Um leitor pede ajuda para refutar um artigo publicado em página católica
contra Lutero. Esse artigo foi “um soco no estômago” para o leitor.
A resposta
do apologista é que o texto é tardio, escrito por um padre 300 anos depois da
morte de Lutero, que é um falso diálogo, que não existe, a não ser em sites de
apologética católica, que o autor é mentiroso, que a obra citada não existe, e,
mesmo se existir, o diálogo não existe, pois se existisse iria ser muito citado pelos
historiadores, mas que isso nunca aconteceu, ou seja, nunca foi citado Enfim,
os “papistas” são mentirosos e desesperados.
Está na caixa de comentários: aqui.
Mas, pelo que tudo indica, a conversa existe,
a obra existe, é citada, está entre as obras de Lutero. Talvez o que pode
diminuir a força do soco no estômago do leitor é que a explicação protestante
para isso é que tal conversa é um artifício literário usado por Lutero, e não
uma experiência que ele teve com o diabo. Só isso, porque o resto mostra
como é comum apologistas tirarem conclusões precipitadas para sistematicamente negar
um fato que não conhecem. Conferir aqui.
SAQUE DE ROMA
Gledson Meireles.
SAQUE DE ROMA
O Saque de Roma, 1527:
A seguinte afirmação é de que não há a mínima participação protestante no saque de Roma:
“Essa é a razão pela qual o exército católico de um
imperador católico decidiu saquear Roma, e que os papistas na maior desfaçatez
atribuem caluniosamente aos protestantes, contra o consenso unânime de todos os
livros de história já escritos pelo homem.” (aqui)
Talvez o que o historiador
Martin N. Dreher explica aqui seja de interesse de muitos, e sirva de
esclarecimento do motivo, certamente, de apologistas católicos mostrarem a participação dos
protestantes nesse evento:
“A Reforma da igreja e os
acontecimentos políticos estão intimamente relacionados. O trágico é que, nas
guerras entre Carlos V e Francisco I, estiveram envolvidos dois governantes decididamente
católicos. Suas tropas, tanto os soldados quanto os oficiais, eram, em grande
parte, mercenários, lansquenetes alemães adeptos do pensamento de Lutero, ou
suíços, igualmente “evangélicos”. Em 1527, lansquenetes invadiram Roma e
perpetraram o Sacco di Roma, cantando
hinos de Lutero e causando terrível
destruição.”
A situação de guerra fez com
que Carlos V necessitasse constantemente de aliados. Ora, esses aliados eram,
em boa parte, protestantes”. (DREHER, Martin. N. A Crise e a Renovação da Igreja no período da Reforma, 4ª Edição, vol. 3, 1996).
Essa é a razão. Dois líderes
políticos católicos lutando, mas com exército recheado de protestantes que,
saqueiam Roma, cantando hinos luteranos, etc. É suficiente para entender. (aqui)
Gledson Meireles.
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