domingo, 17 de novembro de 2024

React ao vídeo: RESPOSTA // Frei Gilson afirma que a Igreja Católica NÃO Erra!

 

1)      A Igreja não poderia nunca cometer erros? RESPOSTA: A Igreja pode cometer e de fato comete muitos erros. No entanto, a Igreja docente, a autoridade instituída por Cristo, essa é coluna e sustentáculo da verdade, como está em 1 Tm 3,15. E uma coluna e sustentáculo só serve se for resistente.

 

 

2)      Mesmo que a Igreja “fosse” infalível essa ideia só faz sentido se você acreditar nas Escrituras em primeiro lugar. O fundamento da infalibilidade da Igreja a Escritura. A Igreja é infalível porque a Bíblia diz que ela é infalível.

RESPOSTA: Isso mesmo. Embora o apologista usou dessas palavras como uma ironia, para deixar os católicos confusos, não percebeu que falou a verdade nesse momento sem perceber: a Bíblia ensina que a Igreja é infalível. Crendo na Bíblia, cremos na infalibilidade da Igreja. É simples.

 

3)      As cartas dos apóstolos já estavam na Igreja nos anos 63 a 65 d. C. As cartas já percorriam a Igreja antes do fechamento do cânon.

RESPOSTA: Correto. Muitos livros eram lidos pelos cristãos. Os livros inspirados eram lidos para a Igreja e tinham autoridade única. No entanto, com o decorrer do anos outros escritos foram reputados como inspirados, como o Pastor de Hermas, enquanto outros, como a 2 Carta de Pedro eram vistas com dúvidas. Assim, foram necessários séculos para a definição eclesiástica do cânon.

 

4)      Timóteo contra as heresias. Vai isso na contramão da interpretação católica de 1 Tm 3, 15? Onde está interpretação correta, na história e teologia de verdade, que o apologista afirmou?

RESPOSTA: De fato, o que São Paulo ensina a São Timóteo confirma a infalibilidade da Igreja. O problema é que os protestantes não entendem o raciocínio. O apóstolo não está afirmando que a Igreja de Éfeso não pode errar. Pelo contrário, naquele momento ele menciona problemas. Então, o que está ocorrendo é que o seu ensino de apóstolo inspirado e enviado por Jesus é correto, é a Palavra de Deus. Ele tem autoridade para ordenar outros, como Timóteo, para ensinar e ser guardião da fé. Assim, a Igreja representada aí pelo apóstolo Paulo e o bispo Timóteo, ensinando a verdade de Deus, sem erro e sem possiblidade de erro, já que São Paulo é inspirado e infalível no ensino do evangelho, então vemos a infalibilidade da Igreja, a coluna e o sustentáculo da verdade.

 

5)      S. Paulo não estaria apelando para a autoridade infalível da Igreja em Éfeso, mas, ensinando como enfrentar as heresias. RESPOSTA: Pense bem. De fato. Ele e Timóteo representavam naquele momento a Igreja infalível.

 

6)            Quem está no comando não está acima da correção. RESPOSTA: Correto. A correção pessoal, quando há falhas, seja de quem for, é legítima. A inspiração se dá no que toca ao ensino da Palavra de Deus, e não à vida pessoal.

 

7)             S. Paulo estaria defendendo o contrário do que os católicos ensinam. Ele estaria dando guia prático de como liderar e viver como cristão? RESPOSTA: Mas isso em nada contraria o que foi escrito acima, e que é doutrina católica.

 

8)             As orientações sobre bispos, diáconos e até como as mulheres deveriam se comportar. Não há tratado teológico sobre a Igreja. RESPOSTA: De fato, a epístola não trata da doutrina da Igreja, mas fala de vários assuntos, de organização, por exemplo. No entanto, esse verso é usado para reforçar que a Igreja é colocada para ensinar a defender a verdade ensinada por Jesus.

 

9)             E qual seria o sentido de 1 Tm 3, 15. O contexto mostra que Paulo não estava distribuindo cheques em branco doutrinários, pois a Igreja não define o que é verdade, pois isso já está definido. Ela não é arquiteta da verdade, e não pode sair inventando novas verdades, dogmas e doutrinas, mas ensinar as verdades que Deus já revelou. RESPOSTA: Isso tudo está correto. A Igreja mantem a mesma verdade que os apóstolos ensinaram. Ela pode interpretar a revelação, explicar, expor, detalhar, definir, etc. É isso o que faz a Igreja durante toda a história. O fato de alguém discordar do modo que é feito é outra questão. A Igreja não inventa e não pode inventar novas doutrinas.

 

10)        Também diz que não é para ensinar doutrinas que não foram já ensinadas expressamente na Bíblia. A Igreja é guardiã e não inventora da verdade. RESPOSTA: nem todas as doutrinas são ensinada expressamente na Bíblia.

 

11)        Que verdade a Igreja deve sustentar a defender? Em Ef 1, 13 afirma que é a Palavra da verdade, o evangelho da salvação. RESPOSTA: É verdade que tudo o que a Igreja defende, como os dogmas por exemplo, é Palavra de Deus.

 

12)        Não estaria falando da instituição ou concílio da Igreja, decretos e etc. RESPOSTA: por implicação o apóstolo está falando disso sim. Pois os sínodos, concílios, decretos, etc., são os modos pelos quais a Igreja ensina a verdade e combate as heresias.

 

13)        Onde encontrar essa verdade, ou seja, onde ter mais detalhes dessa verdade que é preciso sustentar e defender? São Paulo responde em 2 Tm 3, 15, que é na Escritura. RESPOSTA: Isso também é verdade. Por isso, todas as doutrinas estão em conformidade com a Bíblia.

 

14)        Enfim, o apologista coloca um verso contra o outro. Não entende bem 1 Tm 3, 15 e apresenta 2 Tm 3, 15.

Não aceita que a Igreja não possa errar, e quando o apóstolo diz que a Escritura é útil ele afirma que é a única autoridade.

Também entende a doutrina da infalibilidade da Igreja como se a Igreja pudesse por isso inventar verdades.

A Igreja está sujeita à verdade, afirma o apologista. Contudo, ele não entende que isso é o mesmo que a Igreja Católica ensina. A Igreja é serva da Palavra de Deus. O fato está na discordância doutrinal.

O que acontece quando a Igreja não sustenta e defende a verdade? Ele cita 1 Tm 4, 1-3, que fala das heresias. Então a Igreja cairia em heresia. Poderia a obra de Crista, Seu corpo místico, cair inteiro em heresia? Não. Isso é o que ensina a Bíblia.

E quanto à proibição de casamento, aludida no texto? Onde a Igreja Católica proíbe o casamento?

Isso não é referência ao celibato, já que os candidatos ao presbitério livremente não desejam contrair matrimônio.

A Igreja deve ser guardiã da verdade que está nas Escrituras, e não criadora da verdade. Eis o ensino bíblico. Nesse ponto o apologista está certo, e concorda com a doutrina católica.

Pense bem: como a Igreja seria coluna e sustentáculo e guardiã da verdade se ela pudesse interpretar a Bíblia erradamente e cair na heresia?

 

Gledson Meireles.

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