Atenágoras
Viveu no século II. O
livro afirma ter sido o primeiro a ensinar a imortalidade da alma. Mas, como já
visto nos outros capítulos de refutação, todos os padres ensinavam essa
doutrina.
Por ter doutrina tão clara,
em termos pungentes, de forma a não ser possível fácil ambiguidade, nem leitura
condicionalista em suas afirmações.
Sua linguagem é mais clara, e,
pelo que reconhece o livro, tentou unir a doutrina da imortalidade da alma e a
ressurreição dos mortos, pois essa é a verdadeira doutrina. A terminologia fica
em segundo plano. Mas, afirma o livro, isso é chamar os condicionalistas de
ingênuos, e qualquer estudioso crítico dirá que Atenágoras introduziu a
doutrina da imortalidade da alma! Ou seja, se ele ensina insofismavelmente a imortalidade da alma, é
sinal de que ele foi o introdutor da doutrina, num cenário em que os outros
padres seriam condicionalistas. No entanto, está provado que os outros padres
eram imortalistas, e assim a tentativa de destacar Atenágoras do grupo, e
colocá-lo em uma minoria, não prosperou. Enfim, sabe-se que Atenágoras e todos
os outros já analisados ensinavam o mesmo.
O que foi expresso acima
considerou a crítica que o livro “Os Pais
da Igreja contra a imortalidade da alma” traz.
A harmônica doutrina da
imortalidade da alma e da ressurreição é expressa por Atenágoras. Ele ensinou
que o cristão sabe que Deus sonda os corações, e não pode viver com pensamentos
pecaminosos, e que o homem terá outra vida, “livre de toda mudança ou sofrimento na alma, não como
carne, embora nós teremos carne, mas como espírito celestial”
(cap. 31). Já que o livro reconhece esse padre da Igreja como imortalista, está
provado mais um padre ensinando a doutrina da imortalidade da alma.
Mathetes
Ele afirma a fé no corpo e
na alma, no fogo inextinguível do inferno. (Epístola a Diogneto 10, 7-8) Como
Mathetes fala expressamente na alma imortal, e na vida no céu, não é preciso
tomar muito tempo para provar essas coisas.
É preciso apenas afirmar
que, então, Mathetes ensina a imortalidade da alma, em conformidade com a
doutrina da Bíblia e de todos os outros padres da Igreja, como mostrado. E
forma-se assim mais uma prova, e essa reconhecida até pelos oponentes da
doutrina, já que esses consideram o livro A
Diogneto como proponente do “dualismo platônico”.
Desse modo, no caso particular, esse autor não introduz diferença essencial, pois a imortalidade da alma é encontrada em todos os outros autores já analisados.
Desse modo, no caso particular, esse autor não introduz diferença essencial, pois a imortalidade da alma é encontrada em todos os outros autores já analisados.
Tertuliano
Da doutrina de Tertuliano
não é necessário fazer qualquer esforço para mostrar que o mesmo ensinava a
imortalidade da alma, pois o livro “Os Pais da Igreja contra a imortalidade da
alma” traz a confirmação de que não há dúvida de que esse influente escritor
cristão, que saiu da Igreja e abraçou o Montanismo, ensinava que a alma é
imortal.
Mas, o livro afirma que Tertuliano inventou a doutrina do tormento eterno no inferno, por ser rigorista ao extremo, e o que afirma da imortalidade da alma é por sua conta.
Mas, o livro afirma que Tertuliano inventou a doutrina do tormento eterno no inferno, por ser rigorista ao extremo, e o que afirma da imortalidade da alma é por sua conta.
Então, mais um padre da
Igreja, que ensinava a imortalidade da alma. E contrariamente ao que o livro
afirmou, nada indica que a doutrina do inferno tenha sido invenção sua, e não
estava sozinho ao ensinar a verdade de que a alma é imortal.
Tertuliano afirma que “a opinião de que a alma morre é mantida pelos epicureus”.
De forma alguma ele diria isso se a doutrina cristã pregada em toda parte
ensinasse o que os epicureus ensinavam nesse mesmo particular, ou seja, o de
que a alma experimentaria a cessação da existência, como pregam os mortalistas
modernos. Na mesma esteira, Tertuliano também denuncia o erro que nega, entre outras heresias, “a restauração do corpo”, que é a ressurreição. A imortalidade da alma era negada pelos epicureus, enquanto que a ressurreição por todos os filósofos. (cap. 7)
Quando Tertuliano trata essa questão, o que aparece é que a doutrina da imortalidade da alma é ensinada na Igreja, em toda parte, e que a negação disso vem de fora, sendo resultado das elucubrações de muitos por meio da filosofia epicurista. Dessa forma, o ensino que pregam não é conforme a doutrina cristã. Não há vestígio de que Tertuliano estivesse sozinho nesse particular.
Pelo contrário, caso essa fosse a realidade, haveria um debate imenso e acirrado, pois não deixariam no silêncio essa doutrina tão clara em Tertuliano.
Gledson Meireles.
Quando Tertuliano trata essa questão, o que aparece é que a doutrina da imortalidade da alma é ensinada na Igreja, em toda parte, e que a negação disso vem de fora, sendo resultado das elucubrações de muitos por meio da filosofia epicurista. Dessa forma, o ensino que pregam não é conforme a doutrina cristã. Não há vestígio de que Tertuliano estivesse sozinho nesse particular.
Pelo contrário, caso essa fosse a realidade, haveria um debate imenso e acirrado, pois não deixariam no silêncio essa doutrina tão clara em Tertuliano.
Gledson Meireles.
Olá Paz e bem!!
ResponderExcluirEsse Livro: Os Padres da Igreja Contra A imortalidade Da Alma é de qual autor?
Olá Nivaldos,a paz de Cristo:
ExcluirFaltou essa informação importante!
O livro é do Lucas Banzoli, e ele disponibiliza gratuitamente na versão digital.
Até logo.
Este comentário foi removido pelo autor.
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