quarta-feira, 2 de junho de 2021

A mudança de nome: Simão recebe o nome de Pedro

No debate histórico que houve entre o padre Leonel Franca e o pastor Lysâneas, em obras de grande valor e importância apologética, foi tratada a questão da mudança de nome do apóstolo Simão para Pedro. No presente tópico será avaliada a questão, analisando os dados que os dois debatedores apresentaram.

O pastor Lysâneas afirma que o padre Leonel denota não ser versado na Bíblia, não a conhecendo bem, porque não sabe que Deus mudou mais quatro vezes o nome de pessoas, como o de Sara, Salomão e Tiago e João, nas passagens de Gênesis 17, 15; 2 Samuel 12, 25 e Marcos 3, 17. E ainda, que esses exemplos não significam que foi dada a essas pessoas a chefia sobre outras.

Explicando a mudança do nome de Jacó para Israel, o pastor afirma que não há qualquer paralelo dessa passagem com a da mudança de nome de Simão para Pedro. Então, afirma que Jacó teve o nome mudado, enquanto que o de Pedro foi apenas um acréscimo, um sobrenome, e não houve mudança. Esse argumento, respondo com maior detalhe na resposta ao livro A história não contada de Pedro.

E qual o motivo das mudanças de nomes? O pastor afirma que são as promessas de Deus, a indicação de vocações, a mudança de vida, a posição, os emblemas de caráter e as novas condições. Poderíamos até usar essas palavras e dizer que realmente Simão está em novas condições quando Jesus diz que ele é agora Pedro. Mas, o pastor afirma apenas que o nome Pedro é para assinalar o traço de caráter de Simão.

Jesus chama Simão pelo nome várias vezes, e não lembra de denominá-lo Pedro, ou Cefas. Por quê? O pastor encontra nessas passagens a prova de que Jesus não mudou-lhe o nome e que também não quis dar a ele o sentido de chefia.

No entanto, vemos que essas passagens indicam algo muito curioso, pois nelas Simão está sempre em momento difícil, de queda, de fraqueza. Ao contrário, quando usa do nome Pedro, ou  nome sobrenome que o Senhor lhe dera, pois se foi nome ou sobrenome não há problema quanto a isso, esse aparece como líder, destemido, e possuído de força e autoridade. Parece mesmo a teologia bíblica afirmando que Simão é homem fraco, mas a graça de Deus o sustenta e ergue, como Pedro.

Agora, passemos a ver em pequeno resumo a resposta do padre Leonel aos argumentos do pastor.

Diante da resposta do pastor, o padre Leonel afirma que “baldam-se todas as tentativas sugeridas pelo antipetrinismo protestante”.

Afirma que o nome dado a Tiago e João tratou-se apenas de um apelido ocasional. A segunda coisa é que o nome foi dado a duas pessoas, e não é isso mudança de um nome pessoal.

Terceiro ponto, mais explicado, mostra que o nome Boanerges aparece somente uma vez. A Bíblia e a história da Igreja empregam os nomes Tiago e João, e não Boanerges.

O mesmo com o nome Jedidia, que somente uma vez é dado a Salomão. A Escritura não o chama de Jedidia em nenhum outro lugar.

E o caso de Sara, o padre afirma que não foi contado porque estava listando apenas os exemplos de mudança de nome masculino, e com isso prova que na edição de seu livro em 1928 troca o nome “pessoas” por “homens” para indicar estava tratando dessas mudanças acima referidas em relação a homens.

No entanto, ainda assim Sara tem certa autoridade ao lado do patriarca Abraão, e o nome dado a ele indica, de certa forma, uma prerrogativa.

O pastor afirmou que ao aplicar os critérios bíblicos nesse quesito das mudanças de nome de Sara, Tiago e João, logo verificar-se-ia o completo fracasso da explicação do padre Leonel.

No entanto, o que se viu foi a grandiosa resposta e refutação do padre Leonel, mostrando o que significa mudanças de nomes, o motivo de não ter contado com os exemplos que o pastor indicou e o significado do nome de Pedro. Foi uma grande defesa da verdade. Para mais, leia a Resposta ao livro A história não contada de Pedro, que contém muitos detalhes.

Gledson Meireles.

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