A Ordem
Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta
está em contenda com a Santa Sé. Achei oportuno comentar que essa posição, de uma
ordem católica, reconhecida há séculos, com praticamente mil anos de
existência, recusando-se a obedecer as ordens do papa, ainda que por motivos
alegadamente de natureza puramente jurídica, serviria como prova contra o papado
segundo o modo usado pelos protestantes.
Como a
questão envolve, ainda que de maneira secundária, uma questão de moral (e a
Igreja é responsável pela pureza da fé e da moral), a posição da ordem estaria,
pelos arrazoados protestantes contrários ao primado de Pedro, “provando” que o
papado não existe, ou que não possui o governo soberano na Igreja, pois do
contrário uma ordem crsitã católica não se atreveria a desobeder as ingerências
do papa e, ainda, alegar sua soberania histórica contra a interferência da Santa
Sé, com base no direito internacional.
Pelos
princípios que regem o debate católico e protestante a respeito do papado, esse
exemplo funcionaria como exemplo de inexistência do poder papal no século XXI,
não?
Gledson
Meireles.
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