sábado, 17 de agosto de 2024

Livro: Teologia e Prática da Igreja Católica Romana, de Gregg Allison

Segue refutação do estudo e avaliação de Gregg sobre a doutrina da encarnação e imaculada conceição

A doutrina da encarnação e a doutrina da imaculada conceição: “ele foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da virgem Maria”. (seção 2, capítulo 2, artigo 3).

O autor protestante reconhece que a Igreja Católica fornece a estrutura histórica para a doutrina evangélica da encarnação. No que diz respeito ao lado humano da encarnação há divergência entre a teologia católica e a teologia evangélica, diz Gregg. Os protestantes contestam praticamente todos os ensinos do Catecismo da Igreja Católica sobre a virgem Maria.

Os pontos em comum seriam o reconhecimento e gratidão pelo papel “singular”  (ênfase acrescentada) da virgem Maria na encarnação de Jesus. Reconhecem que Maria é a theotokos (portadora de Deus).

Também, o exemplo por excelência da fé e obediência da virgem Maria, e “sofrimento pessoal associado à vida e ao sofrimento do seu filho”.

E, por fim, os protestantes consideram a virgem Maria bem-aventurada por causa da obra de Deus feita nela e “por meio dela, a favor de todos os seres humanos”.

Essas doutrinas que Gregg afirma que estão em comum entre católicos e evangélicos, e que são a pura verdade da Escritura, certamente não serão aceitas por todos os protestantes, como é de se esperar. Ainda mais, nos termos importantes que Gregg as apresentou. De fato, pela sua leitura do Catecismo há algo que certamente o influenciou e o convenceu a aceitar essas verdades.

O papel singular de Maria, a excelência da sua fé e seu sofrimento associado a Cristo e sua bem-aventurança onde Deus através dela também fez a todos os seres humanos. De fato, é comum que o protestante negue qualquer afirmação do papel singular de Maria na encarnação, que desconheça e que também negue seu sofrimento associado a Cristo e que negue qualquer obra de Deus nela em favor de todos os seres humanos. São doutrinas bíblicas, mas que o ranço antimariano faz o leitor protestante combater as noções que advém atém mesmo dessas palavras. Pois bem. Maria teve fé singular de fato. Maria sofreu com Jesus. Deus pôs Sua graça de forma grandiosa sobre ela, e por meio dela, essa graça atinge a todos os seres humanos, pela graça de Cristo Jesus.

Dificilmente se encontram essas afirmações na teologia protestante. É um passo digno de nota mais próximo da verdade que os protestantes estão dando.

Agora, vejamos as quatro discordâncias. Se há protestante que critica mesmo as concordâncias, estão praticamente unidos quanto às discordâncias que se seguem.

A predestinação de Maria e sua livre cooperação e ao desígnio divino de apresentear Maria como a nova Eva. Então, a doutrina da virgem Maria como segunda Eva é considerada exagerada e sem fundamento. É impressionante.

De fato, o protestante com o seu Sola Scriptura procurará a analogia direta e explícita da virgem Maria como antítipo de Eva. Não a encontrando assim, afirma  que não existe. Também, não consegue encontrar sinais dessa aproximação. Conclui que não tem fundamento.

No entanto, a partir de Cristo é possível entender que a Mulher associada a Ele na graça é coloca virtualmente em toda a Escritura Sagrada como Eva era aproximada a Adão no pecado. Essa simples constatação é compreendida por qualquer estudioso da Escritura. É muito natural, se torna claro e compreensível. Não há nada contrário a esse pensamento na Bíblia, e a razão assim iluminada pela fé, comprova a analogia. Desse modo, caro leitor protestante, repense sua oposição a essa doutrina, pois não há motivo de negá-la.

Tudo o que acontece é por obra de Deus, em Sua soberania, em Sua providência. Maria foi eleita para ser a mãe do Messias. O anjo Gabriel anunciou a encarnação de Jesus e Maria respondeu sim, dizendo: Faça-se em mim segundo a vossa palavra. Por isso, o Catecismo interpreta esse fato como ocorrendo segundo a vontade de Deus, que predestinou Maria. Não se pode negar nada dessa constatação. Ainda assim, o protestante é levado a negá-la, sem fundamento.

Quando se reconhece que Deus predestina indivíduos para a salvação e para um serviço específico, mas nega que haja algo de notável na predestinação de Maria, para que o autor não conseguiu ficar no foco da questão. É o mesmo ato de Deus, o de predestinar, que está sendo observado. É algo de grande importância para a humanidade, a encarnação do Filho de Deus. É uma obra que elege uma virgem para ser a mãe do Filho do Altíssimo. Essa obra por si só é notável. Ao predestinar Maria para tamanho acontecimento, a Bíblia mostra que se trata de algo notável na vida dessa jovem, de modo que a própria ficou surpresa com a saudação do anjo e refletia sobre suas palavras. Negar essa notabilidade na predestinação de Maria, essa importância, é algo gratuito, não tem fundamento bíblico, nem no bom senso.

Entendendo a economia de Deus, a Igreja em todos os séculos, refletino a Sagrada Escritura, afirma que: “Maria “sobressai entre (esses humildes e pobres do Senhor que dele esperam e recebem com confiança a Salvação. Com ela, finalmente, excelça Filha de Sião, depois de uma demorada espera da promessa, completam-se os tempos e se instaura a nova criatura” (CIC, número 489).

Gregg critica que o Catecismo chame Maria de “exaltada Filha de Sião”. Mas isso é muito pueril. De fato, no contexto inteiro, ao comparar Eva, Sara, ana, Débora, e outras santas mulheres, afirmar que Maria se sobressai entre elas, como humilde e pobre do Senhor (entre os humildes e pobres do Senhor), chega-se a Cristo, que nasce dessa “excelsa Filha de Sião”. É algo bíblico, notório, plausível, claro,  racional, e não há nada que fundamente dizer que se trata de exagero afirmar que das santas mulheres a virgem Maria foi excelsa, exaltada. A própria Escritura afirma isso, quando diz que Jesus é o bendito fruto do ventre de Maria, e que a virgem Maria é a bendita entre as mulheres. Portanto, não concordar com essa afimação bíblica do catecismo sobre a exaltação de Maria é algo igualmente que devia ser pensado pelo leitor da Bíblia.

Também, o teólogo mostra que o Catecismo deixa entender que o cumprimento do longo tempo de espera se cumpre em Maria. No entanto, o Catecismo afirma que “com ela” esse tempo chega à sua plenitude. Com ela, diz o Catecismo, completam-se os tempos. Isso é óbvio, pois o parágrafo está falando de Maria, e quando o texto bíblico é citado, a teologia católica entende perfeitamente que se trata da encarnação de Jesus nascido de Mulher, cumprindo a plenitude dos tempos. Assim, em Jesus é que se dá o cumprimento. Com Maria, pois ela é a Mulher da qual nasceu Jesus. É simples o ensino do Catecismo, não tendo nada a ser objetado.

O teólogo protestante tenta conciliar duas coisas: ele concede e admite as verdades do Catecismo, mas ao mesmo tempo apresenta a teologia protestante, ainda que essa não tenha razões para refutada nada do que foi dito.

Por exemplo, ele admite que a predesntinação de Maria foi singular, ou seja, especial, com uma característica muito importante, para um papel sublime, como foi tratado acima. Mas nega que há algo notável. Por um lado, aproxima-se da teologia católica ao reconhecer a verdade, a por outro usa a negação protestante ficando do lado reformado, embora as duas afirmações sejam únicas, pois uma vez que se considera o singular papel de Maria também se reconhece que sua predestinação é notável, é admirável por sua associação na vidad de Jesus como sua mãe. Não é possível negar isso biblicamente nem racionalmente.

O autor então admite que Maria foi profeticamente anunciada etc., mas critica que a teologia católica parece enfatizar algo logo de imediato, colocando em ênfase e associação a condição e Maria e a sua predestinação. E nega a livre cooperação e Maria, por entender que refutou o axioma natureza-graça. Negando o livre-arbítrio, nessa livre cooperação de Maria, o protestante cai em mais erros ainda.

Quando se diz também que não há respaldo bíblico para entender Maria como a segunda Eva, como toda a tradição cristã sempre enfatizou, o leitor protestante está tentando encontrar na Escritura algo explícito, claro, uma comparação feita nas passagens bíblicas, assim como é feito entre Adão e Cristo. No entanto, o que o leitor protestante não está compreendendo, é que essa leitura bíblica é feita em Cristo, nessa mesma analogia de Adão e Cristo. Se no proto-evangelho a semente (Jesus) da mulher (Maria) esmagará a cabeça da serpente (Satanás), então na figura de Eva pode-se vislumbrar Maria. É algo claro, que o teólogo protestante, seguindo a estrutura de pensamento reformado, não consegue entender. E, também, não tem como refutar, não podendo apresentar nenhuma passagem bíblica que torne a leitura católica um erro, ou algo não plausível. De fato, toda a Escritura mostra que a doutrina e bíblica. O mesmo paralelo bíblico de Jesus como segundo Adão é apenas tornado claro, iluminando a figura de Maria, completando o paralelo implícito da mesma como segunda Eva. É algo que vem à luz ao entender essa verdade sobre Jesus Cristo.

Assim, rejeitar a exposição católica da predestinação de Maria e seu consentimento que mostram ser ela a mulher que associou-se ao segundo Adão, e isso pela vontade de Deus, essa rejeição não é uma postura bíblica. Se Cristo é o segundo Adão, fica praticamente inevitável entender em toda a economia divina que Maria é a segunda Eva.

Como o protestante pode crer que não há nada de notável na predestinação de Maria para ser mãe de Jesus.

Quanto ao cumprimento depois do longo período de espera, que se cumpre em Jesus, a teologia católica, à luz dessa verdade, mostra que por essa verdade está também a participação da virgem Maria, mãe de Jesus.

Ao que parece, Gregg Allison entende que a preparação da virgem Maria para que respondesse à missão de ser a mãe do Messias devesse ser pela imaculada conceição. Veja o que teólogo protestante afirma: “Conforme dissemos acima, o consentimento de Maria à predestinação divina a fez cooperar livremente com o plano divino. Contudo, para que Maria concedesse sua aprovação, ela tinha de ser preparada...”. Não é isso que diz a doutrina católica. O Catecismo afirma que ela tinha que ser totalmente movida pela graça de Deus. Não afirma que essa cooperação só seria possível pela imaculada conceição. Mas Gregg afirma que um elemento fundamental nessa preparação foi a imaculada conceição, e afirma que nisso a teologia evangélica discorda. Certo.

No entanto, há três problemas relacionados entre si. O primeiro que é a explicação de Gregg Allison está equivocada. Segundo, que parte desse equívoco leva à negação da doutrina. Terceiro, como bom protestante, ele nega a imaculada conceição de Maria. A capacitação de Maria para dar seu consentimento não exige a imaculada conceição, segundo a doutrina católica. Se o protestante entendeu que há essa exigência, que saiba ser uma interpretação errônea do que ensina o Catecismo.

De fato, a graça capacitou Maria a dar o seu consentimento. O que a doutrina católica ensina, de forma mais ampla, é que Deus preparou Maria sem o pecado porque isso convinha mais à dignidade de Cristo, que é Deus, é que seria no mínimo estranho ser gerado em uma criatura que comete pecado. A natureza de Maria é a mesma de toda a humanidade, em seu direito, e foi salva pelo sangue de Cristo, de modo que nasceu na amizade com Deus, justificada. Não há qualquer dificuldade de entender a doutrina, e está toda conforme a revelação bíblica.

Também, o leitor protestante precisa entender que a Igreja Católica não interpreta Lucas 1, 26-38 como se a passagem se detivesse em Maria. De forma alguma. Ali está a narrativa de como se deu a anunciação, e Maria é um elemento importante nesse conteúdo todo. O que o Catecismo faz é explicar o papel de Maria nessa passagem, e não torná-la o foco da questão. O núcleo é Jesus Cristo. Maria é importante por ser um meio, digamos, em todo esse processo querido por Deus.

A citação de Beverly Gaventa observa que há um contraste entre a apresentação a Maria e aquela apresentação a Isabel e Zacarias. Não diz o texto sobre a retidão de Maria e nem sobre sua fidelidade à Lei ou sua família de origem. Não há qualificações. Cita Joel Green que tem o mesmo raciocínio. Afirma que é digno de nota a falta de menção sobre ser digna de honra como outros personagems de Lucas 1 e 2.

Então, isso significa que não devemos atribuir papel exagerado a Maria? Ou significaria que ela é menor. De fato, de outros personagens é citada sua justiça, sua observância à Lei, sua origem. De Maria não é dito nada. O que concluir, se tivermos essas observações em consideração? Que Maria era até menor que os demais. Talvez não fosse boa observadora da Lei? Não fosse suficientemente digna em termos humanos comos os outros? Parece isso ser a observação dos protestantes citados.

No entanto, essa singularidade, pelo contexto geral, manda a mente cristã iluminada pela Palavra de Deus a outra direção. Essa mulher, da qual não se diz muita coisa, mas o que é dito é de garnde relevância. De fato, a humildade de Maria transparece em toda a cena. A sua fé, a sua entrega, a sua obediência. O modo como é chamada pelo anjo celestial, que não diz seu nome, mas a chama por um título, o que não é encontrado em nenhuma outra passagem em referência a ninguém mais. Portanto, as observações protestantes que tentam evitar “exageros” tendem a levar à minimização de Maria e ofuscar a mensagem bíblica geral sobre a mesma. Os protestantes que quiserem manter-se na estrada reta de compreensão da Bíblia, devem fazer como santa Isabel, curvar-se diante da mãe do Senhor e reconhecer-se honrada demais ao receber sua visita.

O leitor deve estar notando a tentativa de Gregg de mostrar a posição protestante como se a mesma foi correta, mas ao passo que a avaliamos ela se mostra bastante equivocada em todos os pontos de discordância.

Quando Maria diz “cumpra-se em mim”, de fato a teologia católica não diz que essa frase tem caráter imperativo, como se Maria mandasse, não está expressando nenhuma autoridade ao anjo Gabriel nem a Deus, longe disso, mas está totalmente movida pela graça divina, na total submissão da vontade de Deus, na humildade da Sua serva, de modo que ela escolheu o melhor. Também aqui a teologia protestante não compreende bem a teologia católica e equivoca-se ao distanciar-se do catolicismo. O entendimento dessa questão é correto por parte de Gregg, onde Maria expressa seu desejo de se submeter à vontade de Deus. No entanto, ele cria algo como que um espantalho, como se o fiat de Maria fosse sua autoridade, imperativa, no processo, o que não é correto, e o mesmo ataca essa noção, como se fosse católica, e apresenta a interpretação correta, da humildade de Maria na narrativa, que é a posição católica. Outro desequilíbrio na interpretação de Gregg Allison.

Se os protestantes veem Maria como exemplo por excelência de fé e obediência, estão agindo corretamente. É verdade que não se encontram facilmente palavras assim em relação a Maria, escritas por protestantes: exemplo por excelência. Isso já foi explicado acima.

No entanto, quando os católicos consideram Maria como excepcional, grande e bela, e honrada por sua livre cooperação, estão agindo biblicamente. O protestante que não considera essas prerrogativas, que advém de Cristo, que é Deus, e plenamente perfeito, iluminando a humanidade da sua mãe, então os protestantes estão apresentendo a doutrina mariana equivodamente. A santidade de Maria é percebida pelo relato bíblico sobre Seu Filho Jesus Cristo.

Obviamente Deus é que cumpre tudo na vida de Maria. Essa é doutrina católica. Gregg a apresnta como se tivesse afirmando algo novo na sua avaliação.

A teologia católica afirma que “cheia de graça” não é novo nome de Maria, mas apenas há afirmações desse porte no nível místico. Maria tem um nome: Maria. No entanto, ao chamá-la por aquele título, a Escritura mostra que há algo escondido em seu sentido. A Igreja entende que se trata de sua imaculada conceição. Onde há graça total não há pecado. É simples.

Se a criatura e plenamente amiga de Deus, está conforme Sua Vontade, então ela não comete pecado. Estar na comunhão com Deus de forma plena na vida individual, e não apenas de forma forense, não apenas legalmente, não apenas potencialmente, mas de fato, é o mesmo que estar sem pecado. Isso é a imaculada conceição.

A virgem Maria foi preservada do pecado por ser aquela da qual a humanidade de Jesus seria formada, e não porque Deus não possa vir a um mundo pecaminoso, em um mundo indigno da sua presença. As duas coisas são distintas.

Reconhecer a grandeza de Maria, sua elevação sobre todos, sua dignidade, é conhecer melhor a Pessoa de Jesus Cristo. Maria é figura da Igreja. A Igreja que será purificada até tornar-se sem ruga nem mancha, totalmente imaculada, com foi Maria, a primeira que acreditou diretamente em Jesus Cristo. Ela foi formada segundo o modelo de Cristo, e no fim toda a Igreja o será. Essa doutrina é totalmente bíblica.

Maria não está em uma categoria alta a inantingível, mas indica a categoria que os salvos alcançarão. A teologia protestante mais uma vez ignora e nega essa verdade que lhe é apresentada. E o faz por motivos muito desconjuntados. Olhar para Maria e esforçar-se para assemelhar-se a ela, e a Cristo, é humildade. Santa Isabel pô-se menor que Maria, elevou-a. Os cristãos de todos os tempos fazem o mesmo.

A teologia protestante reserva a ideia de Maria como mulher ideal. Porém, como a teologia protestante tem o pecado em grande conta nesse sentido, de forma a torna-lo quase que impossível de ser remido, afirmando que Deus não vê alguém como ideal nem transforma alguém em ideial, o que reflete essa ideia, embora não seja essa a intenção do autor e da autora citada, é preciso mostrar que a Bíblia mostra Maria como exemplo de humildade. Esse exemplo de fé a torna digna de veneração. Com afirma a Escritura, pela escrita de São Paulo: sejam meus imitadores como eu o sou de Cristo. Imitem Maria, como ela é imitadora de Cristo. O texto não diz: passem direto a Cristo, pois ela O está imitando, imite-O também. A ideia é ir a Cristo, mas é preciso cautela aqui: a Escritura ordena a ter exemplos, a imitar os outros. Nessa imitação da virtude dos santos, se vai a Cristo. A doutrina bíblica é mais abrangente. A teologia protestante se equivoca outra vez.

O terceiro lugar citado por Gregg diz respeito a que os protestantes discordam a virgindade perpétua de Maria. Vale lembrar que os reformadores protestantes, ainda que estivesse interpretando a Bíblia por si mesmos, continuaram a crer nessa verdade. A virgindade de Maria depois do parto não é afirmada na Escritura. Não é tampouco negada. De fato, não é assunto da Escritura. A Escritura, porém, pelo seu teor geral, leva a concluir que a virgem Maria permaneceu nesse estado. Isso lembra o conselho bíblico de permanecer no estado em que está. Maria está casada, grávida, virgem. Continuou casa, foi mãe e permaneceu virgem, e não teve mais filhos.

A Sagrada Escritura trata da questão das relações sexuais que não foram realizadas para a concepção de Jesus e nem durante o período de gravidez para deixar claro que não houve interferência humana. Não há intuito de afirmar mais do que isso em Mateus 1, 25.

Jesus é mostrado como filho primogênito de Maria e a Bíblia cita seus irmãos. Contudo, o título primogênito é dado no nascimento, ainda que seja filho único. Ademais, o termo irmãos é usado em sentido amplo e significa, no caso de Jesus, os parentes de Jesus.

A Escritura afirma que todos possuem natureza pecaminosa e pecam a vida toda. Jesus é exceção, pois apesar de ter natureza humana não foi concebido em pecado. Maria possui natureza humana, mas foi limpa na concepção, de modo que Deus a acolheu desde o instante em que a criou. Ela não cometeu pecado a vida toda, pois foi preparada para ser mãe do Salvador, e não podia gerá-lo e carrega-lo no ventre pecando, estando sob o império do pecado. Essa doutrina bíblica é confirmada na tradição.

Como mostrado, toda a doutrina católica sobre a virgem Maria é bíblica. Foi refutado cada argumento protestante apresentado por Gregg.


Gledson Meireles.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário