A Igreja de Sardes
O bispo de Sardes está
em heresia e pecado mortal. Espiritualmente está morto. Sua autoridade
apostólica está enfraquecida, quase que anulada por sua condição espiritual. As
obras que pratica são imperfeitas, portanto pecaminosas. Jesus o exorta a
voltar à verdadeira doutrina, à conversão. (Ap 3,2) A Igreja de Sardes está em
uma situação deplorável.
Como continua em sua
posição apostólica, Jesus afirma: “Tens em Sardes algumas pessoas que não
contaminaram suas vestes”. (v. 4) São fieis que estão em comunhão com Deus, ao
contrário do seu bispo. Mas estão sob a autoridade do bispo. É importante esse
fato.
A situação de Sardes é
a mais terrível até o momento, pois o próprio bispo está contaminado na
doutrina e na prática. E muitos da igreja, naturalmente, talvez a maioria, estão
seguindo a heresia do bispo. Deve ele então voltar aos ensinos anteriores, e
praticar a verdadeira doutrina. Isso mostra que em Sardes muitos estavam sob a
liderança de um bispo herege, mas Cristo não o destituiu. Pelo contrário,
chamou-o à conversão e ao governo do que ainda sobra de positivo, para não
deixar morrer o que ainda está vivo. Lembremos que o anjo de Sardes está ainda
nas mãos do Senhor.
É importante notar que
ainda em um cenário de geral intromissão da heresia, alguns permanecem no
interior da igreja e conforme o verdadeiro Evangelho: não se contaminam. E,
além desse caos espiritual, esses não saem da Igreja para formar outra
denominação, e nem o contexto insinua essa possibilidade nem a permissibilidade
de tal coisa.
A Igreja de Filadélfia
Jesus
diz ao bispo de Filadélfia: “Conheço as tuas obras: eu pus diante de ti uma
porta aberta...” (Ap 3,8) Essa porta pode ser entendida como o sucesso na
pregação do Evangelho, com precioso resultado de conversões. A igreja de
Filadélfia é fiel à Palavra e ao Nome de Jesus. (Ap 3,8)
“Eu te entrego adeptos
da sinagoga de Satanás, esses que se dizem judeus, e não o são, mas mentem.”
(Ap 3,9) Provavelmente são cristãos de origem gentia, mas judaizantes. Estão
espalhados em muitos lugares.
Jesus entrega adeptos
da seita ao bispo de Filadélfia. Essa entrega mostra que se tratam de membros
hereges daquela comunidade, que em heresia não submetem-se ao bispo. Esses
foram entendidos por muitos como os judeus de Filadélfia, que converteriam-se
ao Evangelho. Assim, a sinagoga ali presente iria professar sua fé em Cristo a
partir da pregação dos cristãos. Mas o texto afirma: “esses que se dizem
judeus, e não o são”. Não se trata de judeus, mas de supostos e falsos judeus.
Esses são parte do
grupo de mesma doutrina, certamente, que foi mencionado em Apocalipse 2,9:
“daqueles que se dizem judeus e não o são; são apenas uma sinagoga de Satanás.”
Agora afirma o mesmo: “que se dizem judeus, e não o são, mas mentem”.
Como dito no estudo acima,
essas heresias espalharam-se por todas as cidades, e parece muito disseminada e
conhecida na região da Ásia Menor. Tanto em Esmirna como em Filadélfia fala-se
desses pretensos judeus.
E em profunda atitude
de veneração, virão os convertidos das falsas doutrinas prostrar-se aos pés do
bispo de Filadélfia, reconhecendo a santidade da igreja de Jesus ali presente:
“farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei”. Essa atitude
revela a autoridade do bispo, e a aprovação de Jesus para expressões de
veneração a ele, que é Seu ministro. Isso significa que em determinado momento
reconhecerão que aquela igreja é amada por Jesus, é a igreja de Jesus, e
reconhecendo isso virão humildemente, prostrados diante da autoridade legítima
que está em Filadélfia, que é o anjo daquela igreja, cumprindo a Vontade de
Jesus. O prostrar-se diante do bispo é uma expressão de veneração e
reconhecimento da sua autoridade.
De fato, pelo amor à
igreja de Deus reconhece-se o mesmo Deus. Por virem “prostrar-se” aos pés do bispo,
o fazem por reconhecerem ser ele o representante de Jesus. Por isso Jesus diz: “e
conhecer que eu te amei”.
Gledson Meireles.
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