Pelo
que o autor propõe-se a fazer, como expresso no primeiro capítulo, é considerar
a providência divina como o controle total das coisas do mundo em harmonia com
a responsabilidade humana, utilizando os dados fornecidos pela Revelação
bíblica, através de uma atividade racional que respeite os limites desse
material sagrado, e não caia em deduções exageradas.
Nega
o fatalismo, e apresenta boas razões, ao mesmo tempo em que explica que o
controle divino total não significa impelir a criatura a fazer algo contra sua
vontade própria. Considera o mistério da providência, pois há questões
intrincadíssimas.
Helm
usa a linguagem da permissão, falando de coisas que Deus permite. Já sinalizou
que investigará o controle divino por causas segundas. Pode-se notar até o
momento que o autor não insinuou tratar do livre arbítrio, com essa ênfase e
termo, mas da questão da responsabilidade.
Já
afirmou controle total da providência divina, exemplificou-a com a diminuição
da responsabilidade de um governado por um governo humano, e garantiu a
existência da responsabilidade ainda que sob o controle total de Deus.
Esse
controle total, conforme já aludido por Paul Helm, consequentemente destrói o
livre-arbítrio, e por isso o autor não toca diretamente nesse conceito, como já
mencionado antes.
Prefere
falar da responsabilidade, algo que parece ser o mais comum entre os teólogos
reformados quando tratam da questão da liberdade. Parece um modo de evitar o
tratamento do livre-arbítrio, por concebê-lo destruído. Ainda é cedo dizer mais
sobre o pensamento do autor nessa obra. Esclarecimentos virão no estudo dos
próximos capítulos.
A análise do livro terá como foco mostrar o que a doutrina reformada tem em conformidade com a Bíblia, e a razão, e o que não, com motivos bíblicos, racionais e históricos.
Mais uma série de estudos da doutrina reformada, com outro autor, Paul Helm, o que, a essa altura, já virou um livro. Por isso oportunamente revisarei o texto, organizarei de modo a tornar melhor a leitura e a apresentação mais sistemática dessa análise da teologia reformada.
Gledson Meireles.
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