No debate histórico que
houve entre o padre Leonel Franca e o pastor Lysâneas, em obras de grande valor
e importância apologética, foi tratada a questão da mudança de nome do apóstolo
Simão para Pedro. No presente tópico será avaliada a questão, analisando os
dados que os dois debatedores apresentaram.
O pastor Lysâneas
afirma que o padre Leonel denota não ser versado na Bíblia, não a conhecendo
bem, porque não sabe que Deus mudou mais quatro vezes o nome de pessoas, como o
de Sara, Salomão e Tiago e João, nas passagens de Gênesis 17, 15; 2 Samuel 12,
25 e Marcos 3, 17. E ainda, que esses exemplos não significam que foi dada a
essas pessoas a chefia sobre outras.
Explicando a mudança do
nome de Jacó para Israel, o pastor afirma que não há qualquer paralelo dessa
passagem com a da mudança de nome de Simão para Pedro. Então, afirma que Jacó teve
o nome mudado, enquanto que o de Pedro foi apenas um acréscimo, um sobrenome, e
não houve mudança. Esse argumento, respondo com maior detalhe na resposta ao
livro A história não contada de Pedro.
E qual o motivo das
mudanças de nomes? O pastor afirma que são as promessas de Deus, a indicação de
vocações, a mudança de vida, a posição, os emblemas de caráter e as novas condições.
Poderíamos até usar essas palavras e dizer que realmente Simão está em novas
condições quando Jesus diz que ele é agora Pedro. Mas, o pastor afirma apenas que
o nome Pedro é para assinalar o traço de caráter de Simão.
Jesus chama Simão pelo
nome várias vezes, e não lembra de denominá-lo Pedro, ou Cefas. Por quê? O pastor encontra nessas passagens a prova de que
Jesus não mudou-lhe o nome e que também não quis dar a ele o sentido de chefia.
No entanto, vemos que
essas passagens indicam algo muito curioso, pois nelas Simão está sempre em
momento difícil, de queda, de fraqueza. Ao contrário, quando usa do nome Pedro,
ou nome sobrenome que o Senhor lhe dera,
pois se foi nome ou sobrenome não há problema quanto a isso, esse aparece como
líder, destemido, e possuído de força e autoridade. Parece mesmo a teologia
bíblica afirmando que Simão é homem fraco, mas a graça de Deus o sustenta e
ergue, como Pedro.
Agora, passemos a ver em
pequeno resumo a resposta do padre Leonel aos argumentos do pastor.
Diante da resposta do
pastor, o padre Leonel afirma que “baldam-se todas as tentativas sugeridas pelo
antipetrinismo protestante”.
Afirma que o nome dado
a Tiago e João tratou-se apenas de um apelido ocasional. A segunda coisa é que
o nome foi dado a duas pessoas, e não é isso mudança de um nome pessoal.
Terceiro ponto, mais
explicado, mostra que o nome Boanerges aparece somente uma vez. A Bíblia e a
história da Igreja empregam os nomes Tiago e João, e não Boanerges.
O mesmo com o nome
Jedidia, que somente uma vez é dado a Salomão. A Escritura não o chama de
Jedidia em nenhum outro lugar.
E o caso de Sara, o
padre afirma que não foi contado porque estava listando apenas os exemplos de
mudança de nome masculino, e com isso prova que na edição de seu livro em 1928
troca o nome “pessoas” por “homens” para indicar estava tratando dessas
mudanças acima referidas em relação a homens.
No entanto, ainda assim
Sara tem certa autoridade ao lado do patriarca Abraão, e o nome dado a ele
indica, de certa forma, uma prerrogativa.
O pastor afirmou que ao
aplicar os critérios bíblicos nesse quesito das mudanças de nome de Sara, Tiago
e João, logo verificar-se-ia o completo fracasso da explicação do padre Leonel.
No entanto, o que se
viu foi a grandiosa resposta e refutação do padre Leonel, mostrando o que significa
mudanças de nomes, o motivo de não ter contado com os exemplos que o pastor
indicou e o significado do nome de Pedro. Foi uma grande defesa da verdade.
Para mais, leia a Resposta ao livro A história não contada de Pedro, que contém
muitos detalhes.
Gledson Meireles.
Excelente texto. Parabéns ao autor do blog...
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