Lucas [apologista protestante, e que trata do Catolicismo no blog heresiascatolicas], peço que esteja aberto a uma mudança de
pensamento, a ver o que escrevo abaixo, segundo o que apresento, e não como
você pensa que estou pensando. Peço que, antes de mais nada, antes de discordar
ou concordar, permita-me mostrar-lhe o modo como pensam, de forma geral, os
cristãos católicos diante de um texto como o seu. Entendi seu pensamento,
mostrando que o livre-exame é característico dos cristãos que pensam por si
mesmos, livremente, e buscam a verdade pessoalmente, sem estar coagidos por
qualquer autoridade. Mas, devo mostrar-lhe o modo certo pelo qual esse
princípio deve agir verdadeiramente. De fato, o católico não crê no livre
exame, como é apresentando pelo Protestantismo. Mas, de forma especial, vamos
pensar um pouco sobre isso, e verá que há algo que nem sempre fica patente.
O livre exame católico. Artigo de 18 de abril de 2014. Lucas
Banzoli. Em seu blog: heresiascatolicas.blogspot.com.br.
Uma das maiores críticas dos romanistas contra os cristãos é que
estes praticam o livre exame e interpretação da Bíblia.
Em primeiro lugar: “romanistas” é um termo usado pelo
anti-catolicismo contra os cristãos católicos. Portanto, o correto é afirmar
que os cristãos católicos criticam os cristãos protestantes por fazerem
livre-exame das Escrituras.
Para eles, coisa nenhuma pode ser interpretada na Bíblia fora da
expressa declaração oficial da Igreja de Roma, seja no catecismo católico ou em
alguma declaração “infalível” do papa em ex
cathedra.
O princípio é que: nada de herético pode ser adotado. E
não há na doutrina católica nenhuma heresia, por esse motivo. Nem tudo foi
declarado oficialmente, e ex-catedra,
e ainda assim o que está nas Escrituras é de fé divina, são dogmas para todo
cristão católico. O protestante tem de agir da mesma forma: nada que seja
bíblico pode ser negado, e não há espaço para intepretações individuais. Dessa
forma, o livre-exame é um meio para instruir-se, cada crente, da verdade salvadora
em sua fonte, e não de inventar doutrinas. Há, portanto, uma doutrina revelada,
que não pode ser negada, mudada, o mínimo que seja, e cada fiel está preso a
essa corrente santa da Palavra de Deus. E para evitar os desvios há
denominações que fazem o papel do magistério, exortando, ensinando, defendendo
a verdade segundo sua tradição específica e própria.
Qualquer coisa que seja interpretada na Bíblia, mas que não seja o
parecer oficial da Igreja Romana, deve ser rejeitada porque constitui-se em um “livre
exame”, o que, para eles, é condenável.
O mesmo pode-se afirmar que qualquer protestante, pois
cada intepretação que alguém vier a fazer e que negue algum dogma fundamental
do Protestantismo seja rejeitado, não porque o fiel foi à Bíblia por si mesmo e
exerceu seu direito de examiná-la, mas por que errou em sua conclusão, o que é
condenável. Essa posição da Igreja Católica é idêntica, no nível prático, à
posição de quaisquer ramos legítimo do Protestantismo.
Não
entrarei mais uma vez no mérito da questão se a Bíblia pode ou não pode ser
interpretada livremente pelo leitor, pois este assunto já foi tratado nestes
artigos:
A questão, portanto, não é se a Bíblia pode ser
interpretada individualmente, examinada por cada cristão, mas se cada um está
livre para inventar doutrinas. Esse última alternativa está fora de cogitação.
Este artigo, diferentemente dos demais, não busca provar que o livre
exame é bíblico, mas demonstrar a inconsistência dos católicos que negam o
livre exame.
Se o livre exame significasse a liberdade total de
construir o próprio credo à revelia das verdades bíblicas, seria totalmente
negado. Mas, se é um instrumento para estudo e averiguação das coisas santas de
Deus, para instrução na fé revelada e infalível, então não há nada de errado. O
fiel cristão católico não pode negar qualquer artigo de fé por sua
interpretação da Bíblia, assim como o cristão protestante não pode fazer contra
qualquer verdade fundamental do Protestantismo quando vai à Bíblia para
examiná-la e instruir-se.
A questão é simples: se o livre exame/interpretação da Bíblia é
proibido, então por que os “apologistas” católicos interpretam livremente a
Bíblia?
Para quem já acompanha essas linhas desde o início a
resposta está patente: cada livre exame é para certificar-se das verdades de
Deus na Bíblia conforme ensinadas pela Igreja.
Por exemplo: um certo sujeito com ares de psicopata e com sobrenome
de livro apócrifo mantém um site católico na internet que, basicamente, existe
para defender a interpretação preterista do Apocalipse.
Deixando de lado os ataques e adjetivos, deve-se saber
que não há pronunciamento da Igreja contra a interpretação preterista do
Apocalipse, creio. O que não pode haver é que de uma dada interpretação surja
algo contrário à fé em qualquer ponto.
Ele possui vários artigos que corrompem grotescamente o livro do
Apocalipse com interpretações livres da parte dele que jamais foram ditas
oficialmente em nenhum documento católico.
Se isso acontece, deve-se seguir os ensinamentos e
princípios oficiais, que são bíblicos.
Por incrível que pareça, a Igreja Romana não tem uma interpretação
oficial do Apocalipse.
Foi o que escrevi acima. Mas, há limites que o bom senso
e a fé impõem a cada interpretação.
Na parte referente à escatologia no catecismo, não há nada que fale
expressamente em uma crença pré-milenista, amilenista ou pós-milenista.
Mas há um princípio, segundo o qual Cristo virá julgar os
vivos e os mortos e levará à consumação todas as coisas na Parusia, o que
impede a crença pré-milenista e pos-milenista. O amilenismo, segundo as linhas
da doutrina cristã católica, é a intepretação aceitável.
Eles não dizem que a grande tribulação é referente a um
acontecimento passado, na batalha entre Jerusalém e Roma em 70 d.C, como este
insano defende.
De fato, o que ocorreu em 70 d. C. indica o que
acontecerá no tempo do fim, antes da Parusia. A destruição de Jerusalém foi
como que um prelúdio do cumprimento escatológico.
Em outras palavras: a Igreja Romana não possui uma interpretação
oficial clara sobre posições escatológicas.
Talvez deve-se expor mais a posição oficial da Igreja, o
que o Catecismo e obras católicas, bem como pregações na Igreja evitam
transcorrer com maior detalhe.
Mesmo assim, este indivíduo insiste em criar artigos defendendo com
unhas e dentes que a tribulação já aconteceu, deturpando a Bíblia e os escritos
de Flávio Josefo.
Então, o problema talvez seja desse apologista.
O que é isso que ele faz? Simples: livre interpretação da
Bíblia.
E a Igreja não o proíbe, mas se for confrontado um artigo
de fé, então o mesmo apologista perde sua autoridade.
É por isso que entre os católicos é comum
encontrar preteristas e futuristas, e até mesmo pessoas que não tem
posicionamento nenhum ou que alegorizam todo o livro.
Por isso, é bom dialogar bastante e ver como lidam com
tantas linhas divergentes em sua base e harmonizam com a doutrina oficial.
Ela não tem uma posição escatológica que defenda, mas eles têm. Se
isso não é livre interpretação exatamente igual ocorre entre os cristãos
(evangélicos), eu não sei mais o que é.
A Igreja tem sua mensagem sobre esse ponto, e fornece
princípios. Os apologistas lidam com os mesmos como lhes parecem corretos. Mas,
é bom verificar. Se você, Lucas, converter-se ao Evangelho cristão católico,
pois creio que já está convertido a Cristo, e tem agora de aprender TUDO o que
Ele ensinou, então você poderá continuar seus estudos do Apocalipse segundo as
linhas sãs da interpretação cristã. Irá progredir em suas pesquisas.
Na
verdade, se eu quiser trazer ainda mais fogo ao debate, poderia citar esta
parte do catecismo que indica o oposto ao que ele defende, e que diz:
“Antes do advento de Cristo, a Igreja
deve passar por uma provação final que abalar a fé de muitos crentes. A
perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra desvendará o
"mistério de iniquidade" sob a forma de uma impostura religiosa
que há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, à
custa da apostasia da verdade” (§675 do Catecismo Católico)
Isso mesmo. O princípio acima não permite
que algum católico creia que esse mundo terá uma transformação para o bem
levada a cabo pelas autoridades políticas, ou de forma natural, ou de qualquer
outra forma que não seja pelo poder de Deus. Também, impede que alguém creia que
não haverá tribulação como nunca houve na terra, antes de Cristo voltar. Proíbe
que alguém não creia na vinda do Anticristo.
Ela situa a tribulação como um
acontecimento futuro, e diz que, neste momento futuro, o mistério da iniquidade
será (no futuro, e não
como um acontecimento passado) desvendado. Isso é claramente futurista, e o
oposto do que ensina este sujeito católico, que é ferrenhamente contra a livre
interpretação, mas interpreta a Bíblia livremente.
Se ele traz qualquer doutrina que negue o que está na
Bíblia, e explicado no Catecismo, não podemos deixar suas opiniões de lado.
Não é a toa que não vemos sequer um único documento oficial da
Igreja Romana presente no site deste indivíduo que mostre a posição oficial da
Igreja dele a este respeito.
Por isso, vamos aos estudos.
Ele sabe que não existe. Ele sabe que o que ele faz é fruto puro do
livre exame. E eu suponho que ele deveria agradecer os evangélicos por lhe
darem a oportunidade de interpretar a Bíblia livremente.
Na verdade, essa atitude não é de origem Protestante. De
qualquer forma, se ele está errado, e não quiser submeter-se à verdade sempre
ensinada na Igreja, por ordem de Cristo, então sim, poderá agradecer aos
protestantes que assim fizeram várias vezes na história. Mas, se interpretar a
Bíblia livremente para dela alimentar-se da Palavra de Deus e crescer na fé, na
sã doutrina, então, isso é natural aos cristãos católicos.
Incrivelmente, este mesmo cidadão interpreta livremente também o
livro de Cantares. Como se fosse uma piada de 1º de Abril, ele chegou até mesmo
a afirmar que Maria é a mulher de Cantares(!), dizendo que o trecho de Cantares
6:9-10 se refere a Maria. E eu pergunto: de onde ele descobriu isso? De um
documento oficial da Igreja dele ou de uma livre interpretação particular da
parte dele? Qualquer um pode ir consultar o catecismo católico na parte
referente a Maria, clicando aqui, e não irá encontrar nada,
absolutamente nada, que diga que Maria é a mulher de Cantares ou que aquele
texto seja uma referência à Maria. Ele chegou a essa conclusão através de uma
interpretação livre da parte dele, o mesmo que ele condena nos evangélicos.
Nesse ponto, Lucas, você mostra desconhecimento.
Certamente, esse apologista católico conhece comentários do texto que
aplicam-no à virgem Maria. Não foi algo que surgiu da mente dele, mas que é
patrimônio da Igreja Católica. E faz sentido. Pela doutrina da Igreja, a virgem
Maria é modelo da Igreja, e já recebeu privilégios que toda a Igreja receberá
quando estiver totalmente consumada na glória. A interpretação livre do
apologista não nega um ponto doutrinal.
O mesmo ocorre aos milhares em diversos outros textos. Um católico
chamado Antônio que se auto-intitula “Demapro” nas redes sociais (um fake
criado por ele, que não tem coragem de debater com sua conta pessoal),
descobriu maravilhosamente que o texto de Hebreus 9:11, que diz que “quando
Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes, ele adentrou o
maior e mais perfeito tabernáculo, não feito pelo homem, isto é, não
pertencente a esta criação” (Hb.9:11), se refere à Maria, que seria um
tabernáculo não feito pelo homem e não pertencente a esta criação.
Bem, essa “alegoria” parece ser nova. Não conheço. O que
sei é que a Igreja entende Hb 9,11 como o maior e mais perfeito tabernáculo, não
feito pelo homem, O PRÓPRIO CÉU, o Santo dos Santos nos céu, à direita do Pai.
Essa é a fé cristã católica.
Perfeito. Maravilhoso. Extraordinário. É de se aplaudir de pé. Só
tem um problema: a Igreja Romana não afirma oficialmente isso em lugar
nenhum. Então, ele chegou a esta conclusão através da livre interpretação
pessoal da parte dele.
Lucas, também concordo ser perfeito, maravilhoso,
extraordinário. Mas afirmo isso pelo fato de que você está aprendendo a ser cristão
católico, a fazer distinção daquilo que a Igreja realmente ensina, e daquilo
que outros dizem ser doutrina católica. Talvez você diria que isso é
característica de um cristão comprometido com a verdade de Deus, e é isso mesmo
que estou afirmando. Continue estudando, e espero tê-lo como apologista,
defendendo toda a verdade, na santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Ele não é capaz de mostrar isso no catecismo católico ou em alguma
declaração em ex cathedra de um
papa. Portanto, paradoxalmente, ele valida um dogma evangélico (livre
interpretação) para tentar invalidar uma outra crença evangélica.
Mas, você concorda que a livre-interpretação não dá
direitos aos crentes formularem doutrinas contrárias àqueles que Deus revelou,
não é mesmo¿ Então, temos que esse dogma evangélico, bem compreendido, é mesmo
evangélico, não como de origem protestante, mas cristão católico, visto ser o
modo que os cristãos sempre adotaram para aprender de Deus.
Ele defende a livre interpretação e não sabe. Se ele fosse mesmo um
católico romano, deveria ficar simplesmente calado naquilo que a Igreja dele se
cala. Aliás, calado ele realmente seria mais útil, de qualquer forma.
Mas, certamente ele é católico mesmo. O que talvez
aconteça é que suas intepretações podem necessitar de correção, não sei. A
Igreja dá direito aos teólogos estudarem e auxiliarem no aprofundamento da
verdade de Deus.
Poderíamos adentrar às centenas de textos bíblicos examinados
livremente pelos católicos, mas cabe aqui apenas resumir mais um ponto que o
catecismo não esclarece. Uma das maiores discussões ao longo dos séculos diz
respeito a quem é o “iníquo” de 2ª Tessalonicenses 2:8.
O iníquio é o Anticristo, aquele que virá no final, o
último, antes da Parusia. É a fé cristã católica. Continue estudando Lucas.
Alguns católicos afirmam que é Nero, mas
a Igreja de Roma nunca afirmou isso oficialmente. Qualquer católico que se
arrisque a citar alguém ou alguma coisa está incorrendo em livre interpretação
e, consequentemente, condenando a si mesmo.
Provavelmente a besta, de número de homem: 666, é César
Nero. No entanto, isso não limita o cumprimento da profecia em Nero, no século
I, mas aponta para o acontecimento final, que se dará com o aparecimento do
Anticristo, com aquelas características de Nero, mas levadas ao máximo, que
será o ataque final à Igreja Católica na terra.
Neste e em outros aspectos, o católico tem uma consciência que lhe
aponta uma interpretação como sendo a verdadeira, mas se vê forçado a negar
e suprimir sua própria consciência para levá-la cativa à interpretação de outro.
Quando isso acontece, o melhor é orar, ter humildade,
pedir mais fé e humildade, estudar, fazer o exame das Escrituras, questionar,
estudar mais, etc., e submeter-se à verdade, que não é originada em nós, e não
vem pela força do homem, mas de Deus.
O católico tem certa opinião sobre um certo texto, mas ele não pode
crer nesta sua opinião, tem que crer no que a instituição romana diz.
Voltamos ao marco inicial. Lembre-se que o protestante
pode ter em mente uma intepretação de um texto que não harmoniza-se com a fé
cristã oficial do protestantismo, que nega algum princípio da Reforma, e ainda
que ninguém diga a ele que deve retratar-se, a autoridade da Igreja, na respectiva
denominação protestante-reformada, reivindicará a correta intepretação segundo
seu entendimento. Assim, ele tem de crer no que a denominação diz, pois ninguém
está livre para desobedecer a Deus, mas para viver a liberdade dos filhos de
Deus.
Se a instituição romana não diz, deve ficar calado e suprimir sua
própria consciência.
Não, caro Lucas. Se a instituição não diz, talvez a
contribuição daquele estudioso pode suscitar um pronunciamento, aprovando ou
não aquilo que foi dito. Até então, todos estão livres para apresentar suas
opiniões. Uma vez definido algo, todos devem acatar. Obviamente, não de forma
mecânica e contra consciência, mas responsável e conscientemente.
Deve decidir ficar preso ao invés de procurar a Verdade. E se a
consciência dele lhe diz coisa diferente do catecismo, deve suprimi-la ainda
mais!
Pelo que escrevi, creio que você entenderá. A conclusão
acima foi sua, não da Igreja. A Igreja nunca diria para um pesquisador calar-se
onde ela não disse nada, nem que não deva procurar a verdade, mas apenas para
não ensinar o erro aos outros, e submeter-se à autoridade legítima quando for o
caso.
Assim, os
evangélicos são livres para pensarem, sem suprimir ou reprimir sua própria
consciência, buscando encontrar a verdade sem nenhum conceito a priori que
o obrigue a crer em outra coisa.
Provei o que escrevi acima. Agora, você está apto a
entender essa distinção: quando alguém procura a verdade, sabe que há algo que
existe absolutamente e que não está sob nossos caprichos. Por exemplo, a Bíblia
é a Palavra de Deus, e vamos a ela para aprender, não para criar teorias
errôneas. Nesse ponto, cristãos católicos e cristãos protestantes são iguais,
estão na mesma realidade. O que nos separam são as doutrinas que cada um
abraçou por crer ser ela verdadeira. Vamos à Bíblia, à história cristã, ao bom
senso, estuando cada ponto em seu respectivo mundo e sentido, e analisando-o segundo
a Palavra de Deus. Só assim você tornar-se-á cristão católico, e poderá usar do
seu livre-exame para glorificar a Deus na Igreja dEle.
O católico, ao contrário, é obrigado a priori a crer em uma interpretação que não é a dele,
independentemente se ele concordaria ou não com essa interpretação se não lhe
fosse vedado o direito de pensar.
O mesmo diga-se do protestante, que para ser fiel e
sincero, deve crer de coração numa interpretação protestante que não é sua, não
tem nele sua origem, mas que é apresentada como verdadeira, em consciência sã
diante de Deus. Ele poderá, mas não contrariamente ao que for ensinado, no que
diz respeito aos princípios da Reforma, e às verdades fundamentais, que
caracterizam um verdadeiro protestante.
É por isso que os evangélicos são livres para conhecerem a verdade e
serem libertos por ela, enquanto os católicos estão presos no erro e não podem sair dele.
Mais uma vez, você deve parar e pensar no que foi provado
acima. Estamos todos na mesma situação, o que nos separa são muitas doutrinas
que essencialmente divergem-se nos dois campos: católico e protestante. Não há
essa coisa de uma não poder pensar e outro ser livre pensador, mas ambos estão,
e devem estar, submetidos ao mesmo tipo de autoridade respectiva.
É
como afirmou certo beneditino católico,
dizendo:
“Temos que nos submeter às determinações
da Santa Igreja. Embora nossa razão rejeite algum dogma, nossa submissão deve
ser incondicional. Se isto é branco e a Santa Igreja diz que é preto, devo-lhe
acatar a decisão e renunciar à lógica”
Aprendi isso do Protestantismo, quando esse
critica a Igreja Católica, como você faz no seu artigo, mas nunca ouvi, nem li
em fontes oficiais, algo parecido. Pelo que escrevi, creio que ficou clara a
posição cristã.
Um católico, sim, pode discordar deste
texto. Apenas tome cuidado para não discordar pela sua própria interpretação
diferente do que foi
dito. Se você fizer isso, cuidado: estará sendo um “protestante”.
Não, caro protestante. Se ele discordar,
porque notou algo errado no texto, estará sando cristão católico. Se for
provado que o texto é verdadeiro, sua atitude deverá ser a de acatar a verdade,
senão será protestante. Digo isso no sentido de que muitos protestantes não
submeteram-se, e não se submetem, à
verdade quando essa lhes foi e é apresentada, e preferiram e preferem suas
opiniões. Mas, quando um protestante conhece a doutrina do Protestantismo e
discorda pela sua própria interpretação diferente daquilo que aprendeu, então estará
sendo herege, pelos próprios princípios do Protestantismo.
Em Cristo.
Gledson Meireles.