Na ocasião em que São
Paulo fala aos membros do conselho judaico, vemos que há diferenças entre a
crença dos fariseus e dos saduceus. O texto sagrado afirma que os saduceus não
criam “nem anjos, nem espíritos, mas os fariseus admitem uma e outra coisa”
(Atos 23, 8). Alguém percebe aqui que há duas coisas que os fariseus negam, e que
tem a ver com as realidades espirituais? Uma é a fé na existência de espíritos e
outra na existência de anjos.
Pois bem. Pelo visto, é
o mesmo que afirmar que os fariseus criam na alma humana, ou seja, que há
espíritos, e por isso creem na ressurreição, enquanto os saduceus não creem nem
em almas, que são os espíritos humanos, e também negam a ressurreição, nem em
anjos.
De fato, o texto é
enfático ao apontar que entre saduceus e fariseus há essas duas diferenças, a
crença em anjos e espíritos.
Mas, o verso 9 é ainda
mais claro, quando alguns se levantam e pensam consigo: “Quem sabe se não lhe
falou algum espírito ou um anjo.” Isso mesmo, a revelação podia ter vindo de
duas fontes, ou de espíritos ou de anjos. Essa, certamente, pode mais uma vez
ser uma prova irrefutável da imortalidade da alma, que os mortalistas não podem
negar.
Talvez afirmem que os
espíritos são anjos em forma humana e os anjos são anjos em forma de “...”,
ops, não há forma para os anjos, pois são espíritos invisíveis. Então, os
espíritos, que Nosso Senhor explicou que não possuem carne e ossos, e, portanto,
são fantasmas, são as almas dos mortos, e os anjos são os espíritos
inteligentes que Deus criou para viverem nos céus e operarem para o bem dos que
servem a Deus.
É muito claro que há diferenciação entre espíritos e anjos aqui, onde espíritos não podem ser “respiração, fôlego”, mas seres sem corpo e dotados de inteligência. Também não pode ser que espíritos sejam anjos, já que nas duas vezes que o pensamento é elaborado há distinção entre os dois. Assim, mais uma dificuldade bíblica para os mortalistas.
Gledson Meireles.
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