Do artigo publicado: aqui.
A questão do cânon do Antigo Testamento no âmbito ortodoxo,
ou seja, na Igreja Ortodoxa, é bastante relevante para fazermos algumas
perguntas e refletirmos sobre elas:
Não era a Igreja uma só nos primeiros séculos (I, II, III,
IV, V)?
Não era a Igreja do Oriente e do Ocidente plenamente unida
nessa época?
Houve dúvida sobre o cânon, mas não podemos afirmar que essas
dúvidas foram definidas para a Igreja inteira no século 4?
Alguém consegue perceber que a posição da Igreja do Oriente
mudou e que a Igreja do Ocidente permaneceu de acordo com a definição geral feita
nos concílios do século 4?
O que Cirilo Lucaris (1572) e Metrophanes Kritopoulos (1639) afirmaram, não é uma opinião nova no meio
Ortodoxo¿ Não parece ser oriunda de uma influência protestante?
O que significa, senão que as interpretações particulares, a
opiniões individuais, estão comumente entremeadas de heresias?
O que dizer, mais exatamente, da frase: “apoiam a definição protestante quanto à
inferioridade dos “deuterocanônicos”.?” Significa que a opinião é idêntica?
Como se prova que a expressão oráculos divinos em Rm 3,2 se
refere aos livros do cânon hebraico do Antigo Testamento?
A opinião do bispo Kalistos Ware, de que há livros DA
Bíblia que são inferiores ou de nível mais
abaixo dos outros, pode ser opinião de que são todos inspirados? Ou que os inferiores o são por não serem inspirados? (Pois há, como entre os adventistas, a opinião de inspiração idêntica aos demais livros inspirados, mas que produz obras inferiores, ou de luz menor, já que não há mais revelação, mas uma luz que aponta para a Escritura).
Há ortodoxos, ao que parece a minoria, que permaneceram com o
cânon idêntico ao dos protestantes. O que isso indica, já que outros ortodoxos
adotaram livros apócrifos? Significa que os que se limitaram ao cânon menor
seja mais fiel e tenha doutrina mais pura? Se não, o que significa de
importante para a questão debatida?
Gledson Meireles.