1) A
Igreja não poderia nunca cometer erros? RESPOSTA: A Igreja pode cometer e de
fato comete muitos erros. No entanto, a Igreja docente, a autoridade instituída
por Cristo, essa é coluna e sustentáculo da verdade, como está em 1 Tm 3,15. E
uma coluna e sustentáculo só serve se for resistente.
2) Mesmo
que a Igreja “fosse” infalível essa ideia só faz sentido se você acreditar nas
Escrituras em primeiro lugar. O fundamento da infalibilidade da Igreja a
Escritura. A Igreja é infalível porque a Bíblia diz que ela é infalível.
RESPOSTA: Isso mesmo. Embora o
apologista usou dessas palavras como uma ironia, para deixar os católicos
confusos, não percebeu que falou a verdade nesse momento sem perceber: a Bíblia
ensina que a Igreja é infalível. Crendo na Bíblia, cremos na infalibilidade da
Igreja. É simples.
3) As
cartas dos apóstolos já estavam na Igreja nos anos 63 a 65 d. C. As cartas já
percorriam a Igreja antes do fechamento do cânon.
RESPOSTA: Correto. Muitos livros eram
lidos pelos cristãos. Os livros inspirados eram lidos para a Igreja e tinham
autoridade única. No entanto, com o decorrer do anos outros escritos foram
reputados como inspirados, como o Pastor de Hermas, enquanto outros, como a 2
Carta de Pedro eram vistas com dúvidas. Assim, foram necessários séculos para a
definição eclesiástica do cânon.
4) Timóteo
contra as heresias. Vai isso na contramão da interpretação católica de 1 Tm 3,
15? Onde está interpretação correta, na história e teologia de verdade, que o
apologista afirmou?
RESPOSTA: De fato, o que São Paulo
ensina a São Timóteo confirma a infalibilidade da Igreja. O problema é que os
protestantes não entendem o raciocínio. O apóstolo não está afirmando que a
Igreja de Éfeso não pode errar. Pelo contrário, naquele momento ele menciona
problemas. Então, o que está ocorrendo é que o seu ensino de apóstolo inspirado
e enviado por Jesus é correto, é a Palavra de Deus. Ele tem autoridade para
ordenar outros, como Timóteo, para ensinar e ser guardião da fé. Assim, a
Igreja representada aí pelo apóstolo Paulo e o bispo Timóteo, ensinando a
verdade de Deus, sem erro e sem possiblidade de erro, já que São Paulo é
inspirado e infalível no ensino do evangelho, então vemos a infalibilidade da
Igreja, a coluna e o sustentáculo da verdade.
5) S.
Paulo não estaria apelando para a autoridade infalível da Igreja em Éfeso, mas,
ensinando como enfrentar as heresias. RESPOSTA: Pense bem. De fato. Ele e
Timóteo representavam naquele momento a Igreja infalível.
6)
Quem está no comando não está acima da
correção. RESPOSTA: Correto. A correção pessoal, quando há falhas, seja de quem
for, é legítima. A inspiração se dá no que toca ao ensino da Palavra de Deus, e
não à vida pessoal.
7)
S.
Paulo estaria defendendo o contrário do que os católicos ensinam. Ele estaria
dando guia prático de como liderar e viver como cristão? RESPOSTA: Mas isso em
nada contraria o que foi escrito acima, e que é doutrina católica.
8)
As
orientações sobre bispos, diáconos e até como as mulheres deveriam se
comportar. Não há tratado teológico sobre a Igreja. RESPOSTA: De fato, a
epístola não trata da doutrina da Igreja, mas fala de vários assuntos, de
organização, por exemplo. No entanto, esse verso é usado para reforçar que a
Igreja é colocada para ensinar a defender a verdade ensinada por Jesus.
9)
E
qual seria o sentido de 1 Tm 3, 15. O contexto mostra que Paulo não estava
distribuindo cheques em branco doutrinários, pois a Igreja não define o que é
verdade, pois isso já está definido. Ela não é arquiteta da verdade, e não pode
sair inventando novas verdades, dogmas e doutrinas, mas ensinar as verdades que
Deus já revelou. RESPOSTA: Isso tudo está correto. A Igreja mantem a mesma
verdade que os apóstolos ensinaram. Ela pode interpretar a revelação, explicar,
expor, detalhar, definir, etc. É isso o que faz a Igreja durante toda a
história. O fato de alguém discordar do modo que é feito é outra questão. A
Igreja não inventa e não pode inventar novas doutrinas.
10)
Também diz que não é para ensinar doutrinas
que não foram já ensinadas expressamente na Bíblia. A Igreja é guardiã e não
inventora da verdade. RESPOSTA: nem todas as doutrinas são ensinada
expressamente na Bíblia.
11)
Que verdade a Igreja deve sustentar a
defender? Em Ef 1, 13 afirma que é a Palavra da verdade, o evangelho da
salvação. RESPOSTA: É verdade que tudo o que a Igreja defende, como os dogmas
por exemplo, é Palavra de Deus.
12)
Não estaria falando da instituição ou
concílio da Igreja, decretos e etc. RESPOSTA: por implicação o apóstolo está
falando disso sim. Pois os sínodos, concílios, decretos, etc., são os modos
pelos quais a Igreja ensina a verdade e combate as heresias.
13)
Onde encontrar essa verdade, ou seja,
onde ter mais detalhes dessa verdade que é preciso sustentar e defender? São
Paulo responde em 2 Tm 3, 15, que é na Escritura. RESPOSTA: Isso também é verdade.
Por isso, todas as doutrinas estão em conformidade com a Bíblia.
14)
Enfim, o apologista coloca um verso
contra o outro. Não entende bem 1 Tm 3, 15 e apresenta 2 Tm 3, 15.
Não
aceita que a Igreja não possa errar, e quando o apóstolo diz que a Escritura é
útil ele afirma que é a única autoridade.
Também
entende a doutrina da infalibilidade da Igreja como se a Igreja pudesse por
isso inventar verdades.
A
Igreja está sujeita à verdade, afirma o apologista. Contudo, ele não entende que
isso é o mesmo que a Igreja Católica ensina. A Igreja é serva da Palavra de
Deus. O fato está na discordância doutrinal.
O
que acontece quando a Igreja não sustenta e defende a verdade? Ele cita 1 Tm 4,
1-3, que fala das heresias. Então a Igreja cairia em heresia. Poderia a obra de
Crista, Seu corpo místico, cair inteiro em heresia? Não. Isso é o que ensina a
Bíblia.
E
quanto à proibição de casamento, aludida no texto? Onde a Igreja Católica proíbe
o casamento?
Isso
não é referência ao celibato, já que os candidatos ao presbitério livremente não
desejam contrair matrimônio.
A
Igreja deve ser guardiã da verdade que está nas Escrituras, e não criadora da
verdade. Eis o ensino bíblico. Nesse ponto o apologista está certo, e concorda
com a doutrina católica.
Pense
bem: como a Igreja seria coluna e sustentáculo e guardiã da verdade se ela
pudesse interpretar a Bíblia erradamente e cair na heresia?
Gledson Meireles.
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