Segue refutação do estudo e avaliação de Gregg sobre a doutrina da encarnação e imaculada conceição
A doutrina da
encarnação e a doutrina da imaculada conceição: “ele foi concebido pelo poder
do Espírito Santo, nasceu da virgem Maria”. (seção 2, capítulo 2, artigo 3).
O autor protestante reconhece que a Igreja Católica fornece a estrutura histórica para a doutrina
evangélica da encarnação. No que diz respeito ao lado humano da encarnação
há divergência entre a teologia católica e a teologia evangélica, diz Gregg. Os
protestantes contestam praticamente todos os ensinos do Catecismo da Igreja
Católica sobre a virgem Maria.
Os pontos em comum seriam o reconhecimento e gratidão pelo papel “singular” (ênfase acrescentada) da virgem Maria na
encarnação de Jesus. Reconhecem que Maria é a theotokos (portadora de Deus).
Também, o exemplo por
excelência da fé e obediência da virgem Maria, e “sofrimento pessoal
associado à vida e ao sofrimento do seu filho”.
E, por fim, os protestantes consideram a virgem Maria
bem-aventurada por causa da obra de Deus feita nela e “por meio dela, a favor
de todos os seres humanos”.
Essas doutrinas que Gregg afirma que estão em comum entre
católicos e evangélicos, e que são a pura verdade da Escritura, certamente não
serão aceitas por todos os protestantes, como é de se esperar. Ainda mais, nos
termos importantes que Gregg as apresentou. De fato, pela sua leitura do
Catecismo há algo que certamente o influenciou e o convenceu a aceitar essas
verdades.
O papel singular de Maria, a excelência da sua fé e seu
sofrimento associado a Cristo e sua bem-aventurança onde Deus através dela
também fez a todos os seres humanos. De fato, é comum que o protestante negue
qualquer afirmação do papel singular de Maria na encarnação, que desconheça e
que também negue seu sofrimento associado a Cristo e que negue qualquer obra de
Deus nela em favor de todos os seres humanos. São doutrinas bíblicas, mas que o
ranço antimariano faz o leitor protestante combater as noções que advém atém
mesmo dessas palavras. Pois bem. Maria teve fé singular de fato. Maria sofreu
com Jesus. Deus pôs Sua graça de forma grandiosa sobre ela, e por meio dela,
essa graça atinge a todos os seres humanos, pela graça de Cristo Jesus.
Dificilmente se encontram essas afirmações na teologia
protestante. É um passo digno de nota mais próximo da verdade que os
protestantes estão dando.
Agora, vejamos as quatro discordâncias. Se há protestante que
critica mesmo as concordâncias, estão praticamente unidos quanto às
discordâncias que se seguem.
A predestinação de Maria e sua livre cooperação e ao desígnio
divino de apresentear Maria como a nova Eva. Então, a doutrina da virgem Maria
como segunda Eva é considerada exagerada e sem
fundamento. É impressionante.
De fato, o protestante com o seu Sola Scriptura procurará a analogia direta e explícita da virgem
Maria como antítipo de Eva. Não a encontrando assim, afirma que não existe. Também, não consegue
encontrar sinais dessa aproximação. Conclui que não tem fundamento.
No entanto, a partir de Cristo é possível entender que a
Mulher associada a Ele na graça é coloca virtualmente em toda a Escritura
Sagrada como Eva era aproximada a Adão no pecado. Essa simples constatação é
compreendida por qualquer estudioso da Escritura. É muito natural, se torna
claro e compreensível. Não há nada contrário a esse pensamento na Bíblia, e a
razão assim iluminada pela fé, comprova a analogia. Desse modo, caro leitor
protestante, repense sua oposição a essa doutrina, pois não há motivo de
negá-la.
Tudo o que acontece é por obra de Deus, em Sua soberania, em
Sua providência. Maria foi eleita para ser a mãe do Messias. O anjo Gabriel
anunciou a encarnação de Jesus e Maria respondeu sim, dizendo: Faça-se em mim
segundo a vossa palavra. Por isso, o Catecismo interpreta esse fato como
ocorrendo segundo a vontade de Deus, que predestinou Maria. Não se pode negar
nada dessa constatação. Ainda assim, o protestante é levado a negá-la, sem
fundamento.
Quando se reconhece que
Deus predestina indivíduos para a salvação e para um serviço específico,
mas nega que haja algo de notável na predestinação de Maria, para que o autor
não conseguiu ficar no foco da questão. É o mesmo ato de Deus, o de
predestinar, que está sendo observado. É algo de grande importância para a
humanidade, a encarnação do Filho de Deus. É uma obra que elege uma virgem para
ser a mãe do Filho do Altíssimo. Essa obra por si só é notável. Ao predestinar
Maria para tamanho acontecimento, a Bíblia mostra que se trata de algo notável
na vida dessa jovem, de modo que a própria ficou surpresa com a saudação do
anjo e refletia sobre suas palavras. Negar essa notabilidade na predestinação
de Maria, essa importância, é algo gratuito, não tem fundamento bíblico, nem no
bom senso.
Entendendo a economia de Deus, a Igreja em todos os séculos,
refletino a Sagrada Escritura, afirma que: “Maria “sobressai entre (esses
humildes e pobres do Senhor que dele esperam e recebem com confiança a
Salvação. Com ela, finalmente, excelça Filha de Sião, depois de uma demorada
espera da promessa, completam-se os tempos e se instaura a nova criatura” (CIC,
número 489).
Gregg critica que o Catecismo chame Maria de “exaltada Filha
de Sião”. Mas isso é muito pueril. De fato, no contexto inteiro, ao comparar
Eva, Sara, ana, Débora, e outras santas mulheres, afirmar que Maria se
sobressai entre elas, como humilde e pobre do Senhor (entre os humildes e
pobres do Senhor), chega-se a Cristo, que nasce dessa “excelsa Filha de Sião”.
É algo bíblico, notório, plausível, claro,
racional, e não há nada que fundamente dizer que se trata de exagero
afirmar que das santas mulheres a virgem Maria foi excelsa, exaltada. A própria
Escritura afirma isso, quando diz que Jesus é o bendito fruto do ventre de
Maria, e que a virgem Maria é a bendita entre as mulheres. Portanto, não
concordar com essa afimação bíblica do catecismo sobre a exaltação de Maria é
algo igualmente que devia ser pensado pelo leitor da Bíblia.
Também, o teólogo mostra que o Catecismo deixa entender que o
cumprimento do longo tempo de espera se cumpre em Maria. No entanto, o
Catecismo afirma que “com ela” esse tempo chega à sua plenitude. Com ela, diz o
Catecismo, completam-se os tempos. Isso é óbvio, pois o parágrafo está falando
de Maria, e quando o texto bíblico é citado, a teologia católica entende
perfeitamente que se trata da encarnação de Jesus nascido de Mulher, cumprindo
a plenitude dos tempos. Assim, em Jesus é que se dá o cumprimento. Com Maria,
pois ela é a Mulher da qual nasceu Jesus. É simples o ensino do Catecismo, não
tendo nada a ser objetado.
O teólogo protestante tenta conciliar duas coisas: ele
concede e admite as verdades do Catecismo, mas ao mesmo tempo apresenta a
teologia protestante, ainda que essa não tenha razões para refutada nada do que
foi dito.
Por exemplo, ele admite que a predesntinação de Maria foi
singular, ou seja, especial, com uma característica muito importante, para um
papel sublime, como foi tratado acima. Mas nega que há algo notável. Por um
lado, aproxima-se da teologia católica ao reconhecer a verdade, a por outro usa
a negação protestante ficando do lado reformado, embora as duas afirmações
sejam únicas, pois uma vez que se considera o singular papel de Maria também se
reconhece que sua predestinação é notável, é admirável por sua associação na
vidad de Jesus como sua mãe. Não é possível negar isso biblicamente nem
racionalmente.
O autor então admite que Maria foi profeticamente anunciada
etc., mas critica que a teologia católica
parece enfatizar algo logo de imediato, colocando em ênfase e associação a
condição e Maria e a sua predestinação. E nega a livre cooperação e Maria, por
entender que refutou o axioma natureza-graça. Negando o livre-arbítrio, nessa
livre cooperação de Maria, o protestante cai em mais erros ainda.
Quando se diz também que não há respaldo bíblico para
entender Maria como a segunda Eva, como toda a tradição cristã sempre
enfatizou, o leitor protestante está tentando encontrar na Escritura algo
explícito, claro, uma comparação feita nas passagens bíblicas, assim como é
feito entre Adão e Cristo. No entanto, o que o leitor protestante não está
compreendendo, é que essa leitura bíblica é feita em Cristo, nessa mesma analogia de Adão e Cristo. Se no
proto-evangelho a semente (Jesus) da mulher (Maria) esmagará a cabeça da
serpente (Satanás), então na figura de Eva pode-se vislumbrar Maria. É algo
claro, que o teólogo protestante, seguindo a estrutura de pensamento reformado,
não consegue entender. E, também, não tem como refutar, não podendo apresentar
nenhuma passagem bíblica que torne a leitura católica um erro, ou algo não
plausível. De fato, toda a Escritura mostra que a doutrina e bíblica. O mesmo
paralelo bíblico de Jesus como segundo Adão é apenas tornado claro, iluminando
a figura de Maria, completando o paralelo implícito da mesma como segunda Eva.
É algo que vem à luz ao entender essa verdade sobre Jesus Cristo.
Assim, rejeitar a exposição católica da predestinação de
Maria e seu consentimento que mostram ser ela a mulher que associou-se ao
segundo Adão, e isso pela vontade de Deus, essa rejeição não é uma postura
bíblica. Se Cristo é o segundo Adão, fica praticamente inevitável entender em
toda a economia divina que Maria é a segunda Eva.
Como o protestante pode crer que não há nada de notável na
predestinação de Maria para ser mãe de Jesus.
Quanto ao cumprimento depois do longo período de espera, que
se cumpre em Jesus, a teologia católica, à luz dessa verdade, mostra que por
essa verdade está também a participação da virgem Maria, mãe de Jesus.
Ao que parece, Gregg Allison entende que a preparação da
virgem Maria para que respondesse à missão de ser a mãe do Messias devesse ser
pela imaculada conceição. Veja o que teólogo protestante afirma: “Conforme
dissemos acima, o consentimento de Maria à predestinação divina a fez cooperar
livremente com o plano divino. Contudo, para que Maria concedesse sua aprovação,
ela tinha de ser preparada...”. Não é isso que diz a doutrina católica. O
Catecismo afirma que ela tinha que ser totalmente
movida pela graça de Deus. Não afirma que essa cooperação só seria possível
pela imaculada conceição. Mas Gregg afirma que um elemento fundamental nessa preparação foi a imaculada conceição,
e afirma que nisso a teologia evangélica discorda. Certo.
No entanto, há três problemas relacionados entre si. O
primeiro que é a explicação de Gregg Allison está equivocada. Segundo, que
parte desse equívoco leva à negação da doutrina. Terceiro, como bom
protestante, ele nega a imaculada conceição de Maria. A capacitação de Maria
para dar seu consentimento não exige a imaculada conceição, segundo a doutrina
católica. Se o protestante entendeu que há essa exigência, que saiba ser uma
interpretação errônea do que ensina o Catecismo.
De fato, a graça capacitou Maria a dar o seu consentimento. O
que a doutrina católica ensina, de forma mais ampla, é que Deus preparou Maria
sem o pecado porque isso convinha mais à dignidade de Cristo, que é Deus, é que
seria no mínimo estranho ser gerado em uma criatura que comete pecado. A
natureza de Maria é a mesma de toda a humanidade, em seu direito, e foi salva
pelo sangue de Cristo, de modo que nasceu na amizade com Deus, justificada. Não
há qualquer dificuldade de entender a doutrina, e está toda conforme a
revelação bíblica.
Também, o leitor protestante precisa entender que a Igreja
Católica não interpreta Lucas 1, 26-38 como se a passagem se detivesse em
Maria. De forma alguma. Ali está a narrativa de como se deu a anunciação, e
Maria é um elemento importante nesse conteúdo todo. O que o Catecismo faz é
explicar o papel de Maria nessa passagem, e não torná-la o foco da questão. O
núcleo é Jesus Cristo. Maria é importante por ser um meio, digamos, em todo
esse processo querido por Deus.
A citação de Beverly Gaventa observa que há um contraste
entre a apresentação a Maria e aquela apresentação a Isabel e Zacarias. Não diz
o texto sobre a retidão de Maria e nem sobre sua fidelidade à Lei ou sua
família de origem. Não há qualificações. Cita Joel Green que tem o mesmo
raciocínio. Afirma que é digno de nota a falta de menção sobre ser digna de
honra como outros personagems de Lucas 1 e 2.
Então, isso significa que não devemos atribuir papel
exagerado a Maria? Ou significaria que ela é menor. De fato, de outros
personagens é citada sua justiça, sua observância à Lei, sua origem. De Maria
não é dito nada. O que concluir, se tivermos essas observações em consideração?
Que Maria era até menor que os demais. Talvez não fosse boa observadora da Lei?
Não fosse suficientemente digna em termos humanos comos os outros? Parece isso
ser a observação dos protestantes citados.
No entanto, essa singularidade, pelo contexto geral, manda a
mente cristã iluminada pela Palavra de Deus a outra direção. Essa mulher, da
qual não se diz muita coisa, mas o que é dito é de garnde relevância. De fato,
a humildade de Maria transparece em toda a cena. A sua fé, a sua entrega, a sua
obediência. O modo como é chamada pelo anjo celestial, que não diz seu nome,
mas a chama por um título, o que não é encontrado em nenhuma outra passagem em
referência a ninguém mais. Portanto, as observações protestantes que tentam
evitar “exageros” tendem a levar à minimização de Maria e ofuscar a mensagem
bíblica geral sobre a mesma. Os protestantes que quiserem manter-se na estrada
reta de compreensão da Bíblia, devem fazer como santa Isabel, curvar-se diante
da mãe do Senhor e reconhecer-se honrada demais ao receber sua visita.
O leitor deve estar notando a tentativa de Gregg de mostrar a
posição protestante como se a mesma foi correta, mas ao passo que a avaliamos
ela se mostra bastante equivocada em todos os pontos de discordância.
Quando Maria diz “cumpra-se em mim”, de fato a teologia
católica não diz que essa frase tem caráter imperativo, como se Maria mandasse,
não está expressando nenhuma autoridade ao anjo Gabriel nem a Deus, longe
disso, mas está totalmente movida pela graça divina, na total submissão da
vontade de Deus, na humildade da Sua serva, de modo que ela escolheu o melhor.
Também aqui a teologia protestante não compreende bem a teologia católica e equivoca-se
ao distanciar-se do catolicismo. O entendimento dessa questão é correto por
parte de Gregg, onde Maria expressa seu desejo de se submeter à vontade de
Deus. No entanto, ele cria algo como que um espantalho, como se o fiat de Maria fosse sua autoridade,
imperativa, no processo, o que não é correto, e o mesmo ataca essa noção, como
se fosse católica, e apresenta a interpretação correta, da humildade de Maria
na narrativa, que é a posição católica. Outro desequilíbrio na interpretação de
Gregg Allison.
Se os protestantes veem Maria como exemplo por excelência de
fé e obediência, estão agindo corretamente. É verdade que não se encontram facilmente
palavras assim em relação a Maria, escritas por protestantes: exemplo por excelência. Isso já foi explicado acima.
No entanto, quando os católicos consideram Maria como excepcional,
grande e bela, e honrada por sua livre cooperação, estão agindo biblicamente. O
protestante que não considera essas prerrogativas, que advém de Cristo, que é
Deus, e plenamente perfeito, iluminando a humanidade da sua mãe, então os
protestantes estão apresentendo a doutrina mariana equivodamente. A santidade
de Maria é percebida pelo relato bíblico sobre Seu Filho Jesus Cristo.
Obviamente Deus é que cumpre tudo na vida de Maria. Essa é
doutrina católica. Gregg a apresnta como se tivesse afirmando algo novo na sua
avaliação.
A teologia católica afirma que “cheia de graça” não é novo
nome de Maria, mas apenas há afirmações desse porte no nível místico. Maria tem
um nome: Maria. No entanto, ao chamá-la por aquele título, a Escritura mostra
que há algo escondido em seu sentido. A Igreja entende que se trata de sua
imaculada conceição. Onde há graça total não há pecado. É simples.
Se a criatura e plenamente amiga de Deus, está conforme Sua
Vontade, então ela não comete pecado. Estar na comunhão com Deus de forma plena
na vida individual, e não apenas de forma forense, não apenas legalmente, não
apenas potencialmente, mas de fato, é o mesmo que estar sem pecado. Isso é a imaculada
conceição.
A virgem Maria foi preservada do pecado por ser aquela da
qual a humanidade de Jesus seria formada, e não porque Deus não possa vir a um
mundo pecaminoso, em um mundo indigno da sua presença. As duas coisas são
distintas.
Reconhecer a grandeza de Maria, sua elevação sobre todos, sua
dignidade, é conhecer melhor a Pessoa de Jesus Cristo. Maria é figura da
Igreja. A Igreja que será purificada até tornar-se sem ruga nem mancha,
totalmente imaculada, com foi Maria, a primeira que acreditou diretamente em
Jesus Cristo. Ela foi formada segundo o modelo de Cristo, e no fim toda a
Igreja o será. Essa doutrina é totalmente bíblica.
Maria não está em uma categoria alta a inantingível, mas
indica a categoria que os salvos alcançarão. A teologia protestante mais uma
vez ignora e nega essa verdade que lhe é apresentada. E o faz por motivos muito
desconjuntados. Olhar para Maria e esforçar-se para assemelhar-se a ela, e a
Cristo, é humildade. Santa Isabel pô-se menor que Maria, elevou-a. Os cristãos
de todos os tempos fazem o mesmo.
A teologia protestante reserva a ideia de Maria como mulher
ideal. Porém, como a teologia protestante tem o pecado em grande conta nesse
sentido, de forma a torna-lo quase que impossível de ser remido, afirmando que
Deus não vê alguém como ideal nem transforma alguém em ideial, o que reflete
essa ideia, embora não seja essa a intenção do autor e da autora citada, é
preciso mostrar que a Bíblia mostra Maria como exemplo de humildade. Esse
exemplo de fé a torna digna de veneração. Com afirma a Escritura, pela escrita
de São Paulo: sejam meus imitadores como eu o sou de Cristo. Imitem Maria, como
ela é imitadora de Cristo. O texto não diz: passem direto a Cristo, pois ela O
está imitando, imite-O também. A ideia é ir a Cristo, mas é preciso cautela
aqui: a Escritura ordena a ter exemplos, a imitar os outros. Nessa imitação da
virtude dos santos, se vai a Cristo. A doutrina bíblica é mais abrangente. A teologia
protestante se equivoca outra vez.
O terceiro lugar citado por Gregg diz respeito a que os protestantes
discordam a virgindade perpétua de Maria. Vale lembrar que os reformadores protestantes,
ainda que estivesse interpretando a Bíblia por si mesmos, continuaram a crer
nessa verdade. A virgindade de Maria depois do parto não é afirmada na
Escritura. Não é tampouco negada. De fato, não é assunto da Escritura. A
Escritura, porém, pelo seu teor geral, leva a concluir que a virgem Maria
permaneceu nesse estado. Isso lembra o conselho bíblico de permanecer no estado
em que está. Maria está casada, grávida, virgem. Continuou casa, foi mãe e
permaneceu virgem, e não teve mais filhos.
A Sagrada Escritura trata da questão das relações sexuais que
não foram realizadas para a concepção de Jesus e nem durante o período de
gravidez para deixar claro que não houve interferência humana. Não há intuito
de afirmar mais do que isso em Mateus 1, 25.
Jesus é mostrado como filho primogênito de Maria e a Bíblia
cita seus irmãos. Contudo, o título primogênito é dado no nascimento, ainda que
seja filho único. Ademais, o termo irmãos é usado em sentido amplo e significa,
no caso de Jesus, os parentes de Jesus.
A Escritura afirma que todos possuem natureza pecaminosa e
pecam a vida toda. Jesus é exceção, pois apesar de ter natureza humana não foi
concebido em pecado. Maria possui natureza humana, mas foi limpa na concepção,
de modo que Deus a acolheu desde o instante em que a criou. Ela não cometeu
pecado a vida toda, pois foi preparada para ser mãe do Salvador, e não podia gerá-lo
e carrega-lo no ventre pecando, estando sob o império do pecado. Essa doutrina bíblica
é confirmada na tradição.
Como mostrado, toda a doutrina católica sobre a virgem Maria
é bíblica. Foi refutado cada argumento protestante apresentado por Gregg.
Gledson Meireles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário