O autor critica a crença do "Deus na barriga". Leia o livro, os interessados, que é interessante essa ideia que tem permeado a cultura dos dias atuais. Como a Igreja Católica se colocaria diante dessa crença?
A questão do “Deus na barriga” aludida pelo autor, e a ética
do sim, criticada por ele, defendendo a posição histórica do Protestantismo
como uma reação, um não antes do sim, uma ética do não que se estabelece para
geral os sins do Protestantismo, é uma questão que de diante do primeiro não
tem nada a ver com uma crítica ao Catolicismo, não é nada que afeta a cosmovisão
católica, já que a mesma além de não ser imanente, é transcendente e
sobrenatural ao máximo, uma canal de verdadeira iluminação e purificação para
todas as áreas que ela afeta.
Para aqueles que pensam que o Catolicismo anda de mãos dadas
com o mundo, para os que julgam conhecer a grande e profunda espiritualidade
cristã católica, é bom saber que uma coisa sempre foi a regra, a qual é a
purificação de todas as coisas pelo fogo do Evangelho, destruindo o que o
pecado introduziu nas diversas áreas humanas, e não a destruição das mesmas em
si. Isso é algo fenomenal, tremendo, difícil de ser praticado, mas feito com
maestria, e com inúmeros exemplos, pela essa instituição divina, fundada por
Jesus Cristo, ao longo desses vinte e um séculos de existência.
Essas palavras servem para deixar claro o que é o princípio
do evangelho na vida do mundo, como feita pela Igreja Católica, e para desde
já, diante das palavras acima que inspiraram essa colocação, não confundir uma
verdadeira enculturação com sincretismo. Quando o Protestantismo critica o “Deus
na barriga”, o Catolicismo não faz por menos. Isso serve para não pensamos, com
isso, que tudo o que Lutero criticou e se opôs, faz parte da doutrina católica.
Muito do que atacou era justamente um desvio do que o Catolicismo há muito
tentava endireitar.
E que alguém não pense que a criticada crença do “Deus na
barriga” tenha qualquer aval do Catolicismo. Se o Protestantismo tem algo para
oferecer e opor a essa crença, é bem certo que o Catolicismo tem ainda mais.
Gledson Meireles.