Para esclarecer um ponto importante,
como o é o da tradição apostólica, é oportuno o artigo do Lucas Banzoli: “Tradição
oral” não existe. O que existe é Sola Scriptura, até para os católicos.
O autor afirma que, o que os
católicos chamam de tradição oral é na verdade “uma fonte escrita, com a
diferença de ter sido escrita tardiamente”, “não passa de documentos escritos”,
que seriam scripturas nada confiáveis, chamada tradição.
Parece não ser tão comum os
apologistas explicarem mais profundamente o que é chamado tradição oral sem
deixar a ideia de que se trata de algo não escrito.
São Bellarmino explicou que
a doutrina chamada “não escrita”, ou seja, oral, não quer dizer que não tenha
sido escrita em qualquer lugar, mas que é “aquela que não foi escrita pelo
primeiro autor”.
Desse modo, acreditamos que
a tradição oral é apostólica, é Palavra de Deus infalível, mas que os apóstolos
não a escreverem, mas que e em certo momento começou a ser escrita por outros,
os Padres d Igreja. Assim, os escritos da tradição não são inspirados. Para
distinguir a Palavra de Deus neles é necessário encontrar o consenso doutrinal,
o sendo da fé, e etc., e todas as doutrinas devem estar de acordo com a Bíblia.
O exemplo que são Bellarmino
fornece é o do batismo de crianças. Essa prática é implicitamente mostrada na
Bíblia, ou seja, é do primeiro século, mas não posta por escrito explicitamente
pelos apóstolos. Sendo uma prática unânime, cremos ser de origem apostólica,
pois não seria concebida sem graves controvérsias, e praticamente todos os
padres da Igreja falam dessa prática.
Quanto à assunção da Virgem Maria, a pergunta de Epifânio é importante:
“Se Maria morreu ou não, nós não sabemos”
Assim, a Bíblia é Palavra de Deus, a tradição é Palavra de Deus e a Igreja é infalível em guardá-la. E por meio de que fundamento afirmamos isso? Por meio da Bíblia, pois para provar que a tradição é Palavra de Deus que deve ser seguida temos a ordem e apoio na Bíblia (cf. 2 Ts 2,15). Da mesma forma que cremos na infalibilidade da Igreja porque a Bíblia afirma isso (cf. 1 Tm 3,15)[1]. Assim, pode-se afirmar nesse contexto que, diferentemente dos protestantes, e de forma diversamente qualificada, os cristãos católicos creem no lema Sola Scriptura.
Quanto à assunção da Virgem Maria, a pergunta de Epifânio é importante:
“Se Maria morreu ou não, nós não sabemos”
A Bíblia revela que o salário do pecado é a morte. (Romanos 6,7)
A ressurreição dos mortos será no último dia. (Jo
11, 24)
Os exemplos de homens que não morreram, como Enoque e Elias, mas que foram arrebatados, é explícito nas Escrituras, pois do contrário teríamos que tivessem morrido.
Qual a implicação da incerteza sobre o fim de Maria
na terra?
1º Se ela morreu, não haveria porque pensar algo mais,
naturalmente, visto que é comum a todos os seres humanos.
2º Se ela não morreu, onde está agora? Na terra é
que não está. Portanto, leva à conclusão de que a ascensão é o resultado do
pensamento de Epifânio.
Assim, a Bíblia é Palavra de Deus, a tradição é Palavra de Deus e a Igreja é infalível em guardá-la. E por meio de que fundamento afirmamos isso? Por meio da Bíblia, pois para provar que a tradição é Palavra de Deus que deve ser seguida temos a ordem e apoio na Bíblia (cf. 2 Ts 2,15). Da mesma forma que cremos na infalibilidade da Igreja porque a Bíblia afirma isso (cf. 1 Tm 3,15)[1]. Assim, pode-se afirmar nesse contexto que, diferentemente dos protestantes, e de forma diversamente qualificada, os cristãos católicos creem no lema Sola Scriptura.
[1] É
certo que os protestantes interpretam de forma diferente os textos de 2 Ts 2,15,
que seria a tradição dos apóstolos que foi toda escrita no Novo
Testamento, e 1 Tm 3,15, que seria a obrigação da Igreja de anunciar a verdade.
Mas, por isso não se pode negar que os católicos não estejam firmados na Bíblia
para defender o que pregam. Entendem o texto de forma diversa. Que tentem
refutar a interpretação católica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário