sábado, 3 de maio de 2014

Comentário


Comentário das palavras do Reverendo Anatote Lopes:

Peço que, o reverendo, e a todos os leitores, em Cristo, tenha a paciência de refletir um pouco o que está comentado abaixo:

O reverendo Anatote Lopes não percebeu que critica algo ilusório. A Igreja Católica reconhece, define e canoniza aqueles que mostraram os frutos de santidade que somente Deus poderia dar. Ao fazer isso, apresenta um exemplo de santidade no seguimento de Jesus. E o motivo é para que os santos vivos sejam edificados e vivam a santidade. Portanto, não existe qualquer sentido em acusar o sepultamento ou transformação da santidade em memorial como se estivesse separada da vida cotidiana dos cristãos vivos. Pelo contrário, é para nós que o memorial é endereçado, para que vivamos o chamado à santidade.

Por essa razão afirmo a verdade: ninguém pode ser santo depois da morte no sentido da santidade útil ao povo devoto como acreditam os papistas.

Que “sentido de santidade útil ao povo devoto” é esse¿ Aliás, essa afirmação não está acompanhada de prova, e por enquanto é gratuita.

Quando uma tradição cristã diz que uns são santos e os outros não, está dizendo que uns são verdadeiros e os outros são falsos cristãos

Nesse momento há algo verdadeiro. Por isso, é preciso saber que a Igreja Católica não considera santos somente os que foram e estão canonizados, mas a todos os que têm fé e seguem a Jesus Cristo.

uns são santos no mundo e os outros não vivem em santidade, conseguintemente e infelizmente endeusam os que julgam ser obedientes, por terem conseguido algo que não é para todas as pessoas.

É deplorável esse entendimento. E o autor ao criticar essa falsa atitude está fazendo um bem, e está em concordância com a Igreja Católica.

A canonização de um santo não tem base bíblica e nem lógica,

Eis mais uma afirmação sem prova.

primeiro porque sabemos que ela não tem autoridade para tornar uma pessoa santa,

Agora, uma afirmação equivocada. Alguém pode dizer: o papa João Paulo II vai tornar-se santo no dia 27 de abril! Mas, tornou-se ele santo naquele dia, ou já o era antes em vida¿ É óbvio que a última alternativa é a correta. É bastante pueril, e revela profundo desconhecimento da doutrina católica sobre o assunto. É triste ver alguém criticar isso, não pelo fato de fazer a crítica, mas quando uma vez esclarecido não mude sua opinião e corrija-a publicamente, ou volte a criticar da mesma forma. Espero que haja mudança.

Se por um lado reconhecer que uma pessoa viveu em santificação é necessário, é bom para nos lembrar o mandamento do Senhor, para nos estimularmos a nós mesmos a viver em santidade como os santos que são exemplos que, apontam para Cristo (Fl 3:17; I Co 11:1; Ef 5:1),

Nesse ponto, o autor toca a verdade. É essa a base bíblica que a Igreja Católica tem para apresentar os exemplos de santidade a todo o povo de Deus. Mas, como é comum no Protestantismo, toca-se na verdade e passa-se despercebidamente como se não tivesse nada ocorrido, e continua a crítica em pressupostos anteriores e fora dela.

por outro lado, as canonizações se fundamentam em estórias, lendas e crendices do povo que, faz dos santos deuses ou semi deuses,

Não é bem assim. O povo aclama o santo, mas há os sinais que identificam que verdadeiramente é santo. É tais sinais estão biblicamente exarados.

atribuem-lhes poderes exclusivamente divino como por exemplo: o poder de conhecer todas as coisas (onisciência)

Somente num muito mal-entendido!

o poder de fazer o que bem quiserem e atender às súplicas do povo e de indivíduos por milagres (onipotência)

Outra inverdade. Se alguém assim acredita, não é da Igreja que está recebendo o ensino.

e estarem presentes nos diversos continente ouvindo e socorrendo às orações do mundo católico (onipresença).

O mesmo dos anteriores.

A santidade não pode ser transformada em uma instituição, oficio, honraria ou qualquer coisa distante da piedade popular, do povo comum, apresentada como um sacrifício humano e uma exceção ou que se faça com ela uma confusão e distorção do verdadeiro culto que deve ser prestado somente a Deus.

Essas palavras têm o sentido que a Igreja Católica ensina. Mas, o autor está cônscio de que a santidade não é dada a todos, e que ser santo sempre será características dos servos de Cristo. Portanto, o mundo continuará a ver a santidade como algo em “exceção”, e não o normal da vida. É normal ao cristão, mas não ao mundo.

Outro ponto é o culto dos santos. Esse nada mais é que a homenagem da Igreja aos servos de Deus, num culto todo voltado à adoração única devida a Deus.

A santidade está na graça de obedecer a Deus vivendo o aperfeiçoamento em santidade.

O autor não crê, ao certo, que indistintamente todo professo cristão viva isso. É óbvio que os verdadeiros e sinceros cristãos o façam, mas é igualmente verdadeiro que há exemplos notáveis. Esses são apresentados nas listas dos santos para exemplo, conforme a Bíblia.

Ser um santo não é uma benção realizada por um ato canônico político religioso de um colegiado de políticos eclesiástico (sic),

E não é mesmo. Ninguém no Catolicismo, que esteja devidamente esclarecido, assim o crê.
 
Gledson Meireles.

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