Em azul: citações diretas do Catecismo da Igreja Católica.
Em vermelho: citações diretas do livro de Rick Jones.
A doutrina católica sobre a
virgem Maria é entendida unicamente na Pessoa de Nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo. “O a fé católica
crê acerca de Maria funda-se no que ela crê acerca de Cristo” (CIC,
487). E, ainda, na reflexão sobre Maria temos mais luz e fortalecemos a nossa
fé em Jesus: “mas o que a fé
ensina sobre Maria ilumina, por sua vez, a sua fé em Cristo”. É na Pessoa
de Jesus que o católico aprende sobre a Sua mãe.
Para defender a verdade sobre
Jesus a Igreja consequentemente teve maior consciência de Maria no mistério do
Salvador. Foi um resultado natural. Assim, entendeu que ela nasceu sem o pecado
original. Não é aqui o espaço para apresentar esse dogma, mas entendamos que o
mesmo decorre do privilégio de ser a virgem Maria a mãe do Salvador. “Essa “santidade inteiramente
singular” da qual Maria é “enriquecida desde o primeiro instante da sua
conceição” lhe vem inteiramente de Cristo: “Em vista dos méritos de seu Filho,
foi redimida de um modo mais sublime.”
Cremos firmemente, como ensina a
Bíblia e a Igreja Católica, que Maria nasceu sem pecado por pura graça de Deus,
sem intervenção humana, sem mérito das obras, que sua santidade tem a fonte em
Jesus Cristo, que ela foi salva por Sua morte de cruz, e que somente o modo em
que a graça lhe veio foi diverso do nosso, pois no instante da concepção ou da
existência Deus resgatou-a do poder o Maligno.
A fé católica é explicada nos
documentos da Igreja, em especial no resumo condensado nos Catecismos, como o
Catecismo da Igreja Católica. Essa é a manifestação oficial e definida da fé
que o cristão católico deve ter, da forma como deve compreender, por ser de
origem divina, e, portanto, está na Bíblia Sagrada e na Tradição cristã
católica.
Do que foi expresso acima temos o
ensino da Igreja que Jesus Cristo é o nosso fundamento da fé, e que a virgem
Maria está associada a Ele por ter sido predestinada para ser Sua mãe, e que
por isso recebeu a graça de ser livre do pecado de origem, e recebeu a
santidade que vem do próprio Cristo, sendo salva por Ele. Essa é a fé católica
crida por todo fiel cristão.
O Protestantismo não compreende
essa doutrina, e geralmente tenta inculcar nos católicos aquilo que não faz parte
da mesma. Essa foi a intenção de um ex-católico que em seu testemunho escreveu
que apesar de ser católico treinado no ensinamento da Igreja, não entendia bem
a doutrina e nem sua relação com a Bíblia, o que levou, junto com a espoca, a ter
abalada sua “fé na Igreja Católica”. E, com intuito de esclarecer os católicos
escreveu sobre a santidade de Maria, num dos capítulos de sua obra, sob o
título: Maria: fonte de santidade.
Examinando o Catecismo no número
2030, o autor leu que “A Igreja Católica alega que
a virgem Maria é modelo e fonte da verdadeira santidade: “Da Igreja aprende o
exemplo de santidade; reconhece sua figura e sua fonte em Maria, a Virgem
Santíssima. P. 534, #2030"”.
Vê-se pelo exposto que o autor
cita o Catecismo e entende que o mesmo ensina que a santidade vem de Maria como
sendo a “fonte” dessa santidade.
Contudo, como lemos acima no
mesmo Catecismo nos números relativos à virgem Maria (cf. 487, 490, 492, 494),
a doutrina ensina que a fonte de santidade é Jesus Cristo, e que a santidade de
Maria vem do Seu Filho. Será que o Catecismo entrou em contradição? Obviamente,
não, mas o autor citado não entende a doutrina católica ainda.
O número 2030 trata de “A Igreja, Mãe e Educadora”,
e com isso mostra que os cristãos recebem a Palavra de Deus na Igreja, também
os sacramentos, e que “Da
Igreja aprende o exemplo de santidade” [ênfase no original]. Entendamos bem: o
assunto é o exemplo de santidade. A Igreja é colocada como exemplo.
E continuando na mesma linha
ensina: “reconhece a sua figura
e a sua fonte em Maria”. De que está tratando? Do exemplo de santidade
que a Igreja tem em Maria e passa para os seus fieis. Essa é a citada “fonte”, que
o autor não soube entender. No número 2031 o Catecismo ensina: “A vida moral é um culto espiritual”.
Portanto, está falando dos exemplos de fé e obediência da Igreja, a qual a
primeira é a virgem Maria, mãe do Senhor, que oferece essa “figura e fonte” ou “exemplo” de santidade como
criatura em resposta ao Criador. Tudo radicado no exemplo perfeitíssimo de
santidade que é JESUS CRISTO. Maria foi santa pela graça e benções que recebeu
de Deus em Seu Filho. Jesus é a fonte. É a mesma doutrina da Bíblia.
O autor pensando que entendeu
corretamente, avisa o católico que a Igreja exige que ele olhe para uma “frágil mulher” enquanto que a Bíblia manda olhar
para o “Deus eterno do universo como seu modelo e
fonte de santidade”. Esse é outro caso de deturpação da verdadeira
doutrina católica, por alguém que foi católico, teve dificuldades em captar a real
doutrina, deixou a Igreja, está tentando convencer os católicos de estar em
erro, lê o Catecismo, que é a fonte abalizada da doutrina da Igreja Católica,
mas ainda assim erra em sua leitura e veicula uma doutrina que a própria Igreja
rejeita.
Observações: Católico, a Igreja
ensina você a crer que Jesus é a Fonte de santidade, de onde provem a
santidade, que somente vem de Deus. Ensina você a crer também que a virgem
Maria é o exemplo primeiro de seguidora de Jesus, por isso é a fonte de modelo
cristão, e nesse sentido exemplo fonte de santidade.
Mas, o protestante Rick ensina
que você deve crer em Jesus como fonte de santidade! A Igreja Católica ensina:
Jesus é a fonte de santidade, e o Rick também pensa o mesmo, e não acresceu
nada. Mudou alguma coisa? Absolutamente, não. Então, que motivo você tem para
mudar de fé?
Ainda, o protestante Rick ensina
que você não deve ter uma criatura como fonte de santidade? Mas, se você
compreendeu bem, a Igreja não tem Maria como fonte de santidade, ou da graça
divina, mas somente a Deus. E o Protestantismo entende também que Maria pode
ser exemplo de vida cristã para nós. Há alguma mudança de fé? Igualmente, não.
Portanto, se o Rick tivesse
considerado esse ensinamento da Igreja, e entendido corretamente, não teria
escrito o respectivo capítulo em crítica ao número 2030 do Catecismo.
Resposta à questão principal do cap.
18 do livro Por Amor aos Católicos Romanos, Chick Publications, de Rick Jones.
Gledson Meireles.
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