Podemos afirmar sobre a Eucaristia, baseado na História da
Igreja, do historiador protestante Williston Walker, que a eucaristia já era chamada
assim desde o primeiro século, e que o nome foi gradualmente significando a
própria ação de graças na ceia do Senhor, depois toda a liturgia e, por fim, o
próprio pão consagrado. Nos primeiros séculos o sentido que os cristãos haviam
aprendido era claro, não houve debates ou especulações, que só começaram a
existir na Idade Média e na Reforma Protestante, que deram lugar à
sistematização e racionalização. Mas, a eucaristia era uma “metáfora viva”, diz
o historiador, e os cristãos percebiam o próprio o alcance da realidade em
outra, ou através de outra, ou seja, a realidade do Corpo e Sangue de Cristo
através da liturgia eucarística. Para afirmar isso, o historiador parte da
concepção bíblica da comemoração, onde se participa do evento, e não apenas faz
memória dele. O desenvolvimento da doutrina viu a ação da igreja coincidindo
com a realidade. Esse estudo tem em vista o segundo e o terceiro século,
aproximadamente.
Partindo dessa compreensão cristã primitiva, como mostrada na
história, a explicação por meio do termo transubstanciação traduz bem o sentido da eucaristia como realidade
e símbolo ao mesmo tempo.
Gledson Meireles
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