Como estamos nos
aproximando do dia de todos os santos, e, assim, do dia em que os protestantes
comemoram o dia da Reforma Protestante, que é véspera de todos os santos,
pensemos um pouco nos pilares da reforma. Uma pregação do pastor Hernandes,
presbiteriano, servirá para algumas reflexões.
Quem ler esta página
convide os protestantes reformados a ler os artigos que tratam da doutrina
reformada.
Tratando dos pilares da
Reforma, e dos cinco pontos do calvinismo, quem ler terá maiores meios para
comparar essas doutrinas com a Bíblia, e com o que a Igreja Católica ensina.
O que os protestantes
querem dizer quando falam dos cinco solas? Vejamos o que o pastor ensinou sobre
isso, na pregação de ontem.
Algumas afirmações: o
cristianismo estava puro até o tempo de Constantino. Então, pessoas de várias
religiões convertiam-se ao Cristianismo não como verdadeiros convertidos, mas
para receber as benesses do Estado.
O papado começa
historicamente com o papa do ano 607, no tempo do imperador Focas. O pastor
sugere ler O papa e o concílio, de Rui Barbosa.
Afirma que a Igreja
começa a se desviar do caminho, do evangelho, da pureza e começam o que chama
de “heresias”: culto aos mortos, imagens de escultura, purgatório,
confessionário, missa, transubstanciação, culto a Maria, culto aos santos,
etc., etc.
Resumo dos pilares, as
bandeiras da Reforma:
Sola
Scriptura – autoridade da Bíblia, não da tradição, etc.
Sola
Fide – causa instrumental para receber a salvação.
Sola
Gratia – dom imerecido de Deus. Ao invés do juízo a misericórdia
de Deus.
Solus
Christus – somente Jesus Cristo, não a Igreja, não Maria, não
o papa.
Soli
Deo Gloria – a Deus toda a glória, não dividia com
ninguém.
Então, os solas estão pregando contra doutrinas
católicas. Os solas em si são
católicos, e há meio de entendê-los de forma católica, mas o que eles têm
de consequência no Protestantismo é que doutrinas católica são negadas:
Com o Sola Scriptura nega-se a autoridade
infalível da tradição e da Igreja.
Com o Sola Fide nega-se o valor das obras na
salvação.
Com o Sola Gratia nega-se radicalmente que o
homem faça qualquer coisa para ser salvo.
Com o Solus Christus nega-se o culto aos
santos, e a necessidade da Igreja como Corpo Místico de Cristo.
Com o Soli Deo Gloria nega-se a glória a
qualquer criatura, imaginando Maria, os santos, a Igreja, etc.
É um resumo imperfeito,
mas pode-se afirmar que essa é a tônica da pregação protestante. Assista o
vídeo. Podemos dialogar a crescer na fé.
No próximo artigo vamos
refletir um pouco mais esses aspectos da Reforma Protestante, como eles
funcionam na prática. Depois veremos como podem ser entendidos de forma
católica.
Com isso será mostrado
que não houve codificação de inovações cultuais e doutrinais acumuladas na
Idade Média, como afirmou Michael Horton, mas a definição de verdades já
estabelecidas, reveladas na Bíblia, desde os tempos dos apóstolos.
Isso mostra que as
verdades definidas no Concílio de Trento não eram novas, com o reconhecimento daqueles
que discordavam delas.
Mostra que eram doutrinas ensinadas e liturgia praticada na Idade Média, que por sua vez remontavam à antiguidade, nos tempos dos primeiros padres da Igreja, e por fim aos apóstolos e à Bíblia.
Gledson Meireles.
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