Será que o ser humano é essencialmente pó e cinzas?
Diferentemente de Deus e dos anjos, o ser humano é
formado da terra, mortal, e portanto volta ao pó da terra, é pó e cinzas. Isso
não afeta em nada a doutrina da imortalidade da alma, já que se refere à separação
da alma e do corpo, o que não acontece com Deus e com os anjos.
A doutrina católica não ensina que o homem é uma alma
imortal presa em um corpo mortal, pois isso é doutrina grega, da filosofia platônica,
e não a doutrina cristã. A doutrina católica ensina que o homem é formado de
corpo e alma, uma única natureza, mas que é possível a separação dessas duas
partes, constituindo a morte.
O que ocorre no Salmo 119, 25 onde a alma está apegada ao pó e no Salmo 7,5 onde, segundo o livro mortalista a alma é sinônimo de de vida e pó nessa passagem, o que não parece estar correto, já que o paralelismo é alma, vida e honra. Por isso, é dito que a honra, algo imaterial, que é concebível apenas no pensamento, já que não se pode ver a honra em si e nem manuseá-la, a honra é lançada no pó. Uma linguagem metafórica que não diz nada contra a imortalidade da alma, mas apenas diz da mortalidade e fraqueza humana.
Pegar a alma, jogar a vida na terra, e a honra no pó, é a ideia do Salmo 7,5. O livro mortalista frisou erradamente alma, vida é pó, quando deveria ver alma, vida e honra que são pegas e lançadas no pó. Tomar a alma, ação relacionada à alma, ou seja, à vida da pessoa, pisar a vida, outra ação contra a vida, lançar a honra no pó, uma ação contra a honra, tudo indicando a ação contra a pessoa em diferentes ângulos. Nada que beire a negar a imortalidade da alma.
Gledson Meireles.
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