Muitos leem esse verso
como se o mesmo não tivesse ligação alguma com os demais versos da passagem.
Agem como se o versículo 13 não se interconectasse com o 12 e nem com o 14,
como se o 12 não desenvolvesse o tema do 11, e o 14 não fosse continuado pelo
15. Ou seja, o contexto parece não existir para alguns.
Como cristãos
católicos, lemos a Escritura como ela é. O que o verso diz:
“Pois é Deus quem opera em vós o querer e o operar, segundo a sua vontade.” (Filipenses 2,13)
Portanto, é Deus mesmo
que nos coloca no coração o que percebemos. O que queremos é o que Deus quer. E
é Deus mesmo que nos faz agir como agimos. Nossos atos são atos de Deus, tudo
feito conforme a Vontade dEle. Entendeu a passagem? Obviamente, só até esse ponto.
O resto da mesma está no contexto, que é Palavra de Deus igualmente.
Todo o contexto gira
entorno dos salvos, dos cristãos que estão sendo exortados a obedecer, a
purificar-se, a ser santo. Por isso, não
se pode afirmar absolutamente o que o verso afirma, como se fosse algo
desligado do contexto onde ele está.
Por exemplo, quando
alguém peca, não está fazendo o que Deus quer, nem pensando conforme Sua
vontade. Esse pensamento pecaminoso e esse ato não foi operado por Deus. E toda
a passagem confirma isso, pois afirma apenas o que está conforme a moral
cristã, ensinada por Jesus.
Façamos apenas uma
pequena análise dos versos 12 e 14 a 17.
O verso 12 afirma que “sempre
tendes obedecido”.
O verso 14 ensina a
fazer tudo sem murmurar e reclamar.
O verso 15 afirma que
isso é, em resumo, para nos tornar santos.
O verso 16 expressa a
esperança da salvação dos cristãos filipenses no dia da volta de Cristo.
Dessa forma, isso fica
claro que o agir de Deus no coração é para que sejamos irrepreensível, puros,
filhos de Deus. É o auxílio para cada um operar a própria salvação com temor e
tremor.
Usar esse verso
isoladamente, como se fosse um princípio bíblico de que todos os pensamentos
dos homens fossem operados por Deus, assim como seus atos, é ensinar algo que
não há nas Escrituras, é usar um verso e introduzir nele um sentido alheio e
errôneo.
Gledson Meireles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário