babilônia não poderia ser Roma pois depois da destruição seria habitada por demônios, covil de espírito imundo, ave detestável. Mas, de qualquer forma, o argumento não foi feliz, pois é de fato um símbolo do Império Romano a sua capital, onde está a Igreja, que na destruição é convidada a sair dela.

 

A interpretação assumida no adventismo é que “Babilônia significa a igreja apostatada universal”. Se Babilônio são vários corpos eclesiásticos, a interpretação recai de fato contra ao Protestantismo. E, ainda, não pode incluir o Catolicismo.

 

Babilônia e o sangue dos mártires (cf. Ap 18, 24). Trata-se do Império Romano. Essa interpretação da “igreja universal em seu estado de mundanismo”, para incluir o Protestantismo, é de natureza batista, que vê negativamente os governos, lembra com vigor as perseguições, durante a história, e por ser minoritário, o grupo batista não foi religião estatal. Isso é herdado na interpretação adventista.

 

O Dragão seria o paganismo, a besta “a apostasia romana”, a terceira divisão seriam as filhas. Depois há a interpretação da outra besta. Guerra, opressão, conformidade com o mundo, tudo isso é encontrado no Protestantismo, como afirma o autor adventista, assim como vendas de cargos eclesiásticos, etc., com confusão, divisão em credos contraditórios etc. Encontra-se aqui o que o Protestantismo tradicional não admite, e é o mesmo que tende a tratar os adventistas como seita. Nesse ponto, os tradicionais entendem certas doutrinas estranhas no adventismo, e os coloca no rol das heresias, como faria os católicos, para os quais a IASD é apenas mais uma igreja protestante. E do lado dos adventistas, eles percebem os erros tamanhos que o Protestantismo geral contém, como os católicos apologistas muitas vezes apontam com razão. Assim, como o Catolicismo está em uma posição bastante sólida no evangelho, pode perceber o que outros não podem.

 

Afirma o autor adventista, que a Igreja verdadeira é uma virgem casta (cf. 2 Cor 11, 2). De fato, basta ver como a Igreja Católica, com os papas, se põe sempre contra os erros do mundo. Mas, se o Povo de Deus está na Babilônia, se trata de fato da cidade de Roma literal no Império Romano. A queda do Império foi predita, e depois veio sua destruição. Apenas em sentido secundário se pode espiritualizar, como fazem os intérpretes.

 

Interessantemente, ao afirmar que se a Babilônia caiu por ter seduzido as nações com suas falsas doutrinas, e se a Babilônia é o poder o do papa, isso não seria historicamente plausível, pois o poder temporal do papa é conservado pela doutrina que a Igreja ensina a todas as nações. A perda do poder civil de Roma não fez da cidade morada de demônios. E o poder temporal do papa não seria causa adicional para o “povo” sair do seu meio. Então, conclui-se, seriam as falsas doutrinas. É nesse ponto que o adventismo cai, pois em nenhum momento pode provar que o Catolicismo ensine falsa doutrina, embora possa apontar isso em denominações protestantes.

 

São citadas doutrinas como o milenarismo, o batismo por aspersão (essa ênfase é outra herança batista), a mudança do sábado para o domingo, a imortalidade da alma, o céu, a vinda de Cristo literal, rebaixamento do padrão de espiritualidade ao pó. A imortalidade da alma é provada cabalmente no livro A imortalidade da alma não é lenda

 

E afirma: “Há séculos, o catolicismo está no ponto mais baixo possível da escala em que uma igreja pode afundar.” Na perspectiva adventista o nível moral da Igreja Católica estava muito baixo, e o Protestantismo devia ser a parte da Babilônia que devia cair “moralmente”. Dessa forma, como igreja protestante, a IASD deve honrar suas origens, e crer que o trabalho da Reforma foi “nobre”, e por isso o nível moral das denominações protestantes era alto. Assim, paganismo, catolicismo e protestantismo seriam três divisões da Babilônia. Quando houve a queda moral da terceira parte, as igrejas protestantes, houve anúncio da queda.

 

Em 1844 houve proclamações de jejuns e oração pelo “retorno do Espírito Santo”. E menciona que houve reavivamentos em 1858. O padrão de piedade, no entanto, estava afundando.

 

Na Igreja Católica, em 1854 foi proclamada a Imaculada Conceição de Maria, e em 1858 ocorreu a aparição da virgem Maria em Lourdes, na França, que mencionou o dogma. Muitas conversões e a piedade geral crescia entre os cristãos católicos na França.

 

“O Independent, de Nova York, em 3 de dezembro de 1896, publicou um artigo de D. L.           Moody, do qual foi retirado o trecho a seguir: “Em uma edição recente deste jornal, vi páigna 486”

 

A situação das igrejas protestantes era de um torpor muito intenso, segundo mensagem de 1896, do artido de D. L. Moody, onde igrejas congregacionais e presbiterianas, as mais eminentes, não receberam nenhum membro por profissão de fé em 1895, como sinal de que não havia conversões nesse tempo.

A mensagem do anjo seria dirigia à Babilônia, em sua parte protestante, onde haveria mais membros do povo de Deus, “de maneira principal”, como diz o livro adventista. Entende-se que por ter doutrina mais pura, o Protestantismo possui mais pessoas genuinamente cristãs e que são chamadas a sair da Babilônia e se tornarem adventistas, ou seja, receberam a mensagem presente, o evangelho eterno pregado pelos adventistas do sétimo dia. Os protestantes convertidos que se encontram nas igrejas protestantes são convidados a sair da Babilônia, segundo mensagem adventista com base em Ap 18, 1-4. Os adventistas entendem que serão perseguidos por outros protestantes.

As mensagens de Ap 14 estariam completas agora, a primeira, a segunda e a terceira, segundo veiculadas pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, onde a mesma afirma que a Babilônia caiu, que o juízo começou, entendendo ser o juízo investigativo de todos os pecadores, enquanto as almas dos santos estão estariam descansando em Deus, não existindo de fato.

Quanto a isso, a Igreja Católica possui mensagem eterna em toda a sua existência, principalmente para o tempo do fim, já que o evangelho tem suas nuances e ênfases que se aplicam a determinadas fases da história da salvação.

Desse modo, deve-se dizer, é preciso crer na doutrina de sempre, onde os santos estão no céu com Cristo e Deus Pai e o Espírito Santo, aguardando o grande dia do juízo e da inauguração do reino, e que acompanham, em suas almas imortais e conscientes na glória do céu, junto com os anjos, a história da Igreja na terra, e conhecem o juízo particular que é realizado na hora da morte (cf. Hb 9, 27) e estão preparando para julgar o mundo com Cristo, até mesmo os anjos que pecaram. Assim, a Igreja que já triunfou está com Jesus no céu e já reina com Ele, de certa forma, na dispensação cristã.

Por isso, o juízo que ocorre no presente, desde a ascensão de Jesus ao céu até a parusia, é o juízo particular das almas, onde cada um recebe salvação ou condenação. Os santos exercem função sacerdotal no céu em Cristo, orando pela igreja na terra e adorando a Deus, com suas vestes brancas, enquanto esperam o dia da feliz ressurreição.

Dessa forma, a mensagem católica deve ser crida, professada, guardada, diante de todos, para que creiam em Jesus Cristo nessa feliz esperança.

Na perspectiva dos adventistas, a igreja protestante precisa ser mais purificada, e deixar os “erros e superstições papais”. A mensagem da vinda de Cristo pregada desde o século 19 pelos adventistas deveria ter corrigido os males entre os protestantes se eles tivessem aceitado a mensagem, mas não aceitando, ouviram a segunda mensagem e caíram moralmente, indo para um caminho pior até a adoração da besta e do recebimento da sua marca.

Isso mostra que na mensagem adventista os protestantes que negaram a tal mensagem poderão ser enganados e cair no erro da babilônia “papal”. Dessa forma, entende-se que é uma doutrina radicalmente anti-católica. No entanto, biblicamente a doutrina católica é pura e sã, de forma que pode-se a partir dessa realidade dialogar com os irmãos adventistas sobre isso. Uma boa forma é ler o livro que prova a imortalidade da alma refutando todas as objeções feitas a essa doutrina.

Para os católicos, a mensagem de Apocalipse 14 é a mensagem da Igreja que será anunciada no tempo do fim, mas que não é algo que historicamente só tenha iniciado em determinada data e que o texto sagrado tenha ali seu cumprimento. De fato, entende que essa mensagem inicia-se no tempo dos apóstolos e perpassa a história em ciclos que vão se desenvolvendo até o dia do juízo final, de modo que seu cumprimento final é o que está exarado na profecia. Esse modo de entender é outro em comparação com a única forma que os adventistas admitem, que é o método historicista. A refutação a esse método, como se pode ver, não é feita diretamente a ele, mas é fundamentada doutrinalmente, mostrando a doutrina católica a cada passo, enquanto se levanta objeções que desqualificam muitas interpretações adventistas.

A primeira mensagem teria sido o movimento adventista de 1840 a 1844, e segunda mensagem foi realizada no último ano, o de 1844. A partir daí viria a mensagem do juízo. Como visto, uma vez que essa mensagem é alheia ao entendimento bíblico que inclui a fé na alma imortal e no papel dos santos que já reinam com Jesus na glória, tal doutrina não pode ser adotada.

Muitos estudiosos protestantes do movimento adventista ficaram confusos com a não realização da profecia e marcaram datas para a vinda de Cristo. Isso serviu de testemunho contra o adventismo, dando escândalo para o movimento e descrédito do seus estudos proféticos. De fato, a Igreja Católica ensina dogmaticamente que o dia e a hora da vinda de Jesus é desconhecida. Mas os cristãos não católicos muitas vezes usaram suas intepretações particulares para marcar datas. Embora a IASD não tenha marcado data, oficialmente, como as aludidas anteriormente, afirma que em 1844 Cristo de fato veio, não à terra, mas ao santo dos santos para inaugurar o juízo. Essa doutrina não pode ser biblicamente provada, pois a ida ao ancião de dias de Daniel 7 ocorre na ascensão de Jesus e o juízo do mundo e das almas inicia-se na dispensação do evangelho, em cada alma particular, que já podem experimentar a salvação na graça, em vida, e na glória, após a morte.

O cumprimento de Apocalipse 11, 19 está relacionado com a assunção da virgem Maria, a mãe de Jesus, que é simbolicamente vista no céu. Ficamos admirados que, assim que o apóstolo São João vislumbra a arca do testamento, a figura da mulher grávida do filho varão aparece, numa junção misteriosa dos dois símbolos. A santíssima virgem Maria é a primícias que Jesus leva ao céu em corpo glorificado, como figura e antecipação da Igreja. Assim, a mulher é Maria e a Igreja em Apocalipse 12.

A arca continha a lei, e Maria é mãe do Legislador, o fim da Lei, que O conteve em seu próprio ventre. Assim, a figura da arca da aliança e da mulher grávida fazem sentido. É também próprio o símbolo da arca com o corpo santo do próprio Cristo.

Dessa forma, o entendimento da arca da aliança no céu como o antítipo da arca que se encontrava na terra está em harmonia com essa interpretação.

Então, a interpretação dos mandamentos que estão escritos no interior da arca não deve levar a um literalismo, já que é o espírito da Lei que está gravado no testamento. Isso é evidenciado em Êxodo 20 e Deuteronômio 5, onde os mandamentos estão escritos e contem diferença textual, principalmente o mandamento do sábado, que possui motivação anexada no segundo texto. Dessa forma, o dia de repouso é moral, e está na Lei eterna, e suas motivações e acréscimos religiosos são cerimoniais, podendo sofrer mudanças. Desse modo, o dia de domingo atual é na semana o dia do Senhor e cumpre a Lei de Deus.

Por tudo isso, a observância do domingo como dia de descanso e adoração nunca poderia ter “destruído” o dia de Jeová, pois o domingo é o próprio sábado espiritualmente e moralmente.

De fato, se o adventismo aprofundou-se no estudo da Lei de Deus e descobriu mais profundamente o seu sentido, aproximou-se da doutrina católica, a única protetora perene da Lei de Deus e do seu correto entendimento. Basta lembrar que os opositores da lei, que apareceram no seio da reforma, na sua anomia herética, foram combatidos com a verdade católica.

Os cristãos adventistas especializaram-se no estudo da lei e por isso concordam, sem o saber, com a verdade católica. Enquanto entendem perfeitamente que há um dia de repouso e adoração a ser guardado, e que esse é moral e cerimonialmente parte do mandamento, da mesma forma como ensina a doutrina católica, os demais protestantes tendem a ensinar que não há dia específico para os cristãos cultuarem a Deus, onde tudo seria conveniência. O erro da interpretação adventista se dá apenas na literalidade do sétimo dia como sábado semanal. De fato, o sétimo dia da semana não pode ser entendido moralmente, mas cerimonialmente. Esse ponto não é compreendo pela doutrina adventista, e aí jaz a seu equívoco.

O estudo adventista serviu para sua reforma religiosa, no âmbito protestante, levando os intérpretes e sua denominação a uma luz maior, mas não atingiram o cerne da questão por se oporem à fé católica.

Por ser fruto do seu tempo, a IASD, assim como a senhora Ellen White, suas interpretações miraram os EUA, identificando-o como a segunda besta. A doutrina católica interpreta a segunda besta como símbolo dos poderes infernais que podem se materializar em muitos lugares e nações, de modo a não identifica-los na história como única forma de cumprimento da profecia.

Dessa forma, a besta é símbolo do Império Romano, da Roma pagã da antiguidade, e tem cumprimento secundário no poder que se opõe à Igreja Católica. Assim, de modo alguma a besta poderia ser a própria igreja, mas um poder que se opõe à santa Igreja.

Basta notar que a grande mestra da Lei de Deus é a santa Igreja Católica, que ensina os mandamentos como nenhuma outra denominação. Verifique a beleza e a verdade que estão exarados no catecismo católico sobre a Lei do Senhor, o dia dedicado a honrá-Lo como Senhor criador e redentor do gênero humano. De modo algum poderia ser isso uma “contrafação, um falso sábado”, mas o verdadeiro sábado instituído por Cristo Senhor. Um estudo da teologia do sábado e do domingo demonstra a verdade católica em toda a sua beleza. E responde com profundidade as objeções adventistas.

Ainda, os poderes governamentais, civis, políticos, etc., estiveram sempre em oposição à Igreja. Mesmo nos melhores momentos, os interesses políticos chocaram-se com os religiosos.

Quando o imperador Constantino se converteu e aceitou a fé cristã, ainda que não batizado, tentou imiscuir-se nos negócios da Igreja Católica, sem sucesso, é claro.

Foi também o imperador de persuasão ariana, uma heresia que considerava Jesus como filho criado por Deus.

O concílio de Niceia foi reunido para tratar dessa heresia. O próprio imperador convocou o concílio, já que nesse tempo o papa não tinha ainda todo o poder temporal que veio da ter depois.

Assim, o concílio foi reunido e aprovado pelo papa. A doutrina ariana foi condenada, e a doutrina bíblica de que Jesus é o Filho eterno de Deus, igual ao Pai e ao Espírito em natureza, foi definida, de modo que os hereges foram condenados, e a opinião errônea do próprio imperador foi refutada. Desse modo, vê-se que a doutrina católica tem o ajuda de Deus em favor dos seus dogmas e não das autoridades humanas.

O empenho evangelístico sincero dos adventistas precisa encontrar a boa vontade dos cristãos católicos em mostrar-lhes essas verdades que poderão iluminá-los na busca da verdade.

Então, a mensagem de Apocalipse é encontrada na Igreja Católica, que se opõe aos poderes do mundo, com seu evangelho, com sua moral, com sua benévola influência ao fundar e formar nações na cristandade. Ela tem a mensagem do primeiro anjos, do segundo e do terceiro. É ela a detentora do poder das chaves do reino dos céus (cf. Mt 16, 16-19), é ela a coluna e sustentáculo da verdade (cf. 1 Tm 3, 15), não sendo a própria verdade, mas aquela que o Senhor colocou para ensinar e garantir a verdade que é o próprio Jesus Cristo (cf. João 14, 6) e sua doutrina salvadora (cf. Mt 28, 19-20).

Portanto, é notório que o poder do mal irá com todas as suas forças opor-se à Igreja Católica e ao poder do papado, que é instituído por Jesus Cristo para o ensino do evangelho a nível mundial.

Desse modo, a marca da besta, um símbolo do apocalipse, não pode ser o domingo, já que esse é parte da doutrina cristã, o dia do Senhor ressuscitado, que cumpre o mandamento de Deus. A marca da besta deve ser por definição algo contrário ao ensino católico.

A doutrina católica a respeito do domingo demonstra que o dia de domingo não foi uma criação da Igreja, mas é um dia bíblico, que é aludido no Antigo Testamento, e sua instituição faz parte do evangelho do Senhor para o cumprimento do repouso exigido pela Lei de Deus aos cristãos, e inauguração da nova criação, enquanto preparação para o sábado do reino dos céus.

Enquanto movimento que afirma estar cumprindo a mensagem do terceiro anjo, os adventistas se assemelham a outros movimentos que afirmam cumprir outras características evocadas pelas imagens apocalípticas, segundo o parecer da denominação em questão. Para entender melhor esse ponto, é necessário um estudo bastante profundo da fé católica, como o que está sendo proposto no presente comentário.

A forma como as mensagem dos anjos de Apocalipse 14 é feita é totalmente conforme a interpretação católica. A interpretação sobre a besta, a imagem e a marca da besta também possui razoáveis conceitos para serem guardados pelos cristãos católicos. Quem poderá negar que a Igreja Católica seja a fiel cumpridora dos mandamentos de Deus?

Se o sábado faz distinção entre os cristãos, entre os que guardam o primeiro dia e os que guardam o sétimo, a doutrina cristã mostra que a introdução o sétimo dia como dia de guarda em contraposição ao domingo não é parte do depósito da fé, e que tal prática não deve ser adotada.

Se o selo de Deus é o dia de guarda em sua honra e adoração, então esse é domingo.

A afirmação que o domingo é o dia mais distante do sétimo, pois é o primeiro, é algo curioso. De fato, é o dia mais distante em sua cronologia. No entanto, teologicamente não há qualquer coisa quanto a isso. Também, é natural que o primeiro dia da criação foi seguido pelo segundo, e assim por diante, até o sexto, com a conclusão de tudo pelo descanso de Deus e santificação do sábado.

E, o que é mais interessante, o dia mais próximo do sábado é o domingo, olhando da perspectiva de que o dia do fechamento da semana é seguido o dia de sua abertura.

Desse modo, o sábado do sétimo dia é apenas uma interpretação de um grupo de cristãos, e não pode se contrapor ao dia de domingo.

É preciso entender que:

1.                  O sábado (como repouso moral e espiritual) foi instituído no fim da primeira semana de tempo. Coincidiu com o sétimo dia, dia de repouso e santificação. No entanto, esse dia no tempo não é marcado moralmente no ser humano, de modo que não há como saber sobre ele pelo bom senso, apenas pela revelação. De fato, isso se dá por ser dia religioso e cerimonial.

2.                  Dessa forma, o sétimo dia não é imutável, de modo que não pudesse haver repouso em outro dia. Também não é exigência bíblica que a mudança seja feita por Deus de maneira “direta e explícita”, pois é uma exigência teológica adventista e não bíblica. Muitas mudanças, revelações, desenvolvimentos na doutrina advém de forma mais sutil, indireta, tacitamente.

3.                  O sábado foi dado antes do pecado, mas também foi sombra das coisas futuras, como está em Cl 2, 16 e é admitido por qualquer estudioso que estude profundamente as Escrituras. O sábado (repouso) é moral, e por isso está nos mandamentos, mas sua situação no dia temporal é cerimonial, e foi cumprido por Jesus Cristo chegando ao fim quando esteve no sepulcro.

4.                  A lei do sábado é primária e original, imutável e eterna, por ser moral. Poderia ter permanecido para sempre no sétimo dia, como poderia ser mudado em dispensações para outros dias, de modo que o repouso sempre fosse cumprido. A doutrina bíblica mostra que o primeiro dia foi o dia que seguiu o dia de sábado no Novo Testamento.

5.                  O sábado e moral e também cerimonial, de modo que está na Bíblia na expressão “meus sábados”.

6.                  O dia de sábado foi definido, mas também é possível que seja apenas proporção e tempo, por não ser moral. Assim, é possível celebrar um fato em qualquer data, desde que se intencione comemorar o verdadeiro acontecimento. O domingo não foi um dia escolhido aleatoriamente, mas aperece no Novo Testamento já sendo guardado pelos cristãos, e isso continuou sem mudança na história da Igreja. Não é verdade que até o ano 150 os cristãos não guardavam o domingo, mas o sábado. Basta ler o Novo Testamento para perceber a prática no primeiro século.

7.                  Jesus cumpriu a lei. O que permanece é sua parte moral.

8.                  O sábado foi cumprido na cruz, fim da criação, e o domingo instituído como dia da nova criação.

9.                  O padrão de julgamento é sempre moral, e o dia definido no tempo não cumpre esse requisito.

10.              O dia do Senhor de Apocalipse 1, 10 é o domingo. Caso fosse o sábado, isso destoaria de toda a interpretação que foi feita depois sobre essa passagem, como se a mesma ficasse desconhecida do segundo século em diante, o que é um contrassenso.

11.              O texto de Isaías 56, 1-2 expressa a guarda do sábado sem profana-lo e não praticar más ações, o que é cumprido fielmente na observância do domingo. E em 1 Pedro 1, 5 é referida a salvação que há de manifestar-se nos últimos dias.

12.              O sábado na nova criação, assim com as nações vindo a Jerusalém, a lua etc., está na linguagem que o antigo testamento utiliza para falar das bênçãos futuras, o que não é prova de que o sábado do sétimo dia permaneceu imutável e assim será eternamente.

Dessa forma, a força da interpretação sobre o sábado está no seu aspecto moral, que é eterno.

O castigo dos adoradores da besta. O aniquilacionista afirma que no início do milênio a besta e o falso profeta serão destruídos. Na interpretação adventista ambos não são pessoas, mas poderes, instituições. Isso já é problemático. Eles são jogados vivos nesse lago de fogo, o que denota que são pessoas. Se são poderes, isso se refere aos ímpios que estão exercendo tais poderes. De alguma forma, há implicação de tormento eterno.

Duração do castigo. O lugar do fogo não se refere à terra inteira em si, mas ao lugar espiritual denominado lago de fogo e enxofre. Portanto, a terra será renovada na vinda de Jesus Cristo pelo fogo, mas não é tal fogo o que queimará os ímpios no castigo eterno no lago de fogo. Um é o fogo da renovação do universo, e outro o do castigo dos ímpios. O da renovação da terra cessa assim que a terra é renovada. O do castigo não cessa. A interpretação adventista erra nesse pormenor.

Que o leitor veja qual Igreja é mais zelosa no ensinamento dos dez mandamentos, e o verdadeiro significado de cada mandamento, principalmente o referente ao dia de guarda em honra do Senhor, em consonância com o ensino bíblico e aquilo que está na teologia em todos os séculos da Igreja.

A promessa de uma bênção. Essa passagem é dificílima para que não acredita na imortalidade da alma. De fato, há uma bênção para os que “desde agora, morrem no Senhor”. Os adventistas entendem que desde o tempo da mensagem recebida no século 19, os que morrem no Senhor são bem aventurados porque serão ressuscitados quando Miguel se levantar, por não passarem pela tribulação com os 144.000, escapando do perigo, tendo a mesma recompensa daqueles que passagem pela grande tribulação. Deverão ressuscitar, com corpos mortais, esperando Cristo vir para glorificar a todos, o que é desconhecido em toda a Escritura. De fato, a Bíblia afirma que todos juntos serão ressuscitados, de uma só vez, quando Jesus Cristo vier para julgar os vivos e os mortos (Dn 12, 7; Ap 1, 7). Não se trata de outro evento, mas do único, o da ressurreição para o juízo final.

Essa engenhosa explicação não condiz com o tema do Apocalipse. De fato, os que desde agora morrem no Senhor, ou seja, desde a vitória de Jesus Cristo, são bem-aventurados, pois já podem participar com Crista no reinado celestial. Esses são, portanto, todos os salvos após Cristo, pois os anteriores não podem ter tal privilégio antes do calvário.

Se os símbolos da besta, do selo, da imagem e da marca da besta são identificados claramente na interpretação adventista, e são símbolos dos poderes do mal, na interpretação católica, o que atrai as mentes, é também claro que a doutrina católica oferece razões que o adventismo não consegue refutar. Que o leitor cresça na fé ao estudar a Bíblia.

Gledson Meireles.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário