No artigo que pode ser
acessado aqui,
é feita uma crítica ao conceito de santidade no Catolicismo, como se o mesmo
fosse diferente do conceito correto. De fato, o artigo é inócuo no que tange a
isso. O que segue abaixo deve servir para melhor entender o que é a canonização
e o que entendemos por ser santo.
Não é por obras que se
alcança o céu, mas sem elas dificilmente se chega lá. É óbvio que Madre Teresa
de Calcutá tinha a fé em Cristo como Salvador, e sua vida estava apenas
mostrando que ela vivia a fé que tinha. Portanto, o processo de canonização tem
a ver com a questão da vida de obras em união com a fé.
Por isso, o pastor
Natanael concorda que sem a santificação não se vê a face de Deus.
A Madre Teresa era
serva de Deus em Cristo, conforme João 14, 6.
Ela cria em Jesus como
salvador, conforme João 5, 24 e Atos 4, 12
Ela era testemunha de
Jesus nos lugares onde vivia, com virtudes heroicas, conforme Atos 1, 8 e
Marcos 10, 32-33.
Ela santificava sua
vida, conforme Hebreus 10, 10
Ela era santa, no
sentido de separada para servir a Cristo (conforme os textos citados de Rm 1.7; ICo 1.2; ICo 6.2; Ef 5.3; Ef
5.27; Fp 4.21; IPe 1.16), mas em sentido mais estrito, foi santa
e deixou um exemplo a ser seguido, de forma muito expressiva, e é isso que a
canonização significa.
Santos somos todos nós,
cristãos que estão na graça de Cristo, mas ainda imperfeitos, até que atinjamos
o fim da caminhada na terra. No céu, todos são aperfeiçoados por Cristo.
Portanto, os santos do céu são modelos de fé para nós e perfeitos por não terem
mais pecado, e muitos são exemplos de vida, por terem vivido heroicamente com a
graça de Deus contra o pecado.
Se alguém conhece o
evangelho e a verdadeira história da Igreja Católica, saberá que santo não é
somente os que são canonizados (isso é desconhecimento da doutrina católica),
mas santos são os que estão no céu. Milhares de milhares, incontáveis, são
santos e não estão canonizados para o nosso conhecimento.
Ainda, santo não
significa impecável na terra (somos santos, mas ainda pecadores). Os santos são
os que são perfeitos por terem chegado ao céu e estão servindo a Deus por toda
a eternidade. No céu não podem mais pecar, completaram a sua jornada, foram
feitos santos.
E, por fim, santo é
geralmente alegre, pois vive a alegria da salvação, muitas vezes é divertido e
sempre sorridente, como o era São Felipe Neri.
Assim, pegando o
exemplo de São Felipe Neri, ele fez como Jesus, gostava das crianças, vivia em
ambientes simples e pobres, participava de festividades, como o autor do artigo
fala citando atitudes do Senhor Jesus. Tudo isso é encontrado nos santos de
alguma forma.
O que o artigo tentou
passar foi, entre outras coisas, que o conceito de santidade no catolicismo
estaria equivocado, e o sentido da palavra santo distorcido. O que ficou claro,
no entanto, é que as críticas não afetam nem a superfície da doutrina, pois
critica praticamente o conceito derivado dos meios administrativos, diríamos,
que a Igreja dispõe para identificar uma pessoa santa de modo a propor como
modelo e exemplo aos fieis cristãos, para ajudá-los na sua vida diária e
seguimento de Jesus. Nada atingiu da verdadeira doutrina católica sobre a
santidade.
Gledson Meireles.
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